O mural que questiona o caráter do conhecimento acadêmico atualmente produzido no Ensino Superior continua perturbando o sono da ultra-direita estudantil da UFRGS. Depois de abrir um processo administrativo contra uma militante que participou da pintura do mural, os conservadores anunciam que recorrerão ao Ministério Público Federal para impedir que este questionamento continue ecoando nas consciências dos estudantes. A tática permanece mesma: usar a lei conforme as suas conveniências, enquadram uma manifestação político-artística como ato de vandalismo. Tsc, Tsc, Tsc.
Abaixo reprodução da matéria publicada hoje no pasquim dos Sirotsky:
Abaixo reprodução da matéria publicada hoje no pasquim dos Sirotsky:
26/08/2008 10:25
Parede pintada gera processo na UFRGS
Por: Zero Hora
Parede pintada gera processo na UFRGS
Por: Zero Hora
Por ter sido feita sem autorização e não ter motivado uma repreensão, a pintura de uma parede do Instituto de Letras ganhou status de polêmica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Considerado dano ao patrimônio público por um aluno, o desenho feito por alunos – com os dizeres "Pra que(m) serve o teu conhecimento? " – foi avaliado pela UFRGS como "fundamental ao pensamento crítico".
Ao saber da pintura, o estudante de Ciências Contábeis Anderson Gonçalves, 35 anos, integrante do Movimento Estudantil Liberdade (MEL), abriu processo administrativo junto à universidade para saber se a parede havia sido cedida aos alunos. No documento, ele classificou o ato como vandalismo, identificou um dos responsáveis e pediu a punição do grupo.
Cerca de dois meses depois, o estudante ficou surpreso com a justificativa da universidade para arquivar o processo. Em um texto de 25 linhas, o secretário de Assuntos Estudantis, Ângelo Ronaldo Pereira da Silva, informou que a pintura, "antes de ser vandalismo, é um ato de extremo instigamento ao pensamento crítico, eivado de indagação filosófica que não desmerece o patrimônio".
Segundo Silva, a parede em que a inscrição foi feita é históricamente usada para manifestações dos alunos, como divulgação de atividades artísticas e avisos diversos, o que dispensaria a necessidade de autorização.
– Existe uma diferença grande entre grafitagem e pichação. Essa pintura, que deixou o local até em melhores condições, não é pichação – informou o secretário de Assuntos Estudantis.
Para o autor do processo, o episódio abre precedentes para que outros alunos se sintam livres para registrar suas opiniões nas paredes da UFRGS.
– Estão encobrindo um crime, que é o dano ao patrimônio. Existem outros espaços para os questionamentos dos estudantes – argumenta.
Hoje, Gonçalves deve entrar com ação no Ministério Público Federal, uma vez que a universidade arquivou o processo.
Considerado dano ao patrimônio público por um aluno, o desenho feito por alunos – com os dizeres "Pra que(m) serve o teu conhecimento? " – foi avaliado pela UFRGS como "fundamental ao pensamento crítico".
Ao saber da pintura, o estudante de Ciências Contábeis Anderson Gonçalves, 35 anos, integrante do Movimento Estudantil Liberdade (MEL), abriu processo administrativo junto à universidade para saber se a parede havia sido cedida aos alunos. No documento, ele classificou o ato como vandalismo, identificou um dos responsáveis e pediu a punição do grupo.
Cerca de dois meses depois, o estudante ficou surpreso com a justificativa da universidade para arquivar o processo. Em um texto de 25 linhas, o secretário de Assuntos Estudantis, Ângelo Ronaldo Pereira da Silva, informou que a pintura, "antes de ser vandalismo, é um ato de extremo instigamento ao pensamento crítico, eivado de indagação filosófica que não desmerece o patrimônio".
Segundo Silva, a parede em que a inscrição foi feita é históricamente usada para manifestações dos alunos, como divulgação de atividades artísticas e avisos diversos, o que dispensaria a necessidade de autorização.
– Existe uma diferença grande entre grafitagem e pichação. Essa pintura, que deixou o local até em melhores condições, não é pichação – informou o secretário de Assuntos Estudantis.
Para o autor do processo, o episódio abre precedentes para que outros alunos se sintam livres para registrar suas opiniões nas paredes da UFRGS.
– Estão encobrindo um crime, que é o dano ao patrimônio. Existem outros espaços para os questionamentos dos estudantes – argumenta.
Hoje, Gonçalves deve entrar com ação no Ministério Público Federal, uma vez que a universidade arquivou o processo.
MURO BRANCO: POVO CALADO!!
1 Comment:
"Paredes mudas, triste ditadura!". Jana
Post a Comment