Há cem anos, em 5 de dezembro de 1911, nascia, em Salvador, na Bahia, Carlos Marighella. Filho de uma negra e de um imigrante italiano, aos 18 anos Marighella já estava filiado ao Partido Comunista e engajado nas lutas sociais. Daí em diante, faria dessas lutas a sua vida: foi preso e torturado inúmeras vezes por defender a classe trabalhadora e enfrentar os ditadores e poderosos que sempre a exploraram.
Marighella lutou pelo nosso povo em diferentes momentos e das mais diversas formas. Em 1945, após o fim do Estado Novo, foi eleito deputado federal constituinte pelo Partido Comunista, tornando-se conhecido por seus discursos em defesa da classe operária e do povo brasileiro. Três anos depois, teve o mandato cassado entrou para clandestinidade. E nem por isso abandonou suas lutas nas ruas.
Após o Golpe civil-militar de 1964, Marighella continuou bravando contra os desmandos dos poderosos: resistiu à prisão e enfrentou dois policiais gritando “Abaixo a ditadura militar fascista!” e “Viva a democracia!”. Mas não foi apenas naquele dia. A vida de Marighella foi resistir e enfrentar aqueles que tiram de um homem e de seu povo um direito que não tem donos: a liberdade.
Há cem anos, nascia um homem que jamais morrerá: por todos aqueles que ainda sonham, por todos aqueles que lutam, por todos aqueles que resistem, Marighella vive!
“Um homem não desaparece com a sua morte. Ao contrário, pode crescer depois dela, engrandecer-se com ela e revelar sua verdadeira estatura à distância. É o que sucede com Marighella. Ele morreu consagrado pela coragem indômita e pelo ardor revolucionário.” Florestan Fernandes
CARLOS MARIGUELLA,
PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE!
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