Em Porto Alegre, 600 jovens foram às ruas em defesa da educação.
Nessa quarta-feira (28), cerca de 600 jovens de diversas regiões do Estado (Erechim, Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas, São Borja, Alegrete, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul) estiveram mobilizados em Porto Alegre em defesa da Educação. A mobilização ocorreu concomitantemente em 12 estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Distrito Federal, Pará) do país com o objetivo de denunciar as precárias condições da educação brasileira e apontar alternativas para sua transformação.
Em Porto Alegre, a mobilização iniciou com concentração em frente à Prefeitura às 8h. Logo após, houve entrega das pauta sobre a educação infantil à Administração Municipal. Quem recebeu a comissão de negociação foi Marcos Botelho, Secretário Adjunto da Secretaria de Coordenação Política e Governança.
O ato seguiu em marcha até o Palácio Piratini, onde ocorreu audiência com o Governo do Estado, representado por Mari Peruzo, secretária adjunta da Casa Civil. A juventude apresentou a proposta de tornar o Estado território livre do analfabetismo. O governador Tarso Genro, embora ausente da negociação, fez-se presente na manifestação. No caminhão de som, falou aos jovens sobre a importância da mobilização popular na exigência das pautas caras aos setores menos privilegiados da sociedade.
Após, os jovens seguiram em caminhada até a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foram recebidos pelo vice-reitor, Rui Oppermann, em realização de audiência onde os jovens reivindicaram a implementação imediata da Lei Federal que assegura 50% das vagas do vestibular para alunos negros e de baixa condição sócio-econômica. No período da tarde, oficinas e intervenções foram realizadas.
A mobilização em Porto Alegre integra a campanha nacional por um Projeto Popular para a Educação, promovida desde o início de novembro pelo Levante Popular da Juventude. A campanha busca apontar respostas para a educação, que atendam as demandas históricas da população brasileira. Tornar o Brasil um território livre do analfabetismo é uma das pautas da Campanha, visto que, atualmente, 9,6% dos brasileiros acima dos 15 anos não sabe ler e escrever, segundo o IBGE. A criação de creches para mães estudantes, o acesso pleno à Universidade, a oferta de cursinhos pré-vestibulares e pré-ENEM à população, a educação do e para o campo, o acesso ao transporte e à cultura e a regulamentação das Universidades e faculdades particulares são também pontos de reivindicação.
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