Cerca de mil educadores reuniram-se em frente ao Palácio Piratini desde as primeiras horas da manhã para cobrar uma audiência para negociar a liberação de 42 diretores de núcleos, eleitos democraticamente pela categoria em 25 de junho, e de quatro integrantes da direção central do sindicato.Por volta das 8h, os manifestantes se posicionaram em frente à entrada principal do prédio para entregara uma correspondência solicitando audiência com a governadora. A tropa de choque foi acionada para forçar a retirada dos manifestantes.
Coordenados pelo comandante-geral da Polícia Militar, Paulo Roberto Mendes, homens da tropa de choque, da cavalaria e do batalhão de operações especiais, somados a outros soldados, agrediram desnecessariamente os manifestantes.
Na eminência do conflito, Mendes chegou a declarar que um parlamentar presente à manifestação "sentiu o torniquete apertar" quando foi feita uma negociação que possibilitaria a retirada dos educadores da frente do Palácio mediante o recebimento de uma comissão pelo Palácio.
Depois de firmado, o acordo foi rompido pelo Piratini. E a Polícia Militar com seus cavalos, escudos e cacetetes, atendendo ordens de Mendes, avançou sobre os educadores de forma violenta e desnecessária, pois os educadores já retiravam do local.
A ação coordenada por Mendes é um retrato do Governo Yeda, que sem apoio popular ataca trabalhadores.
A repressão não irá calar os trabalhadores em educação que lutam pela manutenção de direitos, pela educação pública de qualidade e pela liberdade de manifestação num estado que retrocedeu anos no quesito democracia.
Após o rompimento do acordo, dirigentes do sindicato se dirigiram até a Assembléia Legislativa. Foram recebidos pelo presidente do Legislativo, Alceu Moreira (PMDB). O parlamentar informou que o tema seria colocado na reunião do colégio de líderes no início da tarde.
No final da manhã a direção da entidade recebeu o ofício do governo informando que os educadores serão recebidos na tarde de quinta-feira pelos secretários Erik Camarano, da Secretaria Geral de Governo, e Mariza Abreu, da Educação. A audiência será na Secretaria da Educação, em Porto Alegre, das 17h às 18h.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
0 Comments:
Post a Comment