A mística é parte importante da luta dos movimentos sociais.
Ela resgata a história dos lutadores e lutadoras do povo e afirma os laços de
solidariedade, companheirismo e compromisso dos que trabalham para fazer
acontecer o Projeto Popular.
No Terceiro dia do Acampamento Nacional do Levante foi
justamente a mística o ponto marcante. Mil jovens se deslocaram até a
Tranqueira do Rio Pardo para conhecer a história e luta do guerreiro indígena
Sepé Tiaraju. Foi lá que, no século XVI, Sepé foi preso em uma das lutas que
fez junto com o povo Guarani contra a dominação lusoportuguesa. Combatente e
estrategista, Sepé é cria dos Sete Povos Missões e dedicou sua vida a libertar
seu povo da opressão gringa.
Mara, integrante da Equipe de Mística do Acampamento e compa
do Levante em Rio Grande do Norte, comentou que a mística representa a
esperança no caminho de luta. Preparar a mística sobre Sepé foi uma
oportunidade para conhecer a história do lutador indígena.
Elementos da cultura e vida indígenas foram lembrados através
da ambientação, vestimentas, músicas, poesias e gritos de ordem. A trajetória
de Sepé foi apresentada pelo irmão Antônio Ceccim. Também participaram da
mística Francisco, referência da comunidade indígena Kaingang e Isaura, do
Movimento das Mulheres Camponesas. Isaura resgatou o nome de Jussara, lutadora
indígena e companheira de Sepé, ressaltando a importância de não esquecer a
história das mulheres lutadoras do povo.
No final, com punhos fechados em luta, a juventude lembrou
dos lutadores que, Brasil afora, inspiram a construção do Projeto Popular para
o Brasil: Sepé Tiaraju, Marighella, Roseli Nunes, Mixaria, Chico Mendes, Dandara,
Helenira Rezende, Dario Santillán, Maxi Costequi: presentes! Presentes! Presentes!
Agora e sempre!
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