No dia 28 de setembro, o Levante Popular da Juventude,
juntamente com outras organizações e movimentos feministas, trouxeram à tona um
problema que atinge milhares de brasileiras - o aborto inseguro. Em Porto Alegre, as jovens realizaram um
debate sobre o tema.
Embora o aborto seja legalizado
em 74% dos países do mundo, no Brasil ele ainda é considerado um crime contra a
vida. Sendo permitido apenas em caso de estupro, risco de vida às mulheres, ou
em caso de feto anencefálico. Mesmo assim, há uma série de burocracias e
pressões psicológicas que atingem as mulheres.
Sabe-se que 1 milhão de mulheres
morrem por ano, vítimas de aborto clandestino, que são feitos em condições
precárias. Além de custarem uma fortuna, chegando até R$5 mil em alguns casos. As mulheres pobres são as que mais sofrem porque, não tendo dinheiro, recorrem a
meios alternativos caseiros, tendo consequências drásticas, como graves
infecções, hemorragias e até a morte.
Outra questão abafada é o acesso
à informação sobre a sexualidade e métodos contraceptivos nas famílias, escolas
e na sociedade como um todo. O assunto é um tabu. Deveria ser papel do Estado
garantir essas informações ao indivíduo. Vale destacar que mesmo a/os mais
informada/os e que se previnem, ainda correm risco de gravidez.
Quando o assunto é aborto, as
únicas responsáveis e culpadas são as mulheres, que sentem na pele o drama, a
dor e o trauma de um aborto. Sabemos que os homens, na maioria das vezes, se
ausentam da problemática, mesmo sendo igualmente responsáveis pela prevenção,
gravidez e conseqüências.
Ao invés de questão moral ou caso de polícia o aborto deveria ser
encarado como um problema de saúde pública. O aborto não substitui os métodos
contraceptivos, ele não é prazeroso e muito menos desejado. É preciso acabar
com a HIPOCRISIA. É preciso legalizar! Crime é acabar com a vida de uma mulher,
ter um filho indesejado e não ter condições mínimas de criação.
Pelo direito ao nosso corpo e respeito a nossas escolhas, pois ENQUANTO AS MULHERES SOFREREM E MORREREM POR
ABORTO NÃO DEIXAREMOS DE LUTAR!
2 Comments:
Tenho uma pergunta... não entenda como uma agressão pois não é...É apenas algo que me gostaria de um esclarecimento... E se o bebê em questão que será abortado for do sexo feminino e uma mulher em questão,será que também não deveria haver uma luta pelo direito a sua vida?
sou Mulher,sou filha,sou neta,irmã,e sou contra o aborto!!aborto e assassinato não quer ter filhos?estragar o corpo?não faça sexo jeito mais seguro e infalível
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