Projeto Unibanco: O inicio de uma privatização
Educação não é Mercadoria!
Vamos nos movimentar e não deixar que o Julinho seja "alugado"
O Conselho Escolar do Julinho aprovou esse projeto?Você conhece alguém do Conselho Escolar?
No ano passado 25 escolas distribuídas em Porto Alegre e grande Porto Alegre (destas 11 só em Porto Alegre) foram selecionadas para participar de um projeto da secretaria de educação do Rio Grande do Sul em conjunto com o instituto Unibanco. O projeto chama-se Jovem de futuro, projeto este que oferece para cada escola selecionada o valor de R$100 por estudante regularmente matriculado, anualmente.E, além disso nós ja pagamos imposto pra termos uma educação, sendo que a secretaria de educação do estado tem esse compromisso.E o Unibanco recebe financiamento público para tal projeto.
Mas infelizmente o preço que pagaremos por este projeto do instituto Unibanco pode ser caro de mais para a educação pública...
Acções do Projeto | Resultados
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Controlar a evasão | Busca desenfreada pela assiduidade dos alunos sem pensar na estrutura pedagógica e econômica
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Promover a participação professores e alunos - premiando-os em concursos, por assiduidade, ... | Cria no ambiente escolar o clima de competição e distinção entre as pessoas na comunidade escolar.
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Oferecer custeio de projetos dos Grêmios estudantis | Movimento Estudantil engessado, pois torna a organização estudantil refém do dinheiro do banco
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Somente 25 escolas receberão o projeto | Aumento da desigualdade entre as escolas públicas.
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Melhorar o desempenho | Interferência no Calendário Letivo, com planos de metas que vão desmobilizar as lutas, e assim retirar a pressão que o Julinho sempre fez ao estado, e o estado assim retirar-se de sua obrigação Constitucional.Abrindo realmente o nosso Julinho a gestão de empreendedorismo assistencialista-neo-liberal. |
O Movimento Contra a Privatização do Julinho se reunirá em breve, e está aberto ao diálogo com outras escolas de uma forma democrática - o que não aconteceu quando o projeto foi aprovado no ano passado - levando este assunto à Comunidade Escolar e à população.
Além do fato de o Unibanco ser um banco!Um banco multinacional que explora seus bancários, e que esses trabalhadores bancários estão em greve... é só ir na agência do centro do Unibanco e ver o quanto o Unibanco preocupa-se com a questão social: "Estamos em Greve".
- Para quem não sabe, este projeto do UNIBANCO está atuando em 25 escolas. Consiste em oferecer oficinas profissionalizantes no turno inverso de estudo para alguns alunos selecionados. Esses alunos ganham 100 reais por mês além do curso. O projeto também determina metas para a escola onde está atuando, em termos de aprovação e outras. Este projeto é uma PPP.
- No início de 2008, o projeto foi apresentado às escolas de ensino médio e 50 delas se candidataram a participar, mas haveria um sorteio e apeas 25 seriam "contempladas". O CPERS-Sindicato chamou reunião com diretores de escola para discutir sobre o assunto. Porém, a reunião foi esvaziada. Corria em paralelo às (poucas) ações do sindicato um movimento, articulado por alguns diretores de escolas grandes e influentes (Instituto da Educação, Julinho, etc), que estava tentando tirar Mariza Abreu e fazer Fortunatti retornar ao cargo, e este movimento chegou a reagir fortemente contra as enturmações e fechamentos de bibliotecas, mas foi a favor do Projeto Unibanco.
- Essa grana que o Instituto UNIBANCO está prometendo injetar nas escolas é pública, e foi liberada para o banco já no início de 2008. Pergunta: por que o UNIBANCO só liberou essa grana agora, quase no fim do ano? Acho que não precisa responder, né...essa grana rendeu muito de março pra cá, e quem vai ficar com os rendimentos? As escolas é que não são...
- Das escolas que participaram do sorteio, 25 foram selecionadas. E o que o Leandro colocou é real: a equipe do UNIBANCO que coordena o projeto interfere em tudo na escola; participa de todas as reuniões pedagógicas, das reuniões do Conselho escolar, dá palpite no calendário, nos projetos dos professores, em tudo. Inclusive, constrange colegas que querem paralisar e/ou fazer projetos mais politizados com os alunos.
- As escolas tinham a opção de aderir ou não ao projeto. Pela nossa legislação, o Conselho Escolar é quem deveria decidir isso (é composto por pais, alunos, professores e funcionários). Porém, a SEC e o UNIBANCO centralizaram tudo na pessoa dos diretores/as, e a opção de assinar o termo de adesão ficou na mão dos direitores/as, passando por cima do papel dos Conselhos Escolares. Como na maioria das escolas os Conselhos Escolares são esvaziados e/ou da panelinha dos diretores, ninguém chiou.
- O PROJETO UNIBANCO não é a única PPP a entrar para as escolas no governo Yeda. Há também o "Projeto de alfabetização de crianças de 6 anos", gerenciado pelo Instituto Ayrton Senna, GEEMPA e Instituto Alfa e Beto , e ainda o "Projeto Acelera", gerenciado pelo Instituto Ayrton Senna. Eles captam grana pública com projetinhos, concorrem em licitações e administram projetos pedagógicos nas escolas. Com a grana, capacitam professores com suas teorias de qualidade total e aceleração, produzem material pedagógico, controlam as metas e objetivos, controlam a atuação dos professores, fazem lavagem cerebral nos mesmos, que ficam muito felizes por finalmente estarem ganhando alguma formação e algum material. São as OSCIPS em ação.
- O PROJETO UNIBANCO por enquanto é o mais agressivo, porque realmente entrou nas escolas com tudo: com equipe onipresente e com simbologia pesada: tratam de espalhar faixas e símbolos do banco pela escola inteira. E ai do professor ou aluno participante das oficinas resolverem paralisar...
- O sindicato está realmente calado e não conseguiu provocar a discussão em relação a esses projetos. Resta às escolas isoladamente tentarem resistir. Aí está a lista das escolas participantes: Escolas que receberão apoio técnico e financeiro e as que serão apenas monitoradas pelo projeto:
Grupo de Tratamento (que receberam a grana e as oficinas):
CE. Julio de Castilhos (Porto Alegre)
CE. Formação de Prof. General Flores da Cunha (Porto Alegre)
IE Dom Diogo de Souza (Porto Alegre)
IEE Paulo da Gama (Porto Alegre)
CE. Dom João Becker (Porto Alegre)
CE. Florinda Tubino Sampaio (Porto Alegre)
EEEM Santos Dumont (Porto Alegre)
EEEM Santa Rosa (Porto Alegre)
IE Professora Gema Angelina Belia (Porto Alegre)
CE. Ruben Berta (Porto Alegre)
CE. Prof. Elmano Lauffer Leal (Porto Alegre)
CE. Marechal Rondon (Canoas)
EEEM Guarani (Canoas)
EEEB Prof. Gentil Viegas Cardoso (Alvorada)
CE. Antonio de Castro Alves (Alvorada)
EEEB Julio Cesar Ribeiro de Souza (Alvorada)
EEEM Sen Salgado Filho (Alvorada)
CE. Barbosa Rodrigues (Gravataí)
EEEM. Carlos Bina (Gravataí)
EEEM Tuiti (Gravataí)
CE. Antonio Gomes Correa (Gravataí)
EEEM Açorianos (Viamão)
CE. Alcebiades Azeredo dos Santos (Viamão)
EEEM Ayrton Senna da Silva (Viamão)
EEEM Vale Verde (Alvorada)
Grupo de Controle (que o Projeto UNIBANCO está acompanhando, mas sem oficinas e grana ainda, pq não foram sorteadas):
CE. Inácio Montanha (Porto Alegre)
EEEB Almirante Bacelar (Porto Alegre)
Instituto Est. Rio Branco (Porto Alegre)
EEEM José do Patrocínio (Porto Alegre)
CE. Candido José de Godoi (Porto Alegre)
ETE Irmão Pedro (Porto Alegre)
CE. Piratini (Porto Alegre)
CE. Elpídio Ferreira Paes (Porto Alegre)
CE. Presidente Arthur da Costa e Silva (Porto Alegre)
CE. Coronel Afonso Emílio Massot (Porto Alegre)
EEEM Infante Dom Henrique (Porto Alegre)
EEEM Affonso Chalier (Canoas)
EEEM São Francisco de Assis (Canoas)
EEEM Nossa Senhora Aparecida (Alvorada)
CE. Érico Veríssimo (Alvorada)
EEEM Campos Verdes (Alvorada)
IE Nossa Senhora do Carmo (Alvorada)
EEEM Morada do Vale I (Gravataí)
EEEM Dr. Luiz Bastos do Prado (Gravataí)
EEEM Adelaide Pinto de Lima Linck (Gravataí)
EEEM José Mauricio (Gravataí)
IEE Isabel de Espanha (Viamão)
EEEM Governador Walter Jobim (Viamão)
EEEM Orieta (Viamão)
EEEM Érico Veríssimo (Canoas)
2 Comments:
Enquanto não tivermos força social suficiente para garantir verbas do governo para a educação, dependeremos de projetos como esse para as escolas não acabarem! Temos de buscar o máximo de controle popular da verba, mas não podemos negá-la.
Palavras como "projetinho", utilizadas na construção do texto, não somam em nada, e são altamente preconceituosas. Creio que existem profissionais sérios e comprometidos com a causa da educação que querem essa verba bem usada.
Comeh q a gente vai ter força social se aceitamos qualquer projeto privado de melhora das precárias condições das escolas. É muito barato pro Unibanco financiar algo a mais do giz e quadro negro pros professores, PERTO DA IMENSA ISENÇÃO FISCAL QUE ELE VAI GANHAR EM TROCA!
Grana que se tivermos FORÇA SOCIAL, podemos obrigar o governo e o estado a destinarem as verbas de sua arrecadação pra Educação!
Força Social é a Gente qua Faz!!!
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