Por que o Encontro foi cancelado?
Desde o ano de 2008, o Levante Popular da Juventude, vem construindo juntamente com as juventudes dos demais movimentos sociais, a construção de um encontro que juntasse jovens do campo e da cidade, que comungam de um mesmo ideal: a construção de um projeto popular para o país.
Após um longo processo de formação, organização e mobilização, definiu-se que este encontro massivo iria acontecer em paralelo com a Feira da Economia Solidária de Santa Maria em Julho de 2009, na medida em que este espaço possibilitaria não só as condições de infraestrutura para a realização do acampamento, como também seria um ambiente político favorável ao desenvolvimento deste debate de alternativas ao atual modelo de sociedade. Infelizmente a realização desse projeto, gestado durante meses com muito esforço, foi impossibilitada.
Nos últimos dias ocorreu um conjunto de fatos que inviabilizou a consumação deste encontro nas circunstâncias em que havia sido previsto. Na sexta-feira, 3 de Julho, o vice-prefeito de Santa Maria, José Farret (PP), em reunião no Ministério Público Estadual, juntamente com representantes de órgãos de saúde municipal e estadual, definiram o cancelamento da quinta edição da Feira da Economia Solidária e das demais atividades vinculadas a mesma. A alegação destas instituições consistia em atribuir a este evento a capacidade de disseminar o vírus da gripe suína.
A Coordenação da Feira inconformada com esta tomada de decisão na qual não foi sequer ouvida exerceu forte pressão sobre os órgãos locais visando à reversão desta decisão. A partir deste esforço, a prefeitura reconsiderou a sua posição inicial e permitiu a realização da Feira. Mas apenas da Feira. Esta licença não foi estendida para o Encontro Campo e Cidade que permaneceu inviabilizado, sob a mesma alegação de proliferação do contágio da gripe A.
Apresentado este quadro, caberiam no mínimo duas questões:
Após um longo processo de formação, organização e mobilização, definiu-se que este encontro massivo iria acontecer em paralelo com a Feira da Economia Solidária de Santa Maria em Julho de 2009, na medida em que este espaço possibilitaria não só as condições de infraestrutura para a realização do acampamento, como também seria um ambiente político favorável ao desenvolvimento deste debate de alternativas ao atual modelo de sociedade. Infelizmente a realização desse projeto, gestado durante meses com muito esforço, foi impossibilitada.
Nos últimos dias ocorreu um conjunto de fatos que inviabilizou a consumação deste encontro nas circunstâncias em que havia sido previsto. Na sexta-feira, 3 de Julho, o vice-prefeito de Santa Maria, José Farret (PP), em reunião no Ministério Público Estadual, juntamente com representantes de órgãos de saúde municipal e estadual, definiram o cancelamento da quinta edição da Feira da Economia Solidária e das demais atividades vinculadas a mesma. A alegação destas instituições consistia em atribuir a este evento a capacidade de disseminar o vírus da gripe suína.
A Coordenação da Feira inconformada com esta tomada de decisão na qual não foi sequer ouvida exerceu forte pressão sobre os órgãos locais visando à reversão desta decisão. A partir deste esforço, a prefeitura reconsiderou a sua posição inicial e permitiu a realização da Feira. Mas apenas da Feira. Esta licença não foi estendida para o Encontro Campo e Cidade que permaneceu inviabilizado, sob a mesma alegação de proliferação do contágio da gripe A.
Apresentado este quadro, caberiam no mínimo duas questões:
1- Por que cancelar o Encontro Campo e Cidade, quando é de conhecimento público que este procedimento não vem sendo adotado nem mesmo nas áreas de risco, quanto mais em áreas como a do município de Santa Maria que não se enquadra nesta classificação?Tais questionamentos nos induzem a concluir que o cancelamento deste Encontro foi motivado por questões políticas travestidas de procedimentos técnicos e preventivos, utilizando um pretexto inatacável: a saúde da população. Este conjunto de evidências indica que a preocupação destas instituições não era exatamente com o aumento da possibilidade de contágio da gripe A. A preocupação destas autoridades é em verdade, com a proliferação de um outro vírus que este Encontro poderia disseminar. Um vírus, que do ponto de vista deles, seria muito mais perigoso e letal.
2- Supondo que a preocupação epidemiológica da prefeitura seja sincera, por que o rigor da intervenção estatal se abateu somente sobre o Encontro dos Movimentos Sociais, e não atingiu outros espaços de concentração de pessoas, como escolas (para não falar em Shoppings e Super-mercados), nem outros eventos que também atraem pessoas de fora da cidade?
Em Agosto, Voltaremos!
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