Comandante da Brigada quer definir o que é “formação de quadrilha”
Extraido de DIÁRIO GAUCHE o blog de Cristóvão Feil
O comandante-geral da Brigada Militar, coronel João Carlos Trindade, deu entrevista ontem a uma rádio do interior e aventurou-se a falar de política, tema estranho às atribuições de um comandante de polícia militar. Além da política, o brigadiano quis conceituar juridicamente o protesto de rua havido quarta-feira defronte (e não dentro) à casa mal havida da governadora Yeda. Para o coronel Trindade, houve a tipificação de “formação de quadrilha – quando as pessoas se reúnem para cometer delitos”.
Muito bem. Estamos diante de um excelente mote. Vamos discutir quem são de fato os que formam quadrilha no Rio Grande do Sul. Quem realmente se reúne para cometer delitos em série?
Vamos ao debate.
Os protestos ocorridos na rua, defronte à residência da governadora, foram legítimos, dentro da lei, ordeiros e respeitosos à dignidade pessoal da cidadã Yeda e sua família. Quem acusou desequilíbrio de comportamento foi a própria governadora, trazendo para a cena aberta dois menores, que alegava serem seus netos, portando cartazes ofensivos aos manifestantes, desqualificando-os de “torturadores”, reagindo com gestos tresloucados e impróprios para a primeira mandatária do Estado do Rio Grande do Sul.
Protestos políticos públicos e de massa são práticas comuns em todas as democracias formais do mundo conhecido. São célebres os protestos na Downing Street, número 10, City of Westminster, London, a casa oficial do primeiro-ministro britânico. Nunca se viu Maggie Thatcher portando cartazes desaforados a se comportar como uma desatinada na frente do número 10, em resposta aos manifestantes de sempre. Em 1984 havia três milhões de desempregados na Inglaterra, e greves em quase todos os setores da economia. Os mineiros fizeram greve por mais de ano. Essas pessoas e movimentos sindicais e sociais estavam todos na rua, diariamente, por meses a fio, especialmente defronte ao 10, Downing Street.
Estou mencionando o caso de Thatcher, por motivos óbvios, ela foi e é o paradigma neoliberal do mundo todo, fonte de águas turvas de onde Yeda Rorato Crusius bebe a inspiração diária de seus atos.
Mas, como disse aquele filósofo hebreu, repetindo Hegel, em “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”, “todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.
A farsa yedista está nos custando muito caro, e está indo muito longe.
Que tal, então, discutirmos a questão proposta pelo coronel Trindade? Quem – de fato – se reuniu no Rio Grande de forma pensada e organizada para cometer delitos?
.....................
Depois de ficar por meses demonizando o MST, com matérias subjornalísticas e de pseudo-neutralidade, o jornal Zero Hora, ontem quis relacionar o Cpers Sindicato ao movimento dos sem-terra.
Uma impropriedade total.
De um lado, temos um movimento social do mundo rural, de outro, temos um sindicato formal, institucionalizado, de natureza urbana, formado por funcionários públicos de classe média em processo de esbulho de direitos. Não há nenhum elemento que ligue os dois fatos sociais. Nada.
O jornal ZH demonstra uma ignorância infinita ao relacioná-los de forma ligeira e oportunista.
No raso e no fundo, quis desagravar o comportamento desatinado de sua criatura política, Yeda Rorato Crusius - formada e cevada na escola RBS de nulidades guascas.
Muito bem. Estamos diante de um excelente mote. Vamos discutir quem são de fato os que formam quadrilha no Rio Grande do Sul. Quem realmente se reúne para cometer delitos em série?
Vamos ao debate.
Os protestos ocorridos na rua, defronte à residência da governadora, foram legítimos, dentro da lei, ordeiros e respeitosos à dignidade pessoal da cidadã Yeda e sua família. Quem acusou desequilíbrio de comportamento foi a própria governadora, trazendo para a cena aberta dois menores, que alegava serem seus netos, portando cartazes ofensivos aos manifestantes, desqualificando-os de “torturadores”, reagindo com gestos tresloucados e impróprios para a primeira mandatária do Estado do Rio Grande do Sul.
Protestos políticos públicos e de massa são práticas comuns em todas as democracias formais do mundo conhecido. São célebres os protestos na Downing Street, número 10, City of Westminster, London, a casa oficial do primeiro-ministro britânico. Nunca se viu Maggie Thatcher portando cartazes desaforados a se comportar como uma desatinada na frente do número 10, em resposta aos manifestantes de sempre. Em 1984 havia três milhões de desempregados na Inglaterra, e greves em quase todos os setores da economia. Os mineiros fizeram greve por mais de ano. Essas pessoas e movimentos sindicais e sociais estavam todos na rua, diariamente, por meses a fio, especialmente defronte ao 10, Downing Street.
Estou mencionando o caso de Thatcher, por motivos óbvios, ela foi e é o paradigma neoliberal do mundo todo, fonte de águas turvas de onde Yeda Rorato Crusius bebe a inspiração diária de seus atos.
Mas, como disse aquele filósofo hebreu, repetindo Hegel, em “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”, “todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.
A farsa yedista está nos custando muito caro, e está indo muito longe.
Que tal, então, discutirmos a questão proposta pelo coronel Trindade? Quem – de fato – se reuniu no Rio Grande de forma pensada e organizada para cometer delitos?
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Depois de ficar por meses demonizando o MST, com matérias subjornalísticas e de pseudo-neutralidade, o jornal Zero Hora, ontem quis relacionar o Cpers Sindicato ao movimento dos sem-terra.
Uma impropriedade total.
De um lado, temos um movimento social do mundo rural, de outro, temos um sindicato formal, institucionalizado, de natureza urbana, formado por funcionários públicos de classe média em processo de esbulho de direitos. Não há nenhum elemento que ligue os dois fatos sociais. Nada.
O jornal ZH demonstra uma ignorância infinita ao relacioná-los de forma ligeira e oportunista.
No raso e no fundo, quis desagravar o comportamento desatinado de sua criatura política, Yeda Rorato Crusius - formada e cevada na escola RBS de nulidades guascas.
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