Neste dia 8 de Junho, 400 jovens de diferentes comunidades, do campo e da cidade ousaram sair às ruas e lutar por um direito elementar que nos foi seqüestrado. Ousaram lutar pelo direito ao Futuro. Direito este ameaçado pela crise ambiental que se aproxima e que coloca em cheque a sobrevivência da humanidade. Ousaram lutar por um mundo que seja fonte de vida para homens, mulheres e para a natureza e não apenas fonte de lucro para as grandes empresas.
A concentração da marcha foi feita às 8h30 na Usina do Gasômetro. O local, em frente ao Rio Guaíba, foi escolhido por ser um símbolo da poluição e da capacidade destrutiva deste modelo de sociedade irracional, que contamina a própria água que consome. Antes do início da marcha, os jovens assistiram à apresentação teatral Lágrimas da Aracruz, encenada pelo grupo Levanta Favela.
A caminhada tomou conta da Avenida Loureiro da Silva com muita animação, rumando em direção à Secretaria de Educação, onde os alunos das escolas presentes levaram uma carta de reivindicações à secretaria.
Subindo a Borges, a marcha dos jovens protagonizou a teatralização de um conflito entre dois blocos. O Bloco da Morte formado por caveiras simbolizando o destino da humanidade caso ela continue a serviço das grandes empresas. E o Bloco da Vida representado pela Juventude organizada na Banda Loka do Levante.
Chegando à Praça da Matriz a marcha em defesa da Vida, se solidarizou à manifestação dos moradores do Morro Santa Teresa, que lutam pelo direito de permanecer morando no Morro. A pressão popular era para a retirada do projeto prevê a venda de 74 hectares do Morro, e que terá como conseqüência o despejo de 20 mil moradores, e destruição da área de uma área de preservação ambiental. O projeto que iria a votação foi adiado para esta quarta-feira.
No fim da manhã, diante da Assembléia Legislativa, foi instaurada uma Assembléia Popular, em que o povo condenou os projetos defendidos pelo Governo do Estado.
Este dia 8 de Junho foi um marco da Assembléia Popular da Juventude, espaço que articula as juventudes dos Movimentos Sociais do Campo e da Cidade. O dia 8 de Junho foi antes de tudo, um marco inicial para a construção de uma alternativa de sociedade justa, igualitária e sustentável.
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