O ex-ditador argentino Jorge Videla foi condenado nesta última quarta-feira (22/12) à prisão perpétua. Videla (84) foi condenado por uma série de crimes contra humanidade cometidos durante o período ditatorial argentino. Videla já havia sido condenado na década de 80 mas acabou sendo beneficiado por um indulto emitido pelo então presidente Carlos Menem que determinou sua liberdade e direito à prisão domiciliar.
Além de Videla, outros 29 militares e policiais também estão sendo julgados por crimes semelhantes, cometidos entre abril e outubro de 1976. Dos 17 pedidos de prisão perpétua, 16 já foram ditados. A ditadura argentina, uma das mais violentas da América latina, deixou um saldo de 30 mil mortos e desaparecidos.
Durante o julgamento, cerca de mil manifestantes aguardavam em frente ao Tribunal Oral Federal de Córdoba, comemorando as decisões de condenação dos assassinos. “Os julgamentos deste ano foram só o começo”, afirma o juiz federal argentino, Daniel Rafecas, que determinou a prisão preventiva do ex-ditador em 2008, por 49 homicídios agravados, seqüestros, torturas e substituição de identidade de bebês nascidos em centros clandestinos de prisão.
O filme “A História Oficial”, do diretor argentino Luis Puenzo, retrata um dos dramas vividos até hoje pelos familiares dos desaparecidos na ditadura argentina.
extraído do sítio Opera Mundi
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