A comemoração de datas, em nosso contexto social, tem sido pretexto para incentivar o consumo e movimentar os caixas do comércio. Datas que têm importância social e histórica – mas que não geram dividendos ao mercado, são convenientemente esquecidas. É o caso do dia de hoje, 25 de julho, Dia da Mulher Negra Sul-Americana e Caribenha.
O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi instituído no 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, que teve representação de mulheres negras de mais de 70 países, na República Dominicana, em 1992.
A data se tornou um marco internacional da luta e da resistência das mulheres negras, com o objetivo de tornar visível o racismo, a discriminação, o preconceito, a pobreza e os demais problemas que herdaram de uma sociedade estruturada no capitalismo, que tem como pilares o patriarcado (sistema de poder dos homens sobre as mulheres) e o racismo (a dominação dos brancos sobre os negros).É uma forma de parar para refletir sobre os problemas que as mulheres negras enfrentam durante sua vida, todos os dias.
A sociedade brasileira foi marcada pelo modo de produção escravista colonial, onde a mão-de-obra era de escravos trazidos da África. A chegada das mulheres africanas marcou a formação social brasileira. Essas mulheres trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, os costumes, a alimentação, a medicina e a arte, além de introduzirem métodos agrícolas, vários produtos e valores coletivos no Brasil.
Este novo país impôs papéis sociais para essas mulheres negras que passaram a ser brasileiras. As mulheres negras foram escravizadas e exploradas pelos senhores. Pelo fato de serem mulheres, também foram exploradas sexualmente, usadas como prostitutas e também cumpriram com o papel de alimentar gerações de crianças brancas, sendo, por diversas vezes, forçadas a abandonar seus próprios filhos.
Esses são alguns fatos que demonstram a situação desumana da mulher negra desde sua chegada no Brasil, que têm reflexos até os dias de hoje.
A sociedade brasileira foi marcada pelo modo de produção escravista colonial, onde a mão-de-obra era de escravos trazidos da África. A chegada das mulheres africanas marcou a formação social brasileira. Essas mulheres trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, os costumes, a alimentação, a medicina e a arte, além de introduzirem métodos agrícolas, vários produtos e valores coletivos no Brasil.
Este novo país impôs papéis sociais para essas mulheres negras que passaram a ser brasileiras. As mulheres negras foram escravizadas e exploradas pelos senhores. Pelo fato de serem mulheres, também foram exploradas sexualmente, usadas como prostitutas e também cumpriram com o papel de alimentar gerações de crianças brancas, sendo, por diversas vezes, forçadas a abandonar seus próprios filhos.
Esses são alguns fatos que demonstram a situação desumana da mulher negra desde sua chegada no Brasil, que têm reflexos até os dias de hoje.
No Brasil, por exemplo, as mulheres negras têm menos anos de estudo que as mulheres brancas e recebem um salário cerca de 50% menor. 90,23% da população negra economicamente ativa está no emprego doméstico, enquanto na população branca este percentual é de apenas 6,1%. A maioria das mulheres negras chefes de família (60%), isto é, sem companheiro para contribuir com a renda, tem rendimento de até um salário mínimo.
É por essa história de opressão e resistência que o Levante Popular da Juventude mantém firme o compromisso de lutar pela igualdade de gênero e raça, não deixando passar em vão uma data como essa. Afirmar, divulgar e ampliar a luta de todas as mulheres negras é reafirmar o compromisso com o povo brasileiro.
“Meu cabelo crespo, entrelaçado como meu povoResiste a tudo que lhe oprime, renega, humilha e agride!Minha pele negra é como a cor da noiteRetrata a beleza da minha gentemas segue invisível aos olhos de tantos...Meu corpo marcado, profundamente marcadopela desigualdade, patriarcado e preconceito racial,meu corpo profundamente marcadosamba na perspectiva do horizonte revolucionário...”Edna. A. S.
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