Porto Alegre, inverno, céu cinza, 10ºC. Poderia ser um ótimo domingo para ficar em casa. Poderia? Não para a mulherada do Levante. No dia de hoje, cerca de 20 mulheres se reuniram em Porto Alegre para uma atividade sobre o Dia da Mulher Negra Sul-Americana e Caribenha, ocorrido no dia 25 de julho. Mais do que celebrar a data, a tarde foi de debates sobre a situação da mulher negra na sociedade atual. As estatísticas sobre a vida da mulher negra no Brasil foram o ponto de partida do bate-papo, onde a mulherada pôde dividir suas experiências de vida e conhecimentos. Na roda de chimarrão, foram discutidos o preconceito, violência, falta de oportunidades para as mulheres negras, além de evidenciada a importância de preservar uma cultura que se expressa nos modos de ser, agir e lutar - tudo com descontração e companheirismo.
Ao final da conversa, ficou a certeza de que só é possível combater a opressão se organizando contra ela - tarefa que cabe não só às mulheres negras, mas às brancas, indígenas, aos homens e a todos aqueles que se identificam com essa luta e desejam uma sociedade baseada em valores mais igualitários. Da roda de chimarrão nasceram ideias que alimentam a luta que acontece nas ruas e também no dia-a-dia, na resistência às mais sutis formas de opressão. Poderia ter sido só uma tarde fria em Porto Alegre, mas não foi. Ao menos para essa mulheres!
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