Desde o ano passado tramita na Câmara o novo projeto de lei de alteração do Código Florestal Brasileiro, proposto pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB – SP). Dentre as propostas estão algumas pérolas como a isenção das dívidas dos crimes ambientais; fim de áreas de preservação permanente nos topos de montanhas, morros e serras; diminuição das faixas de preservação às margens dos rios de 30 para 15 metros; descaracterização da vegetação nativa das reservas legais (com isso, monocultura de eucalipto e outras espécies exóticas cultivadas e larga escala poderão ser consideradas reservas legais); fim da proteção às áreas com mais de 1800 metros de altitude.
É evidente que esta nova proposta de código não atende às demandas de preservação ambientais hoje existentes, mas apenas aos interesses do agronegócio que precisa expandir seu lucro a qualquer custo, mesmo que este custo signifique a destruição de nossos recursos naturais. A cara de pau vai mais longe, quando os ruralistas que apóiam o projeto afirmam que os alimentos consumidos no Brasil são produzidos pelo agronegócio, sendo que segundo o censo agropecuário de 2006, 70% dos alimentos consumidos no país são produzidos pela pequena propriedade.
Desde o primeiro código florestal promulgado em 1934, esta é a primeira vez que uma atualização das leis ambientais recua diante dos interesses dos poderosos, justo num momento em que vivemos grandes catástrofes ambientais e precisaríamos justamente avançar na preservação. Mais uma vez a classe política se coloca em defesa dos interesses dos ricos e de sua depredação descontrolada.
O GADO É EXPORTAÇÃO!
A SOJA É PRA RAÇÃO!
EUCALIPTO NÃO FAZ FLORESTA!
EM DEFESA DA AGRICULTURA QUE NÃO ACABA COM O PLANETA!
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