Coca-cola lança campanha recheada de otimismo (e mentiras).
Mais uma da gigante da indústria de bebidas: além de tentar vender felicidade através de seu xarope gasoso, agora a Coca tenta nos convencer que produzir ursos de pelúcia, reciclar latas e tomar coca melhoram o mundo.
Existem razões para acreditar que os bons podem ser maioria? Claro! É por isso que este blog existe e que lutamos por um Projeto Popular para o povo. Só que para a Coca, o que é ser “bom” e os argumentos para ser otimista em relação ao mundo são ridículos e enganosos:
Nessa campanha comemorativa dos seus 125 anos de existência, a Coca mostra dados baseados “Em um estudo sobre o mundo atual” (Que estudo? Quem o realizou? Ninguém sabe!), com argumentos para sermos otimistas:
Para cada pessoa dizendo que tudo vai piorar, 100 casais planejam ter filhos
Para cada corrupto, 8 mil doadores de sangue
Enquanto alguns destroem o meio ambiente, 98% das latinhas de alumínio recicladas no Brasil
Para cada tanque de guerra, 131 mil bichos de pelúcia
Na internet, amor tem mais resultados do que medo
Para cada arma vendida no mundo, 20 mil pessoas compartilham uma coca-cola.
Existem razões para acreditar. Os bons são maioria.
Segundo a campanha, podemos solucionar a corrupção com doações de sangue, terminar com a guerra produzindo ursos de pelúcia e enfraquecer a indústria mortífera dos armamentos... tomando Coca-cola!
Trazida por soldados norte-americanos ao Brasil por volta de 1940, a Coca vem desde então influenciando a cultura e colocando seus valores na mesa do brasileiro. Além de ter inventado a imagem do Papai-Noel como hoje a conhecemos, suas 17 marcas de refrigerantes, sucos e outras bebidas controlam 56% do mercado. A marca da empresa é a mais valiosa do mundo: custa 70,4 bilhões de dólares.
Esta campanha é um absurdo entre tantos outros que a propaganda, através de suas mensagens simbólicas e argumentos persuasivos, nos apresenta todos os dias. Se existem razões para acreditar, é porque o povo se organiza e luta pela diminuição da desigualdade e garantia de seus direitos. E disso a Coca-Cola entende pouco, por mais que tente nos fazer acreditar no contrário.
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