20 de setembro é considerada uma data comemorativa no Rio Grande do Sul. Data que marca o início da chamada "Revolução Farroupilha", que foi uma briga de estancieiros e latifundiários insatisfeitos com os desmandos do Império por essas bandas do sul. Guerra que durou dez anos, onde mulheres foram violentadas, crianças foram assassinadas, índios e negros morreram como lanceiros nas tropas dos patrões.
Depois daqueles 10 anos de guerra, o que restou ao povo? "Ah, sim, no peito em vez de medalhas, cicatrizes de batalhas foi o que sobrou pra mim." Com a guerra perdida, os estancieiros, entraram em acordo com o Império e não cumpriram a promessa de libertar seus escravos. Retomaram suas terras, gados, e escravos, cercaram os campos, e tudo voltou à "normalidade"...
Durante mais de 150 anos a elite gaúcha ainda foi capaz de reviver esse fóssil cultural atrasado, machista, racista e elitista, como a verdadeira raiz dos pampas. Uma grande mentira inventada pelos latifundiários. É assim que chegamos a mais um "20 de setembro", feriado oficial no Rio Grande do Sul.
Nós, por outro lado, lebramos uma tradição subterrânea que incomoda o tradicionalismo oficial. Tradição popular onde a mulher não é uma "prenda", os negros não são escravos e os indígenas são os verdadeiros portadores de um passado de glória.
Viva os lanceiros negros!
Viva as mulheres dessa terra!
Viva o nosso sangue Guarani!
Viva as mulheres dessa terra!
Viva o nosso sangue Guarani!
Leopoldo Rassier-Sabe Moço
Anahy Guedes canta Sepé Tiaraju em Guarani
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