Para Pierric Annoot, secretário geral do Movimento Jovens Comunistas da França (MJCF), a prioridade é atrair todos os jovens para a batalha e, portanto, não ceder às tentativas de divisão da direita, trazendo todos os estudantes para a ação e fazendo um debate político de fundo. Veja a seguir entrevista com ele.
O governo fala que o projeto de lei da reforma previdenciária foi feito para os jovens. Qual é sua resposta?
Pierric Annoot – De fato, desde abril, Eric Woerth [ministro do Trabalho francês] não para de repetir que a reforma está sendo feita para os jovens que têm 20 anos hoje. Mais uma vez, o que é feito em nosso nome é feito sem nós e contra nós. [..] uma aberração que esconde uma mentira. A direita diz que quer salvar a seguridade social, mas sua reforma visa, pelo contrário, a empurrar os assalariados de hoje e de amanhã para a aposentadoria privada.
Como as condições de trabalho se degradam, muitos assalariados se encontram desempregados antes dos 60 anos [..]. O que a direita não ousa dizer é que esta reforma não é feita para os jovens, mas para os atender aos apetites financeiros dos empresários.
Qual tipo de ação vocês estão adotando nos colégios?
São variadas. A prioridade é fazer discussões, intervenções nas classes e nas assembleias gerais. Depois passamos aos bloqueios, assim que isso é decidido pelos estudantes eles mesmos, ou ainda para as manifestações ou aos encontros em locais simbólicos. A prioridade é atrair todos os jovens para a batalha e, portanto, não ceder às tentativas de divisão da direita, trazendo todos os estudantes para a ação e fazendo um debate político de fundo.
Como manter a coesão do movimento face ao governo e aos elementos exteriores?
O MJCF é a organização da juventude mais presente nos colégios. Em todos os departamentos, os camaradas estão muito mobilizados para impedir que as forças da ordem multipliquem as provocações e a repressão, e que infiltrados entrem na mobilização.
[..] É isso também que assusta a direita e é, portanto, por essa razão que ela endurece o tom e a repressão. Logo, para manter a coesão é preciso não ceder às provocações e responder pela determinação e pela demonstração de força nas mobilizações pacíficas.
Já durante o CPE [protestos contra o Contrato do Primeiro Emprego, em 2006] a direita organizava a desordem e procurava o enfrentamento para desacreditar o movimento. A força da política finalmente triunfou sobre a política da força.
Vemos os jovens comunistas bastante ativos dentro do movimento. Como o senhor vê a perspectiva do movimento de jovens, estudantes secundaristas e universitários nos dias que virão?
As assembleias gerais de universitários se massificam e os secundaristas permanecem muito mobilizados. Nós saberemos derrotar essa armadilha da violência construída pela direita e massificar ainda mais as mobilizações de jovens. É nisso que trabalham cotidianamente os jovens comunistas de maneira unitária e conjunta.
O governo fala que o projeto de lei da reforma previdenciária foi feito para os jovens. Qual é sua resposta?
Pierric Annoot – De fato, desde abril, Eric Woerth [ministro do Trabalho francês] não para de repetir que a reforma está sendo feita para os jovens que têm 20 anos hoje. Mais uma vez, o que é feito em nosso nome é feito sem nós e contra nós. [..] uma aberração que esconde uma mentira. A direita diz que quer salvar a seguridade social, mas sua reforma visa, pelo contrário, a empurrar os assalariados de hoje e de amanhã para a aposentadoria privada.
Como as condições de trabalho se degradam, muitos assalariados se encontram desempregados antes dos 60 anos [..]. O que a direita não ousa dizer é que esta reforma não é feita para os jovens, mas para os atender aos apetites financeiros dos empresários.
Qual tipo de ação vocês estão adotando nos colégios?
São variadas. A prioridade é fazer discussões, intervenções nas classes e nas assembleias gerais. Depois passamos aos bloqueios, assim que isso é decidido pelos estudantes eles mesmos, ou ainda para as manifestações ou aos encontros em locais simbólicos. A prioridade é atrair todos os jovens para a batalha e, portanto, não ceder às tentativas de divisão da direita, trazendo todos os estudantes para a ação e fazendo um debate político de fundo.
Como manter a coesão do movimento face ao governo e aos elementos exteriores?
O MJCF é a organização da juventude mais presente nos colégios. Em todos os departamentos, os camaradas estão muito mobilizados para impedir que as forças da ordem multipliquem as provocações e a repressão, e que infiltrados entrem na mobilização.
[..] É isso também que assusta a direita e é, portanto, por essa razão que ela endurece o tom e a repressão. Logo, para manter a coesão é preciso não ceder às provocações e responder pela determinação e pela demonstração de força nas mobilizações pacíficas.
Já durante o CPE [protestos contra o Contrato do Primeiro Emprego, em 2006] a direita organizava a desordem e procurava o enfrentamento para desacreditar o movimento. A força da política finalmente triunfou sobre a política da força.
Vemos os jovens comunistas bastante ativos dentro do movimento. Como o senhor vê a perspectiva do movimento de jovens, estudantes secundaristas e universitários nos dias que virão?
As assembleias gerais de universitários se massificam e os secundaristas permanecem muito mobilizados. Nós saberemos derrotar essa armadilha da violência construída pela direita e massificar ainda mais as mobilizações de jovens. É nisso que trabalham cotidianamente os jovens comunistas de maneira unitária e conjunta.
A cólera é tão profunda que ela continuará a se manifestar. [..] Hoje, os jovens são profundamente responsáveis e se mobilizam contra os destruidores do futuro, e eles serão ainda mais numerosos no amanhã. O desprezo da direita contra nós não a engrandece, mas faz crescer a mobilização.
Extraído do Brasil de Fato
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