Visita dos Sem Terrinha selou união entre campo e cidade no Dia da Criança
Para qualquer criança, a vida no campo e a vida na cidade carregam diferentes cotidianos e identidades. Uma semelhança, no entanto, a gurizada que mora nas periferias urbanas e rurais têm em comum: a comemoração do Dia da Criança. É por esta razão que para os meninos e meninas do Morro Santa Teresa e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a celebração deste ano foi mais do que especial. Um momento entre as duas realidades reuniu essa criançada na manhã ensolarada do dia 12 de outubro, mas seis vilas do Santa Teresa, na Capital.
No percurso das Vilas, os Sem Terrinha marcharam com bandeiras e vozes de quem não apenas brinca e festeja o seu dia, mas também luta por um mundo melhor. Entre as ruelas e a linda vista do morro, as crianças do Movimento conheceram de perto como se vive nas comunidades da cidade grande, com todas as dificuldades de uma realidade, muitas vezes, bastante semelhante com a do campo, especialmente quando o assunto for luta por educação e moradia.
Em seguida, a Vila Ecológica foi palco de uma rica confraternização, com muita música, apresentação de capoeira e aquele momento que toda a criança gosta, que é a hora das guloseimas. Além disso, uma grande câmera de fotografia sem lente foi montada para que a gurizada visse como funciona o registro de uma imagem. Essa técnica chamada Pinhole foi conhecida pelos Sem Terrinha e pelos pequenos e pequenas das vilas, que se fascinaram com a projeção da imagem do rio Guaíba e de parte da Zona Sul da cidade.
Para os Sem Terrinha e as crianças do Morro Santa Teresa, esse Dia da Criança foi marcado por um grande manifesto de solidariedade e união. A gurizada Sem Terra, filhos e filhas de camponeses, têm a identidade da classe trabalhadora. Por isso, estão em defesa do direito que todos temos de estudar e assim nos tornarmos, tanto no campo quanto na cidade, sujeitos da nossa própria história.
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