No Rio Grande do Sul, esculachado é ex-chefe do SNI
A Ditadura civil-militar permanece um período obscuro na história de
nosso país. No dia de hoje, jovens de todo o Brasil se levantaram contra
a tortura e exigiram o esclarecimento e punição dos responsáveis pelas
atrocidades cometidas no período.
Em Porto Alegre, cerca de 100 jovens estiveram hoje às 9h da manhã em
frente à casa do Coronel Carlos Alberto Ponzi, ex-chefe do Serviço
Nacional de Informações de Porto Alegre e um dos 13 brasileiros acusados
pela Justiça Italiana pelo desaparecimento do militante político
Lorenzo Ismael Viñas em Uruguaina (RS), no ano de 1980, para exigir
justiça.
A rua aparentemente tranquila mudou com a chegada da juventude. Os
muros antes brancos agora denunciavam: “Aqui em frente mora um
torturador!”. Os gritos de ordem, cartazes e cantos chamavam a atenção
dos vizinhos, que se amontoavam nas janelas para entender o que se
passava. Durante os 40 minutos de manifestação, quem transitou pela rua
soube que naquele prédio mora um torturador e que o povo está organizado
para não deixar que seus crimes caiam no esquecimento.
A atividade seguiu com distribuição de panfletos e conversa no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O protesto faz parte de uma ação conjunta organizada pelo Levante
Popular da Juventude e acontece, além do Rio Grande do Sul, nos estados
do Pará, Ceará, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
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