Editorial Ed. 205
A CRISE já tem alcance global e impacto econômico, político, ambiental e ideológico. Suas características recessivas e depressivas já permitem sustentar que causará efeitos prolongados, inaugurando um novo período na luta de classes.
Este ano, promete um cenário inédito, com inúmeras possibilidades para a esquerda e as forças populares em todo o mundo. Os desafios serão imensos. Enfrentaremos as tentativas capitalistas de aumentar, ainda mais, a exploração sobre os trabalhadores para recompor as taxas de lucro. Estaremos diante de um cenário mundial de desemprego, falta de alimento e agravamento súbito das condições de vida. É previsível que as classes dominantes acirrarão os mecanismos repressivos e criminalizadores dos movimentos sociais.
Porém, simultaneamente, esta crise proporciona alterações na dinâmica da luta de classes e pode criar um novo ciclo do reascenso da luta de massas. Além disso, abre uma oportunidade histórica na medida em que altera o quadro geopolítico internacional, determinando o rearranjo dos países e da ordem econômica mundial, abalando a hegemonia econômica e política do imperialismo.
O abalo da hegemonia imperialista e a fratura dos setores dominantes abrem uma brecha fundamental para a superação deste último período histórico, marcado pela ofensiva capitalista e o conseqüente descenso da luta de massas. O quadro histórico iniciado no início dos anos 90 chegou ao fim!
O elemento decisivo para que essa oportunidade converta-se em saídas socialistas é a capacidade da classe trabalhadora em construir alternativas de poder, articulando o conjunto das forças populares em cada país. Em nosso caso, a burguesia brasileira, cada vez mais integrada e associada à burguesia internacional, ao contrário de outros momentos históricos, não apresentará qualquer proposta de alternativa que implique em soberania e enfrentamento de nossos problemas estruturais. Portanto, a crise torna ainda mais nítida a disjuntiva entre uma superação que agravará nossos problemas sociais e destruirá nossos últimos resquícios de soberania nacional ou uma saída que coloque em cena o povo brasileiro como principal ator político.
Este é o contexto que abre uma oportunidade inédita para as forças capazes de construir um projeto popular para o Brasil. A nova conjuntura da condições para que o projeto popular se constitua enquanto uma alternativa de poder. Na verdade, este período histórico que se inaugura com a atual crise exigirá o confronto entre a alternativa política das forças populares e toda a barbárie que implica uma saída capitalista.
Aos lutadores populares, incumbe a tarefa de utilizar todos os recursos pedagógicos disponíveis para explicar as causas, efeitos e saídas para esta crise. Os grandes meios de comunicação explicam a crise como uma catástrofe da natureza, que exigirá uma postura passiva ante seus inevitáveis e terríveis efeitos. Nosso papel será explicar sua causa, apontar os responsáveis e propor as soluções que interessam ao povo.
Assume especial importância a tarefa de construir unidade de ação das forças populares e possibilitar que assumam um programa unitário, colocando-se no plano político como uma alternativa do projeto popular. Para tanto, no interior da classe trabalhadora será necessário intensificar esforços pela retomada da capacidade de luta do proletariado industrial, sujeito social decisivo na construção da unidade entre as forças populares.
O proletariado industrial, que ainda sofre o impacto deste período de descenso, segue anestesiado no Brasil, sufocado por uma estrutura sindical engessada, que não incorpora nem estimula o surgimento de novos quadros e lideranças, enfrentando um arcabouço de medidas jurídicas que blindam e dificultam a greve e a organização no local de trabalho. Contribuir na superação desses desafios, retomando lutas que impeçam que a burguesia solucione a crise através do desemprego e da superexploração é a primeira das grandes tarefas de todos os lutadores do povo. Isso significará compreender a importância de lutar contra as demissões e gerar respostas, cada vez mais ousadas, para enfrentar a crise.
Mais do que nunca é necessário estimular as lutas sociais. Em cada luta surge a oportunidade de construir a unidade das forças populares. Construir uma unidade em torno de um programa político, que contemple as principais questões do projeto popular, é o outro desafio primordial dos lutadores do povo.
Somente com uma unidade construída em torno de lutas concretas, em torno de um programa que cada força social reconheça como seu, será possível avançar para o necessário passo de uma alternativa política do projeto popular, da classe trabalhadora.
Esses são os desafios que nos esperam em 2009. Um ano que promete ser o início de um novo ciclo histórico de lutas.
Este ano, promete um cenário inédito, com inúmeras possibilidades para a esquerda e as forças populares em todo o mundo. Os desafios serão imensos. Enfrentaremos as tentativas capitalistas de aumentar, ainda mais, a exploração sobre os trabalhadores para recompor as taxas de lucro. Estaremos diante de um cenário mundial de desemprego, falta de alimento e agravamento súbito das condições de vida. É previsível que as classes dominantes acirrarão os mecanismos repressivos e criminalizadores dos movimentos sociais.
Porém, simultaneamente, esta crise proporciona alterações na dinâmica da luta de classes e pode criar um novo ciclo do reascenso da luta de massas. Além disso, abre uma oportunidade histórica na medida em que altera o quadro geopolítico internacional, determinando o rearranjo dos países e da ordem econômica mundial, abalando a hegemonia econômica e política do imperialismo.
O abalo da hegemonia imperialista e a fratura dos setores dominantes abrem uma brecha fundamental para a superação deste último período histórico, marcado pela ofensiva capitalista e o conseqüente descenso da luta de massas. O quadro histórico iniciado no início dos anos 90 chegou ao fim!
O elemento decisivo para que essa oportunidade converta-se em saídas socialistas é a capacidade da classe trabalhadora em construir alternativas de poder, articulando o conjunto das forças populares em cada país. Em nosso caso, a burguesia brasileira, cada vez mais integrada e associada à burguesia internacional, ao contrário de outros momentos históricos, não apresentará qualquer proposta de alternativa que implique em soberania e enfrentamento de nossos problemas estruturais. Portanto, a crise torna ainda mais nítida a disjuntiva entre uma superação que agravará nossos problemas sociais e destruirá nossos últimos resquícios de soberania nacional ou uma saída que coloque em cena o povo brasileiro como principal ator político.
Este é o contexto que abre uma oportunidade inédita para as forças capazes de construir um projeto popular para o Brasil. A nova conjuntura da condições para que o projeto popular se constitua enquanto uma alternativa de poder. Na verdade, este período histórico que se inaugura com a atual crise exigirá o confronto entre a alternativa política das forças populares e toda a barbárie que implica uma saída capitalista.
Aos lutadores populares, incumbe a tarefa de utilizar todos os recursos pedagógicos disponíveis para explicar as causas, efeitos e saídas para esta crise. Os grandes meios de comunicação explicam a crise como uma catástrofe da natureza, que exigirá uma postura passiva ante seus inevitáveis e terríveis efeitos. Nosso papel será explicar sua causa, apontar os responsáveis e propor as soluções que interessam ao povo.
Assume especial importância a tarefa de construir unidade de ação das forças populares e possibilitar que assumam um programa unitário, colocando-se no plano político como uma alternativa do projeto popular. Para tanto, no interior da classe trabalhadora será necessário intensificar esforços pela retomada da capacidade de luta do proletariado industrial, sujeito social decisivo na construção da unidade entre as forças populares.
O proletariado industrial, que ainda sofre o impacto deste período de descenso, segue anestesiado no Brasil, sufocado por uma estrutura sindical engessada, que não incorpora nem estimula o surgimento de novos quadros e lideranças, enfrentando um arcabouço de medidas jurídicas que blindam e dificultam a greve e a organização no local de trabalho. Contribuir na superação desses desafios, retomando lutas que impeçam que a burguesia solucione a crise através do desemprego e da superexploração é a primeira das grandes tarefas de todos os lutadores do povo. Isso significará compreender a importância de lutar contra as demissões e gerar respostas, cada vez mais ousadas, para enfrentar a crise.
Mais do que nunca é necessário estimular as lutas sociais. Em cada luta surge a oportunidade de construir a unidade das forças populares. Construir uma unidade em torno de um programa político, que contemple as principais questões do projeto popular, é o outro desafio primordial dos lutadores do povo.
Somente com uma unidade construída em torno de lutas concretas, em torno de um programa que cada força social reconheça como seu, será possível avançar para o necessário passo de uma alternativa política do projeto popular, da classe trabalhadora.
Esses são os desafios que nos esperam em 2009. Um ano que promete ser o início de um novo ciclo histórico de lutas.
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