Como a própria campanha dos sindicatos de funcionários públicos alerta, a governadora Yeda Crusius voltou depois de 10 dias fora do Estado, e já iniciou um processo de inquisição para descobrir e responsabilizar judicialmente os responsáveis pela campanha " A Face da destruição", confirmando: é autoritária!
Governadora confirma tema de campanha: AUTORITARISMO!
A face revelada pelos sindicatos
Fevereiro parecia tranqüilo para a governadora Yeda Crusius (P-RBS/PSDB/DEM). Depois de uma bem-sucedida campanha de marketing político difundida pelos principais jornais do Rio Grande do Sul, além de centenas de outdoors espalhando nas principais estradas gaúchas alardeando um déficit zero artificial produzido pelo descumprimento dos mínimos constitucionais especialmente nos recursos reservados para Educação e Saúde. Basta abrir a execução orçamentária para verificar que a nenhuma área teve 100% da verba prevista no orçamento, gasta.
É um déficit zero caseiro. Um falso milagre conseguido através da redução da presença do Estado nas áreas mais essenciais para a população. Serviu de recomendação para os interesses particulares do então secretário da Fazenda, Aod Cunha de Morais Junior, que agora é o mais novo consultor do Banco Mundial.
Aod conseguiu o novo emprego depois que garantiu ao Banco o endividamento do Estado do Rio Grande do Sul, em R$1 bilhão 782 milhões , reajustado pela variação do dólar. Traduzindo, o governo Yeda Crusius será lembrado pelos próximos 30 anos, período em que os futuros governos terão para administrar essa dívida.
Deslumbrada com as possibilidades proporcionadas pela publicidade e o marketing, Crusius saiu pelo Brasil, sem convite de nenhum governo, utilizando dinheiro público para locação de transporte aéreo e diárias. Ficou mais de 10 dias fora, fazendo campanha política e na volta aproveitou para visitar seus familiares no interior do estado de São Paulo.
A outra campanha
Uma semana antes de retornar de sua tour promocional, 10 entidades ligadas ao funcionalismo público prepararam uma outra campanha publicitária. A receita reunida dos sindicatos permitiu a contratação de uma agência de publicidade que iniciou a campanha convidando a população a conhecer a cara do autoritarismo, da corrupção, da violência, em outdoors espalhados em Porto Alegre e nas maiores cidades gaúchas.
É um déficit zero caseiro. Um falso milagre conseguido através da redução da presença do Estado nas áreas mais essenciais para a população. Serviu de recomendação para os interesses particulares do então secretário da Fazenda, Aod Cunha de Morais Junior, que agora é o mais novo consultor do Banco Mundial.
Aod conseguiu o novo emprego depois que garantiu ao Banco o endividamento do Estado do Rio Grande do Sul, em R$1 bilhão 782 milhões , reajustado pela variação do dólar. Traduzindo, o governo Yeda Crusius será lembrado pelos próximos 30 anos, período em que os futuros governos terão para administrar essa dívida.
Deslumbrada com as possibilidades proporcionadas pela publicidade e o marketing, Crusius saiu pelo Brasil, sem convite de nenhum governo, utilizando dinheiro público para locação de transporte aéreo e diárias. Ficou mais de 10 dias fora, fazendo campanha política e na volta aproveitou para visitar seus familiares no interior do estado de São Paulo.
A outra campanha
Uma semana antes de retornar de sua tour promocional, 10 entidades ligadas ao funcionalismo público prepararam uma outra campanha publicitária. A receita reunida dos sindicatos permitiu a contratação de uma agência de publicidade que iniciou a campanha convidando a população a conhecer a cara do autoritarismo, da corrupção, da violência, em outdoors espalhados em Porto Alegre e nas maiores cidades gaúchas.
Servidores públicos foram às ruas na última quinta-feira
Antes mesmo de ser revelada a face dessas mazelas, o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel (PSDB), procurou o principal veículo de comunicação do Governo ( magazine de entretenimento com redação na Avenida Ipiranga) para avisar que as entidades seriam processadas. Wenzel ignorou a própria orientação da comunicação do Piratini, no afã da visibilidade pessoal, engoliu a isca da publicidade e assumiu publicamente o viés autoritário do governo, exatamente com a campanha dos sindicatos denuncia. Foi para os rádios, jornais e tv ameaçar processo até a empresa de publicidade. O chapéu serviu e a campanha não parou mais.
O episódio deixou nu o governo e revelou:
1. Enquanto empresas que receberam dinheiro público através do Fundopem demitem ou ameaçam demitir, mudar a planta ( como a Gerdau que quer sair de Charqueadas para o interior de São Paulo, depois de acessar R$ 1,6 bilhões dos cofres públicos), o Governo do Estado não apresenta nenhuma medida para garantir o cumprimento das regras de seus contratos com a iniciativa privada. Nenhuma medida para a crise do lucro, que estourou nos trabalhadores.
Campanha ganhou as ruas e é considerada o sucesso publicitário do ano
2. Depois da ausência do Estado na vida da população gaúcha, passamos a conviver com a própria ausência da governadora, em viagem auto-promocional com dinheiro público.
3. Nem a defesa feita pelo principal veículo de divulgação das idéias conservadoras e de direita do Estado, de que mesmo à distância, Yeda acompanhou a movimentação dos servidores no Rio Grande convenceu. A publicação já vem há meses tentando desqualificar a posição dos trabalhadores em educação, com sucessivos editoriais e colunas de opinião. No episódio dos outdoors, ficou evidente que não se faz sequer jornalismo. O tema central da notícia, os outdoors com a face de Yeda, foram censurados pelo jornal. Se falou deles, mas não se mostrou nem foto. Um caso, talvez inédito, de auto-censura.
1984'Orwells: Outdoor só apareceu no jornal depois que o rosto da governadora foi apagado
4. Internamente, demonstrou mais uma vez a inabilidade e a falta de tato político do atual governo. É possível que Wenzel não deixe a Casa Civil depois do episódio, simplesmente porque não há ninguém para assumir em seu lugar efetivamente. É cada vez mais raro o político que quer seu nome associada ao do governo Yeda Crusius.
5. Tudo que os sindicatos e a empresa de publicidade queriam com a campanha já aconteceu. O governo vestiu o chapéu e assume que estão falando dele. Ameaça processar e a campanha fica cada dia mais popular. Depois de assembléias e marchas durante a semana passada, no final de semana, as pessoas desfilavam no Parque Redenção com máscaras que estampavam a face nervosa da governadora.
Palácio mobilizou correligionários para sabotar campanha tardia do P-Sol
Lentamente vai ruindo o mundo de faz-de-conta mantido a troco de retórica e grossas verbas públicas para publicidade.
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