Assentadas e assentados estão indo atrás de documentos e fotos para contar a história dessa Luta. Isaias Vedovatto, que hoje faz parte da direção estadual do MST, participou da ocupação e conta que muitas coisas foram escritas sobre a Fazenda Anonni, mas a história nunca foi contata pelos participantes reais do processo.
No dia 29 de outubro de 1985, mais de 6 mil pessoas participaram da primeira grande ocupação de terra massiva do Estado do Rio Grande do Sul: a da Fazenda Anonni, localizada na região Norte do Estado. Essa ocupação é considerada uma das maiores da história do MST e garantiu o assentamento de mais de 400 famílias na região Norte do Estado.
A área de mais de 9 mil hectares é um marco para a luta pela terra e também ficou nacionalmente conhecida pelo filme “Terra para Rose”, que além de contar a história da ocupação, mostrou o espírito de luta da sem terra Roseli Salete Nunes da Silva, assassinada durante a ocupação.
Isaias Vedovatto, que hoje faz parte da direção estadual do MST, participou da ocupação e trabalha ativamente para a recuperação da memória. De acordo com ele, muitas coisas foram escritas sobre a Fazenda Anonni, mas a história nunca foi contata pelos participantes reais do processo. “Nesses 25 anos é possível olhar para traz e recuperar a história por meio do olhar dos próprios trabalhadores. Um esforço de lembrança coletiva”, afirma.
Vedovatto conta que os trabalhadores pretendem recuperar fotos, materiais e instrumentos da época da ocupação para realizar uma espécie de memorial no Instituto Educar, uma escola que fica dentro do assentamento da Fazenda Anonni.
Atualmente o assentamento conta com três escolas, diversas cooperativas que produzem leite, um frigorífico que vende em grande escala, ginásios para a prática de esportes e espaço para o lazer e cultura. Assentadas e assentados ainda produzem para seu autosustento.
Informações da Página do MST
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