Durante um gigantesco ato que marcou o fim da campanha para sua reeleição, no dia 3 de dezembro de 2009, na cidade de El Alto, Evo Morales afirmou: “Os milhões dos quais falou Katari estão aqui”. O presidente fez alusão à frase do legendário lutador indígena boliviano, Tupac Katari, que, antes de ser esquartejado pelos colonizadores espanhóis em 15 de novembro de 1781, afirmou: “Voltarei e serei milhões”.
O legado de lutas sociais na Bolívia é secular, mas, para muitos historiadores, o processo político que conduziu o atual presidente da Bolívia ao governo tem como pedra fundamental a Guerra da Água, na cidade de Cochabamba, em 2000. Na ocasião, foi expulsa, após intensa mobilização popular, a transnacional que controlava o serviço de água, impondo a primeira grande derrota ao modelo neoliberal boliviano.
A partir daí, as mobilizações populares ascendem com um poderoso questionamento à ordem social, política e econômica do país e, capitalizadas pelo partido Movimento ao Socialismo – Instrumento pela Soberania dos Povos (MAS-IPSP), levam Evo Morales à presidência. A efervescência política desse período foi registrada e vivida pelo fotógrafo brasileiro Dado Galdieri, de 2003 até 2010. (Do BF)
A esperança no olho dos apoiadores do MAS-IPSP em campanha para a eleger Evo Morales presidente, no dia 12 outubro de 2005. As eleições aconteceram em dezembro do mesmo ano.
Indígenas partidários de Morales comemoram, no dia 21 de janeiro de 2010, com música e dança, a reeleição do presidente nas ruínas de Tiwanaku, templo sagrado da cultura andina a cerca de 60 km a oeste de La Paz. Morales venceu as eleições em dezembro de 2009, com 64% dos votos
Dois residentes de El Alto em frente a uma indústria de gás no dia 2 de maio de 2006, um dia após o presidente anunciar a nacionalização das reservas de hidrocarbonetos do país
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