As universidades brasileiras, historicamente, tem servido de instrumento para a manutenção das desigualdades sociais, tanto porque reproduz e aprimora a lógica do sistema capitalista- na medida em forma profissionais para gerenciar esse sistema- quanto porque reproduz e recria o status quo, através de seu método de ingresso que privilegia a meritocracia e a renda econômica, permitindo que apenas uma parcela da elite branca brasileira tenha acesso ao ensino superior.
A partir de 2006 a UFRGS foi obrigada, pela pressão dos movimentos sociais, a abrir seus olhos para um grande contingente da sociedade que estava do lado de fora dos seus muros: negros e pobres.
Em 2008, enfim, a UFRGS, passou a respirar novos ares, sentir outros cheios, conviver com uma nova cultura e enxergar outras cores. As cotas na Universidade permitiram que aqueles que sempre foram excluídos do ensino superior, passassem a ter acesso à produção do conhecimento na academia.
A trajetória de quem acompanhou esse processo começa a ser marcada por fatos inéditos. É nesse contexto que o fato de estudantes negros e cotistas pintarem uma faixa que faz referência a luta e ao dia da consciência negra, ganha novos contornos. Os estudantes que anteriormente não sabiam dessa data, hoje são, obrigatoriamente, lembrados, assim como são levados a refletir sobre as mudanças no perfil e nas cores da Universidade!
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