MAIO, NOSSO MAIO

O vídeo abaixo conta de maneira divertida a verdadeira história do 1º de maio, o dia do Trabalhador (e não do trabalho). Assista e comente!

Maio, Nosso Maio from estúdio|gunga on Vimeo.

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JUVENTUDE DO CAMPO E DA CIDADE

A construção do Projeto Popular para o Brasil dá mais um passo através da organização da juventude.

Nos dias 20 e 21 de Maio jovens do MST, MAB, FEAB, MPA e do Levante Popular da Juventude estiveram reunidos no Assentamento Filhos de Sepé. Além da socialização de experiências, o objetivo do encontro foi traçar um plano de ações para o ano, envolvendo  grupos de diferentes regiões do estado. O saldo da reunião foi o estabelecimento de três metas para 2011: a organização do Acampamento de Santa Maria em Julho, a construção de uma luta unitária da juventude no estado e o Acampamento do Levante Popular da Juventude, em Novembro. Temos muito trabalho pela frente, pois nossas tarefas são do tamanho da nossa esperança.

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TRÊS MILITANTES ASSASSINADOS

Em apenas quatro dias, três pessoas são mortas no norte do país por conflitos ligados à terra.

NO PARÁ

O extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva, assassinado na terça-feira (24) junto com a mulher Maria do Espírito Santo, deixou um vídeo gravado em novembro de 2010 em que anunciava que estava sendo perseguido. Durante uma palestra sobre sua atividade de castanheiro, Zé Castanha, como é conhecido, disse que estava sendo ameaçado de morte por sua luta contra a exploração desenfreada da floresta Amazônica por madeireiras e carvoarias.

"Sou castanheiro desde os sete anos de idade, vivo da floresta. Protejo ela de todo o jeito. Por isso, eu vivo com a bala na cabeça a qualquer hora. Eu vou pra cima e denuncio os madeireiros, os carvoeiros, e por isso eles acham que eu não posso existir. A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmã Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci”, afirma.

EM RONDÔNIA
Nesta última sexta-feira (27), outra liderança popular foi assassinada. Adelino Ramos, o Dinho, foi baleado enquanto trabalhava vendendo verduras que produzia. Dinho que era sobrevivente do massacre de Corumbiara ocorrido em agosto de 1995, há anos vinha sendo ameaçado em virtude de sua atividade política de denúncia dos crimes ambientais cometidos por madeireiros. Ele era líder do Projeto de Assentamento Florestal Curuquetê, localizado no município de Lábrea à 700 km de Manaus. Também liderava o Movimento Camponês Corumbiara, criado em 1996 após o massacre.

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UFPEL: REITORIA OCUPADA

Na tarde de ontem (26/05) cerca de 250(quem sabe 300) estudantes estiveram em marcha na Universidade Federal de Pelotas. A marcha, que passou por vários institutos e faculdades chamando os estudantes para aderirem à luta, culminou no meio da tarde em ocupação da reitoria da universidade. A idéia era entregar uma pauta de reinvindicações de problemas estruturais para o reitor César Borges, porém o "magnífico" não quis conversar - apenas nos escutou por cerca de 10min e, literalmente, virou as costas, se negando a falar, alegando falta de respeito - e o local permanece ocupado. A exigência dos estudantes para desocupar a reitoria é que o reitor promova assembléia geral da comunidade acadêmica(professores, estudantes e servidores) para pautar uma solução imediata dos graves problemas.

A mobilização acontece num momento de descenso das lutas aqui na UFPel, sendo assim, é muito importante reforçar a união e o protagonismo dos estudantes no ambiente universitário, além de reunir forças conjuntas com os movimentos sociais, sindicatos e setores da sociedade organizada. Por isso, pedimos que divulguem para seus contatos, que nos enviem notas de apoio para reforçar o movimento aqui, pois só assim conseguiremos manter a luta e, consequentemente, sermos ouvidos nas nossas reinvindicações.

As pautas de reinvindicações são:

— Falta de espaço físico para alunos devido ao aumento desproporcional da relação aluno/espaço;
— Transparência no orçamento da Universidade;
— Iluminação das Unidades;
— Segurança;
— Obras da futura casa do estudante e da creche;
— Proporcionalidade na relação assistência estudantil/aumento de alunos;
— Aquisição de livros sem respeitar listas elaboradas por docentes;
— Obras do projeto Reuni em atraso;
— Aquisição de prédios sucateados para reforma;
— Pulverização dos espaços da Universidade pela cidade de Pelotas;
— Gastos de custeio UFPel;
— Proporcionalidade no aumento de alunos/professores;
— Laboratórios de práticas em condições inadequadas de segurança;
— Descarte de resíduos químicos inadequados;
— Inexistência de Hospital Universitário para áreas da saúde;
— Inexistência de laboratórios, como exemplo, o curso de jornalismo;
— Transferência da pós-graduação para local distante da graduação;
— Aquisição de prédios sucateados sem consultar as universidades envolvidas;
— Consulta à comunidade sobre alterações no Estatuto da UFPel;
— Hospital Veterinário em condições inadequadas;
— Espaços inadequados a portadores de necessidades especiais;
— Cada do Estudante em péssimas condições elétricas e hidráulicas;
— Bibliotecas desatualizadas e com pouco horários de funcionamento;
— Ginásios da ESEF em condições inadequadas;
— Ausência de linha de transporte que integra a Universidade;
— Transporte ao campus de modo insatisfatório;
— Relação de imóveis alugados pela Universidade;
— Destino dos prédios sucateados comprados e gastos com reformas;
— Deficiência orçamentária das Unidades.

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OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFPEL

Estudantes ocupam neste momento a reitoria da Universidade Federal de Pelotas.

A mobilização foi encaminhada em Assembleia Geral dos Estudantes, no dia 18 de maio do corrente ano, visando alertar a administração desta instituição de ensino acerca dos problemas de estrutura que há muito acometem a comunidade acadêmica. Em diversas ocasiões procurou-se a administração da UFPEL, de forma burocrática, não obtendo sucesso. Foram diversos documentos encaminhados pelo Diretório Central dos Estudantes, pelos Diretórios e Centros Acadêmicos e também por estudantes de maneira individual. Não havendo retorno por parte da reitoria, decidiu-se organizar um ato público na data de hoje.

O ato partiu da Casa do Estudante às 13:00 aproximadamente em forma de passeata, com a participação de aproximadamente 300 estudantes, rumo ao Campus Anglo com intuito de entregar ao Reitor César Borges um requerimento que listava os problemas emergenciais de todos os campi Universidade Federal de Pelotas, entre eles a situação precária das bibliotecas, falta de água potável no Campus Capão do Leão, insuficiência do quadro docente, problemáticas de transporte e segurança, assistência estudantil desproporcional a expansão de vagas ofertadas pela universidade, entre outros. Ao chegar no prédio onde está instalada a reitoria, os estudantes foram impedidos de acessar as dependências internas pelos seguranças da instituição, sendo este fato revertido mediante pressão que resultou na agressão física de um estudante, por parte de um funcionário da reitoria. (Fato este documentado em vídeo). Dado a resistência da reitoria em receber a comissão de 24 estudantes, representantes dos cursos participantes da manifestação, por volta das 18:00 horas os estudantes ocuparam o prédio e exigiram a manifestação do Reitor César Borges.

Leia a carta completa no blog Todas as Cores UFPel

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Mostra de cinema "Somos o trânsito" em Porto Alegre

Com o objetivo de "promover um debate em torno do ciclismo como meio de transporte alternativo e protestar contra o atropelamento de um grupo de ciclistas, que aconteceu em fevereiro em Porto Alegre", a 1º Mostra audiovisual sobre Bicicletas e Trânsito iniciou no dia 25, no Cinebancários, segue até 5/6 na PF Gastal. A entrada é gratuita.

A mostra no Cinebancários e segue até este domingo (29) em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h. O Cinebancários fica ali na rua General Câmara, 424, bem no centro de Porto Alegre. A partir de terça-feira (dia 31) a mostra segue na Usina do Gasômetro, no terceiro andar (Sala PF Gastal), e vai até o dia 5 de junho.

Confira a sinopse de alguns filmes em exibição:

Sociedade do Automóvel, de Branca Nunes e Thiago Benicchio (Brasil, 2005, 40 minutos). Documentário brasileiro que aborda vários problemas causados pela utilização em massa de automóveis para os deslocamentos nas cidades. Numa criativa composição de entrevistas, imagens e músicas, os autores retratam o papel do automóvel na vida paulistana.

Massa Crítica, de Helena Krausz, (Brasil, 2010, 18 minutos). Documentário realizado em São Paulo sobre o evento “Massa Crítica”, que acontece sempre na última sexta-feira do mês em várias cidades do mundo.

Caminhos de Sepé retrata bicicletada em homenagem a Sepé Tiaraju realizada em fevereiro

Caminhos de Sepé, IV Bicicletada para uma Vida Saudável, de Karine Emerich e Hopi Chapman (Brasil, 2011, 21minutos). Para homenagear o herói nacional Sepé Tiaraju, oitenta pessoas encaram um passeio ciclístico de 330 km pelo interior do Rio Grande do Sul. Durante o desafio, os participantes, além de se conhecerem melhor, também descobrem mais sobre a história do Brasil. O registro de sete dias de viagem cultural, turística e ecológica sobre duas rodas.

Programação completa aqui

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Rádio é fechada após oito meses de funcionamento

No dia Internacional da Liberdade de Expressão (3/5), os equipamentos da rádio comunitária Santa Marta, que fica na Vila Santa Marta, no Rio de Janeiro, foram apreendidos pela Polícia Federal e pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Dois dos coordenadores da rádio foram levados para prestar depoimento. MC Fiell é um deles. Confira um trecho da entrevista que o rapper concedeu a Raquel Júnia, da Fiocruz.

Por que vocês acreditam que após oito meses de funcionamento da rádio a polícia e a Anatel foram até lá?

Temos diversas possibilidades para isso, mas temos pensado que é porque começamos a incomodar, temos feito um bom trabalho de alfabetização e de formação política para o povo. O povo está se apoderando de seus direitos. Infelizmente, no Brasil, quando você fala a verdade, é criminalizado e tirado de circulação. Quando você se organiza, alguma coisa acontece, e sempre terá repressões. Quando buscamos um coletivo, o poder para o coletivo, isso desagrada muita gente, e o próprio governo. Porque vivemos em um país capitalista onde a lógica é individual e da competição e conosco aqui a lógica é coletiva, todo mundo tem voz, todo mundo é igual e todo mundo pode fazer. Então, isso incomoda a quem não adere a essa filosofia. Por mais que tentem, nunca vão calar a voz do povo.

Para ler a entrevista completa, clique aqui

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Marcha da Via Campesina em Porto Alegre

Uma marcha com mais de 3 mil pessoas pelas ruas de Porto Alegre encerrou a manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina no dia 19 de maio.

Eles estavam acampados no pátio do Ministério da Fazenda desde a manhã do dia anterior. Na tarde de 19 de maio, eles partiram em marcha até o Palácio Piratini, onde realizaram um grande ato.

Os camponeses e as camponesas do MST, MAB e MPA pedem a renegociação das dívidas da agricultura familiar. No encontro com Tarso Genro, o governador se comprometeu com a vinda do ministro Gilberto Carvalho para um encontro com os trabalhadores. O Secretário-Geral da Presidência da República deve conhecer de perto o problema das dívidas dos pequenos agricultores do sul. O ministro foi designado pela presidente Dilma Rousseff para coordenador o grupo de trabalho que trata da questão das dívidas em Brasília.

Os pequenos agricultores e assentados do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento dos Sem Terra (MST), que integram a Via Campesina, devem permanecer mobilizados até que a pauta das famílias seja atendida.

Reportagem de Bianca Costa, extraído do blog do Coletivo Catarse.
Veja mais fotos aqui

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TOM ZÉ - CLASSE OPERÁRIA

Um pouco de música é sempre bom!

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MADRID EM CHAMAS

Informações sobre a situação política na Espanha, através de nossa correspondente em Madrid.

"Com brevidade, porque sei que o tempo de militante sempre é curto, lhes escrevo para dar um relato sobre a situação política na Espanha, que na última semana esquentou bastante.

No domingo passado (15/5) houve uma manifestação ampla, com mais de 20 mil manifestantes (isso segundo o El País) que integram um movimento por "Democracia Real". Esse movimento critica os partidos majoritários (PSOE, social-democrata, e PP, direita) e o sistema político em geral, que, com a crise econômica, favoreceu naturalmente os mais favorecidos. Esse movimento tem uma constituição bastante heterogênea: PCPE (Partido Comunista dos Povos Españoles), Coletivos feministas e outros movimentos de esquerda, Coletivos Anarsquistas, movimento ecologista e indivíduos sem qualquer histórico de militância que, pelo descontentamento, resolveram ir às ruas.

Desde o domingo, iniciou-se uma ocupação na Puerta de Sol, que é o centro turístico e coração de Madrid. O objetivo é ficar até o dia 22, quando haverá eleições para as Comunidades (tipo Estados ). 24 manifestantes foram presos, muitos outros feridos e a Justiça já deu ordens de desalojar a ocupação porque "perturba o prosseguimento adequado das eleições". O fato é que a ocupação continua e cada dia cresce. Hoje mais de 10 mil pessoas estavam pela tarde na Puerta de Sol e a perspectiva é que mais cheguem até o domingo. Realizam-se Assembleias gigantescas, para tirar linhas de ação e se fortalece o sentimento de companheirismo.

Ainda não está bem claro o que exatamente se quer, mas é impressionante a cativação que a mobilização tem conseguido e o nível de organização da ocupação que surgiu de maneira totalmente espontânea. O movimento diz não ter uma "ideologia" definida e que é constituído por "pessoas normais" que "trabalham todos os dias e não querem ser mercadoria nas mãos de políticos e banqueiros". Ao mesmo tempo, se fala em uma revolução que está ocorrendo e que é de todos. Em outras cidades na Espanha o movimento também teve repercussão e outras ocupações estão ocorrendo ao redor do país."

 Madrid, 20 de maio de 2011.

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POLÍCIA DE SP ESMURRUGA MANIFESTANTES DA MARCHA DA MACONHA

Mais de 1000 manifestantes foram perseguidos pela polícia no último sábado, durante ato em defesa da legalização da maconha em São Paulo.

Assista os vídeos que mostram flagrantes de violência polícial gratuíta sobre os participantes do ato.

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REPRESSÃO CONTRA MANIFESTAÇÃO PACÍFICA EM SÃO PAULO

No último dia 13 de maio, a polícia militar paulista deu mais um exemplo de qual é o seu papel na sociedade: reprimir a população oprimida quando esta se levanta contra o seu opressor! Durante manifestação de organizações que compõem o Comitê contra o genocídio da população negra, policiais se disseram ofendidos pelo material que os manifestantes carregavam e resolveram censurá-los. A mobilização aconteceu em frente ao Teatro Municipal e reuniu durante a tarde e a noite pessoas de movimentos negros, sindicatos e outros movimentos populares.

A desculpa é sempre a mesma: "...está na lei, e deve ser cumprido!" diz o policial, sem talvez, sequer lhe passar pela cabeça que a lei também é feita pelos opressores e portanto, para defender os opressores. Só que neste caso o policial "se enganou"! Vejamos o que diz a lei:

Item IX do Art. 5º da Constituição brasileira: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença.

Isso é o que diz a lei que o policial diz estar cumprindo, justamente o contrário do que ele alegou. Será que se enganou ou foi mais um abuso de poder?

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VILA CHOCOLATÃO: RETRATO DO BRASIL

No último dia 12, Porto Alegre cravou mais um marco no processo de higienização social da cidade, expulsando os moradores da Vila Chocolatão do Centro.

Localizada no coração administrativo da cidade a Vila Chocolatão era a representação do abismo social que persiste no Brasil. O local, que era espaço de moradia e de trabalho para centenas de pesssoas, não deixava a elite administrativa e do poder judiciário esquecer o país em que vivem. A remoção dessas famílias para as margens vai redesenhando cidade, que aos poucos ganha contornos de Auschwitz, porém com uma arquitetura muito mais sofisticada que uma cerca. A segregação não necessita de uma barreira física.  Segundo a nossa elite fascistóide compartilhar o mesmo território que as massas populares é contaminar-se. Contaminar-se da negrice, da doença, da miséria.

  

Assista vídeo sobre a remoção produzido pelo GT de Comunicação do Comitê Popular da Copa

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Pequenos agricultores e assentados fazem marcha e protesto em Porto Alegre

Mais de 3.000 pequenos agricultores da Via Campesina fizeram uma grande caminhada em Porto Alegre, para exigir que o governo federal faça a renegociação das dívidas da agricultura familiar. Foi ocupado também o pátio do prédio do Ministério da Fazenda.

Agricultores e agricultoras vieram para a cidade exigir seus direitos

Os trabalhadores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que integram a Via Campesina, marcharam pela Av. Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre até o prédio do Ministério da Fazenda. Os pequenos agricultores não vão arredar pé até terem uma resposta.

Os pequenos agricultores exigem a renegociação da dívidas e acesso a novos financiamentos. A renegociação é fundamental para a continuidade da produção, já que muitos pequenos agricultores e assentados da reforma agrária não conseguem mais fazer empréstimos porque tem dívidas. A situação é preocupante, pois a agricultura familiar é responsável pelo abastecimento interno de alimentos - responde por 70% do alimento da mesa do brasileiro.

A estiagem, as enxurradas, o granizo, as enchentes e os vendavais provocaram perdas nas safras plantadas. As causas do endividamento são antigas e refletem os custos de produção muito altos, os preços baixos pagos aos pequenos produtores, secas frequentes, empobrecimento no campo e falta de políticas públicas de comercialização. Enfim, um modelo agrícola equivocado que enriqueceu as indústrias de adubos e agrotóxicos e empobreceu o povo do campo.

Além da marcha, estão previstas manifestações de pequenos agricultores em cinco cidades gaúchas ao longo desta semana. Hoje, cerca de 1.500 agricultores da região do alto Uruguai ligados à Via Campesina e à FETRAF estarão mobilizados em Erechim.

mais nos sítios do MST e do MAB

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123 ANOS DEPOIS

Documentário que trata sem rodeios a questão racial no Brasil, os vários mitos para se tentar driblar a noção de racismo, as tentativas de se sabotar a compensação ou outras políticas sociais que tentem reparar 400 anos de Estado escravocrata. O documentário guia-se pela letra da música "Carta A Mãe África" do rapper brasiliense GOG, seguindo para os depoimentos de artistas e intelectuais sobre a questão.

do blog DOCVERDADE.

123 anos depois da abolição da escravatura no Brasil o documentário demonstra que a luta pela igualdade, pela verdadeira liberdade dos negros continua.
Ouça a música "Carta à Mãe África" aqui.

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APROVAÇÃO DA UNIÃO HOMOAFETIVA NO BRASIL

Conquista do movimento homossexual e vitória de todos nós!

Dia 05 de maio de 2011 foi uma data histórica no Brasil: o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por unanimidade o reconhecimento legal da união homoafetiva (gays, lésbicas e transexuais). Porém, na mesma semana em que o Brasil avançou aprovando a união legal dos casais homossexuais, Uganda (na África) está para votar uma lei que pune com pena de morte o homossexualismo – sob a acusação de ser uma ofensa moral grave.

Muitos países já reconhecem o casamento, adoção de filhos, direito a herança (como agora o Brasil) entre casais homossexuais, mas pelo exemplo vemos que ainda há um conservadorismo verdadeiramente assassino em outros. Acreditamos que, uma ofensa moral grave é a violência moral e física, a humilhação, os direitos ignorados, a dignidade ofendida, a identidade negada e a liberdade oprimida diária que os homossexuais sofrem diariamente.

Ser homossexual, heterossexual ou assexuado é a característica de cada um, quem não tem um amigo ou conhecido gay que é uma ótima pessoa? A discriminação é mais um efeito de uma sociedade ainda hipócrita que tenta esconder o que não se encaixe em algum aspecto no modelo de família perfeita, casinha com cerca branca, comportamento modelo e trabalhador eficiente. 

O deputado facista Jair Bolsonaro criou cartilha homofóbica para ser distribuida em casas e escolas:. E o pior: quer custeá-la com o dinheiro público, dinheiro nosso.

O preconceito contra homossexuais é uma característica marcante de pessoas desprezíveis como Adolf Hitler ou o deputado Bolsonaro. A lei não muda de imediato a carga ideológica de preconceito de parte das pessoas. No Brasil um homossexual é vítima de crime de ódio e morto a cada dois dias. Mesmo assim a lei é um avanço, porém a luta agora é tornar uma prática o respeito e o não-preconceito que a lei ajuda a evitar.

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ASSEMBLÉIA POPULAR INDÍGENA EM SANTA MARIA

Nesta quinta-feira dia 12 acontece em Santa Maria a I Assembléia Popular Indígena. Na ocasião serão tratados temas como políticas públicas, demarcação de terras, educação e saúde das comunidades indígenas Guarani e Kaigang. O evento tem início às 8:30 horas e acontece no auditório do Centro de Ciências Sociais e Humanas da UFSM, localizado à rua Floriano Peixoto, 1184.

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ROCK, FOLCLORE e LUTA

A banda argentina Arbolito é uma das poucas novidades no campo da música que alia qualidade técnica e poesia engajada.

Nascida em 1997, a banda mistura a música folclórica da Argentina (chacarera, huayno, saya, zamba, candombe) com rock e reggae. O nome do grupo é em homenagem a um índio ranquel, que teria vingado a morte de sua comunidade degolando o Coronel Rauch, que chefiava uma das operações genocidas durante o período colonial. As músicas são marcadas por sua crítica social e por uma visão descolonizadora da história americana, resgatando elementos da identidade e da resistência indígena.

Esta síntese pode ser observada na música Baila Baila (assista abaixo), que é uma referência ao “tinku”, ou seja as lutas rituais dos indígenas "bolivianos". A palavra tinku quer dizer “encontro, união, equilíbrio, convergência”. Estas lutas entre bandos opostos, são na verdade práticas rituais que simbolizam o encontro de elementos opostos. São uma metáfora para idéia de que a vida nasce da oposição, e que as diferenças étnicas podem se relacionar harmoniosamente.  Ao contrário do que foi a prática colonizadora européia.

Um dos versos de Baila Baila diz: "Un pedacito del planeta que, no pudieron no, no pudieron", resgatando a dimensão da resistência cultural nativa, que apesar de tudo, não foi destruída pelo inimigo colonizador.

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DIA DO TRABALHADOR, DIA DE DENÚNCIA!

Há uma semana, os calendários de todo mundo assinalavam a chegada de uma data pra lá de importante: dia 1º de maio. Para os patrões, Dia do Trabalho: momento de exaltar a árdua rotina de exploração e motivar seus empregados a comemorar com muita festa (e consumo). Para o povo, Dia do Trabalhador: dia de lutas contra a exploração, a favor do trabalhador que gasta seu suor para o luxo e conforto dos patrões.

Em Santa Maria, dona Eloá, empregada doméstica de 50 anos, falou sobre essa contradição ao comentar sobre um cartaz colado na frente da parada de ônibus onde ela e muitos trabalhadores transitam diariamente rumo a seus empregos: "É verdade... é bem verdade. Quanto mais a gente trabalha, mais o salário da gente diminui. Uma barbaridade". 

Uma barbaridade que Dona Eloá e milhares de trabalhadores vivenciam todos os dias. Uma barbaridade que enche os bolsos dos patrões e deixa o povo na miséria. Uma barbaridade que continuaremos a denunciar na luta por dias que sejam realmente dos trabalhadores!

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O assassinato de Bin Laden, por Fidel Castro

É conhecida a posição histórica da Revolução Cubana que se opôs sempre às ações que puseram em perigo a vida de civis.Partidários decididos da luta armada contra a tirania batistiana, éramos, por outro lado, opostos por princípios a todo ato terrorista que conduzisse à morte de pessoas inocentes. Tal conduta, mantida ao longo de mais de meio século, nos dá o direito de expressar um ponto de vista sobre o delicado tema.

[...]O discurso elaborado com esmero por Obama para anunciar a morte de Bin Laden afirma: “…sabemos que as piores imagens são aquelas que foram invisíveis para o mundo. O lugar vazio na mesa. As crianças que se viram forçadas a crescer sem sua mãe ou seu pai. Os pais que nunca voltarão a sentir o abraço de um filho. Cerca de 3 mil cidadãos se foram para longe de nós, deixando um enorme buraco em nossos corações”.

Esse parágrafo encerra uma dramática verdade, mas não pode impedir que as pessoas honestas recordem as guerras injustas desencadeadas pelos Estados Unidos no Iraque e Afeganistão, as centenas de milhares de crianças que se viram forçadas a crescer sem sua mãe ou seu pai e os pais que nunca voltariam a sentir o abraço de um filho.

leia o texto na íntegra no blog Solidários

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O BAIRRO CRISTAL RESISTE!

No último sábado, no bairro Cristal em Porto Alegre, ocorreu o evento "A Volta do Povo à Praça" chamando o povo a ocupar os espaços públicos da cidade.

Eventos como esse são de extrema importância, principalmente para as periferias da zona sul da capital, que vem sofrendo ataques de setores do Estado e das empresas que estão de olho nas áreas dessa região. Tudo em virtude da Copa do Mundo de 2014.
Primeiro foi a tentativa de venda da área da FASE e a duplicação da Av. Tronco, agora os tubarões do concreto querem as áreas do Jockey Club no bairro Cristal.
Para eles, o povo deixou uma mensagem bem clara:

NOSSO BAIRRO NÃO ESTÁ À VENDA!

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MÃES DA PRAÇA DE MAIO

Em 1976, quando teve início a ditadura militar na Argentina, em uma casa comum, havia uma dona de casa, trabalhadora, ocupada com as tarefas do lar. Um dia, sua filha desapareceu. Depois, foi outro filho, os companheiros dos filhos, os netos. Famílias inteiras.

A história dessa mãe é a história de muitas. Ao longo de sete anos (1976-1983), a ditadura argentina deixou mais de 30 mil mortos e desaparecidos.

No final de abril de 1977, mulheres que perderam seus familiares se reuniram para chorar juntas na Praça de Maio, em Buenos Aires, capital argentina. Como era proibida a concentração de pessoas, foram afastadas pela polícia. As mães se foram, mas retornaram numa quinta-feira, dia 30 de abril, e começaram a circular, para enfrentar a repressão policial. A partir daquele dia, já não tinham apenas suas histórias em comum. Os filhos já não eram de uma mãe só. A dor de cada uma era também a dor de todas.

Há 34 anos que todas as semanas, às quintas-feiras, as mães dos mortos e desaparecidos da ditadura argentina concentram-se na mesma praça para exigir memória, verdade e justiça.

Podemos nos perguntar por que, tantos anos depois, essas mães ainda circulam na praça, mesmo sabendo que não poderão reencontrar seus filhos com vida. E essa é a maior lição de suas lutas. As Mães da Praça de Maio continuam, semana após semana, ano após ano, caminhando para dar sentido aos que partiram e lutando pela dignidade dos que ficaram.

Hoje, a Associação das Mães da Praça de Maio realiza debates em escolas e bairros, publica um jornal, mantém a Universidade Popular das Mães da Praça de Maio, por uma educação popular e apóia ativamente os movimentos sociais em defesa de educação, saúde, trabalho, terra e moradia, dando sentido à causa que já foi de seus filhos.

Os filhos das Mães da Praça de Maio estão em cada luta, em cada manifestação, em cada ato por uma sociedade verdadeiramente justa. As Mães sabem disso, por isso persistem. Seus filhos estão no povo.

“Inquietas, as Mães marcham a cada quinta,

reúnem-se todas as terças,

e o tempo não é capaz de alcançá-las...”

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CÓDIGO FLORESTAL EM CHAMAS

Hoje entra em votação a proposta de alteração do código florestal, mais uma tentativa de legalização da destruição ambiental no Brasil.



Assista vídeo didático, sobre o que significa a alteração do código.

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CARO AMIGO BOAL

“Meu caro amigo me perdoe, por favor, eu não pretendo provocar, nem atiçar suas saudades. Mas os dias aqui na terra andam cheios de novidades. É tanta guerra, muito choro, pouco samba e rock n’roll”.

Hoje viemos lembrar a memória deste brasileiro que nos deixou a dois anos no dia 02 de maio de 2009. Lutador do Povo, criador do Teatro do Oprimido, Augusto Boal. Fez da Arte uma ferramenta política e da Política a arte de tornar possível o que é necessário fazer. Por isso, lutou para que a Arte e a Cultura não se tornassem enfeites da burguesia, mas sim, que fossem mecanismos de libertação dos oprimidos frente a dominação imposta pelo sistema capitalista. 

Assim, ele nos deixou um grande legado, que não só bastava consumir Cultura: era necessário produzi-la. Que não só bastava gozar arte: era necessário sermos artistas. Que não só bastava produzir idéias: era necessário transformá-las em atos sociais, concretos e continuados. 

Ao nosso caro amigo Boal a mais justa homenagem. Por ti, seguiremos lutando!

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A IMPRENSA GOLPISTA ATACA NOVAMENTE

Mais uma vez a imprensa golpista ataca e criminaliza os movimentos sociais. A RBS criticou a reabertura das escolas itinerantes pelo argumento que são escolas ideológicas, que formam militantes para invadirem fazendas. Mas o cartunista Latuff foi no ponto certo com a resposta.

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