Veja as fotos da manifestação que colocou em choque dois projetos de cidade: o projeto da elite e o projeto popular.
Fotos: Leandro Antom (Quilombo do Sopapo)
De um lado a engenharia futurista dos arranha-céus da opulência, de outro a arquitetura do sofrimento de um povo que luta por dignidade.
Moradores das Comunidades atingidas pelas obras da Av. Tronco e Projeto Integrado Socioambiental fizeram uma marcha no sábado (01/10) em defesa da moradia. A caminhada saiu do Posto Falcão junto à Vila Cristal e se dirigiu para a área do Jockey Club do Rio Grande do Sul, na Av. Diário de Notícias. Isto porque aproximadamente 1.800 famílias serão removidas para as obras de duplicação da Av. Tronco e outras 1.600 atingidas pelo PISA.
A Prefeitura de Porto Alegre argumenta que o principal obstáculo para reassentar os moradores na região reside na dificuldade para comprar áreas próximas. Porém, não quer colocar em pauta a discussão sobre uma área disponível com potencial para construção de moradias para todas as famílias que serão removidas. Que área é essa?
O Município tem à disposição uma área de 17 hectares que pode ser convertida em Área de Interesse Social. É a área das “cocheiras do Jóquei”. Cabe lembrar que os instrumentos citados são todos requisitos fundamentais para acessar recursos para as obras que estão provocando as remoções. É o aparato legal que protege o direito à moradia adequada e deve inibir os impactos negativos dos reassentamentos.
Texto: ONG Cidade
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