Mesmo depois da Assembléia Popular Indígena e do Dia da visibilidade indígena organizados em Santa Maria, a situação dos povos indígenas pouco melhorou e seus direitos básicos continuam sendo negados pelas autoridades que deveriam protegê-los.
As condições do povo Kaingang acampado na cidade são muito precárias. O acampamento está há meses sem recolhimento de lixo, como estratégia para que sejam mal vistos pela pela vizinhança e pela população da cidade, adoeçam sob condições desumanas e se retirem do local.
Mas quem não tem tempo de se esperar, se organiza: na tarde quente do último domingo, dia 23, ocorreu um mutirão de limpeza na área próxima à rodoviária de Santa Maria, onde as famílias vivem acampadas. A galera que se somou ao mutirão de limpeza também pintou uma faixa, denunciando a situação.
Com o trabalho coletivo, compartilhamos também seu sentimento de pureza e vontade de viver. Sob lonas pretas e o vento que anunciava chuva, o domingo foi de muito esforço para quem colaborou nesta tarefa. A quantidade de lixo do local representa as condições degradantes em que a prefeitura pretende deixar o acampamento Kaingang, sem dar qualquer resposta para suas reivindicações.
Mas não nos calaremos. A luta dos povos indígenas contra a política de extermínio continua. E essa luta também é nossa! Seguiremos nor organizando, cobrando do poder público e denunciando o descaso histórico com as famílias indígenas acampadas.
Todo o dia é dia de índio! Todo dia é dia de luta!
Crédito das fotos: Alexon Messias da Rocha
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