Há 42 anos era brutalmente assassinado Carlos Marighella, um dos maiores e mais importantes lutadores do povo brasileiro.
O jovem revolucionário Carlos Marighella |
Nascido em 5 de dezembro em Salvador-BA, filho de uma negra e de um imigrante italiano, Marighella entrou para a vida política aos dezoito anos de idade. Aos 21 anos foi preso pela primeira vez - primeira de muitas que enfrentaria em toda sua vida - por escrever um poema com críticas ao interventor Juracy Magalhães.
Incansável, Marighella nunca se calou perante as injustiças da sociedade brasileira. Sua militância foi marcada pela flexibilidade de se adaptar às mais diversas formas de luta, do parlamento à clandestinidade, da poesia à luta armada.
Já na clandestinidade após o golpe civil-militar de 1964, Marighella é identificado por policiais do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) num cinema no Rio de Janeiro. Após travar uma luta contra os policiais, Marighella é ferido e mais uma vez preso, episódio que descreveria mais tarde em seu livro "Por que resisti à prisão". Marighella consegue transformar sua defesa em um ataque contra os abusos da ditadura recém instalada no país. Tranfere-se para São Paulo.
Contrário às posições adotadas pelo PCB, partido no qual compunha a Comissão Executiva Nacional, Marighella é expulso em 1967. A partir da leitura de que a luta armada é a única alternativa que resta no combate à ditadura, Marighella funda em fevereiro de 1968 a Ação Libertadora Nacional (ALN). Em setembro de 1969, a ALN participa do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em conjunto com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). A ação visava a libertação de militantes políticos presos pelo regime militar. A esta altura, Marighella já era o inimigo número 1 da ditadura.
Propaganda da Ação Libertadora Nacional, fundada por Marighella |
Em 4 de novembro de 1969, Marighella é alvo de uma emboscada comandada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. Às 20 horas, na Alameda Casa Branca, tombava um dos maiores personagens da luta política no Brasil. A ALN ainda resistirá mais 5 anos até seu desmantelamento em 1974.
Hoje, 42 anos depois, o exemplo da coragem deste lutador está presente entre nós. Marighella nunca se curvou diante às dificuldades. Resistiu à várias torturas, calou-se, quando necessário. Gritou e lutou numa época em que o terror pairava no ar. Que a luta deste grande herói brasileiro esteja presente em nossos corações e mentes, e nos dê mais força para continuarmos nossa caminhada rumo a uma sociedade mais justa e livre de explorações.
CARLOS MARIGHELLA
PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE!
1 Comment:
Esse e um heroi
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