Desde o dia 24 de outubro famílias do MST ocupam uma área da FEPAGRO arrendada ilegalmente em Eldorado do Sul.
Confira a entrevista do integrante do MST à TV Sul 21
Os 480 hectares da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO) deveriam servir para pesquisas de aprimoramento da produção agropecuária no RS, porém, há 17 anos essa área é arrendada ilegalmente para um produtor de arroz que contamina o solo, a água e também as comunidades do entorno da área com pulverizações de agrotóxicos feitas por avião. Nas comunidades da volta da fazenda são muitos os casos de infecções respiratórias e perdas de lavouras menores por causa do uso ostensivo de veneno.
Diante desse caso cabem duas perguntas:
Para quem é pago o "aluguel" da área, já que o próprio secretário do Desenvolvimento Rural e Cooperatismo classificou o arrendamento como imoral?
É justo que centenas de famílias continuem embaixo de lonas pretas enquanto uma área pública é utilizada para obtenção de lucros privados?
O governo, no início do ano, prometeu assentar todas as mil famílias que continuam acampadas no estado, mas até hoje só foi sinalizada uma área para assentamento e nenhuma família foi para a terra.
O MST ocupa a área da FEPAGRO justamente para fazer o que a própria fundação não faz: pesquisas que beneficiem a população com alimentos saudáveis.
O MST é modelo na produção de arroz ecológico. A prova disso são as famílias que já foram assentadas pelo Movimento, que produzem atualmente 3.800 hectares de arroz ecológico em diversos assentamentos, sem a utilização de agrotóxicos. A safra prevista para 2011 e 2012 é de 350 mil sacas.
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