Neste dia 17 de abril completam-se 13 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. Há treze anos 3,5 mil trabalhadores sem-terra ocuparam a rodovia PA-150 para fazer uma manifestação pacífica protestando contra a demora centenária na demarcação de terras. O então governador do Estado, Almir Gabriel (PSDB), deu ordens para a polícia militar “desobstruir a estrada a qualquer custo”. Os policiais militares cercaram os manifestantes pelos dois lados, jogando bombas de gás lacrimogêneo. O saldo foi brutal: 19 trabalhadores foram assassinados, 69 ficaram mutilados ou gravemente feridos e 7 desaparecidos.
Há claros indícios de execução nos assassinatos: 12 foram atingidos por tiros na cabeça, 7 por armas brancas (como facas, punhais e canivetes) e pelo menos 3 foram executados com tiros à queima-roupa. Um dos líderes do assentamento foi torturado durante 4 horas e no caminho ao hospital, foi assassinado com golpes de baioneta e, finalmente, um tiro no ouvido.
A impunidade ainda persiste: nenhum dos responsáveis foi preso. Dos 144 policiais militares envolvidos, 142 foram absolvidos. Os dois únicos condenados, coronel Pantoja (228 anos de prisão) e o major Oliveira (154 anos de prisão) foram postos em liberdade pelo Supremo Tribunal Federal
13 anos depois...Há claros indícios de execução nos assassinatos: 12 foram atingidos por tiros na cabeça, 7 por armas brancas (como facas, punhais e canivetes) e pelo menos 3 foram executados com tiros à queima-roupa. Um dos líderes do assentamento foi torturado durante 4 horas e no caminho ao hospital, foi assassinado com golpes de baioneta e, finalmente, um tiro no ouvido.
A impunidade ainda persiste: nenhum dos responsáveis foi preso. Dos 144 policiais militares envolvidos, 142 foram absolvidos. Os dois únicos condenados, coronel Pantoja (228 anos de prisão) e o major Oliveira (154 anos de prisão) foram postos em liberdade pelo Supremo Tribunal Federal
A repressão aos pobres, e aos movimentos sociais em especial, faz parte do cotidiano. Todos os anos, dezenas de trabalhadores são assassinados em conflitos no campo, outros milhares são reprimidos em manifestações e milhões são oprimidos e explorados com precárias condições de trabalho, moradia, saúde e educação. A governadora Yeda, que confunde segurança pública com criminalização dos movimentos sociais, em mais um ato contra a educação pública, decidiu, juntamente com o Ministério Público, fechar as escolas itinerantes do MST obrigando milhares de filhos de trabalhadores rurais a ficarem sem escola ou a terem que se deslocar dezenas de quilômetros para poderem estudar.
“Os Eldorado dos Carajás
A pedagogia dos aços
Golpeia no corpo esta atroz geografia
Se calarmos as pedras gritarão”
A pedagogia dos aços
Golpeia no corpo esta atroz geografia
Se calarmos as pedras gritarão”
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