“O jovem comunista não pode estar limitado pelas fronteiras de um território. O jovem comunista deve praticar o internacionalismo proletário e senti-lo como coisa sua”.
No ano em que o Brasil se prepara para receber a Assembleia Continental da Alba, as palavras de Che nos alimentam e reforçam a importância da união entre os povos. Na América Latina, é um sonho que há muito tempo se busca, e poder concretizá-lo aproxima distâncias, diminui diferenças e dá mais força pra lutar. Foi o que aconteceu de 22 a 29 de julho com a vivência dos compas do Levante Santa Maria na Frente Popular Dario Santillán (FPDS) na Argentina.
No ano em que o Brasil se prepara para receber a Assembleia Continental da Alba, as palavras de Che nos alimentam e reforçam a importância da união entre os povos. Na América Latina, é um sonho que há muito tempo se busca, e poder concretizá-lo aproxima distâncias, diminui diferenças e dá mais força pra lutar. Foi o que aconteceu de 22 a 29 de julho com a vivência dos compas do Levante Santa Maria na Frente Popular Dario Santillán (FPDS) na Argentina.
Durante este período pudemos conhecer uma outra Argentina, construída com muita luta, resistência e organização pelos compas da FPDS. A Frente é um movimento social e político, multisetorial e autônomo que surge da confluência de distintas organizações unidas na luta contra o imperialismo e o capitalismo, desenvolvendo práticas comuns e compartilhando reflexões na construção do poder popular. A construção da FPDS parte de um processo histórico de lutas da classe trabalhadora na Argentina. As batalhas contra o neoliberalismo na década de 1990 e o intenso processo de lutas durante a crise de 2001-2002 consolidam política e ideologicamente a Frente no ano de 2004. Cerca de 5000 homens e mulheres constroem a Organização, distribuídas nas cidades de Buenos Aires, Río Negro, Neuquén, Córdoba, San Luis, Santa Fe, Tucumán, Jujuy, Formosa e na Cidade Autônoma de Buenos Aires.
Quando chegamos, fomos recebidos no Centro Cultural Alegre Rebeldia na regional de Matanza, cidade da região metropolitana de Buenos Aires. A integração já era sentida pelo abraço sincero, sorriso e companheirismo, que nos acompanharam durante todo o tempo de estadia. Após um primeiro momento de festa e descontração, passamos a conhecer as atividades da Frente, fazendo as “pasantias”, palavra usada pelos compas hermanos para caracterizar a vivência na Organização.
Conhecemos a organicidade e os espaços de atuação da FPDS. Em Matanza, Lanus, Luhan, La Plata e Buenos Aires, trocamos experiências sobre gênero, educação popular, trabalho com movimento estudantil, construção de centros culturais, organização de cooperativas de trabalho e inserção nas comunidades. No último dia, participamos em Buenos Aires de um ato organizado pelos movimentos em protesto a morte pela polícia de dois camponeses na cidade de Jujuy, no norte do país.
Ao conhecer a Frente Popular Dario Santillán, tivemos a certeza de que a integração dos povos na América Latina não é algo que está somente nos livros ou na abstração dos discursos. É algo que está aqui, em nossas mãos e a alguns quilômetros de distância. Algo que nenhum impasse no idioma ou diferença cultural é capaz de apagar. Conhecendo e convivendo com os compas da FPDS, vimos que juntos temos mais força na construção do poder popular. Foi uma experiência que fortaleceu os laços ente o Levante e a Frente, reafirmando a importância da solidariedade entre os lutadores do povo na construção do Poder Popular na América Latina.
É difícil resumir em poucas linhas a importância de tantas vivências. Por isso, no decorrer do próximo mês, relataremos por aqui detalhadamente cada uma delas.
Fica o agradecimento aos compas da Frente pela recepção e acompanhamento fraternos, uma inspiração pra nossa luta!
Acesse e conheça a Frente Popular Dario Santillán
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