Justiça e governo do Pará acobertam crimes de latifundiários
É revoltante o descaso que ronda a justiça do Pará e as manobras que garantem a liberdade a fazendeiros da região, articulados para matar cidadãos que lutam por seus direitos. Donos de terras são responsáveis pela morte de trabalhadores rurais e permanecem livres pois os crimes, depois de mais de 20 anos, terminaram prescritos. Além de protegidos pela justiça, os assassinos são acobertados por políticos, que também são donos de terra. A justiça paraense é muito bem induzida para cometer ilegalidades e proteger os latifundiários. Entre as principais áreas de conflitos agrários na região, a fazenda Maria Bonita, do banqueiro Daniel Dantas, é a mais tensa. A área foi ocupada pelo MST, em Eldorado dos Carajás.
Conheça um pouco dos casos de morte e impunidade no campo paraense:* O assassinato de Expedido Ribeiro de Souza é um dos mais emblemáticos. Mesmo com a prisão decretada em 1993, até 97 o assassino Jerônimo Alves Amorim passeava de caminhonete, sorrindo, pelas ruas de Maria Bonita (PA). A justiça paraense não tinha coragem de prendê-lo, até que com muita pressão dos movimentos sociais, ele foi preso e condenado a mais de 19 anos de prisão. Cumpriu um ano e meio e foi solto em 2001 graças a uma doença terminal e incurável, que não constava em nenhum laudo médico. Hoje, ele vive muito bem de saúde, em Goiás. Um dos líderes da bancada ruralista, deputado Ronaldo Caiado (DEM), chegou a dizer que não aceitaria a prisão do “companheiro Jerônimo”.
* Outro caso é do lavrador Belchior Martins da Costa, assassinado em 1982, com 140 tiros, a mando do fazendeiro Valter Valente, que até hoje não foi e nem será submetido a julgamento. O acusado pelo assassinato, José Herzog, foi absolvido após ser julgado apenas em 2010.
* A história do sindicalista João Canuto de Oliveira seu companheiro de luta Ronan Rafael Ventura acabou em 1990, com a morte decretada por uma mafia a serviço desses fazendeiros. Após 19 anos de tramitação, em fevereiro de 2009, o STF, declarou prescrição do crime. Um dos comandantes da máfia, Geraldo Oliveira Braga, hoje com 74 anos, é dono de um grande latifúndio em Minas Gerais. E outros fazendeiros mandantes do crime foram condenados em 2003 a 19 anos e 10 meses de prisão mas nunca foram capturados para cumprir pena. Um deles até já morreu.
* Já faz 14 anos que 155 policiais militares promoveram o Massacre de Eldorado de Carajás, assassinando 19 trabalhadores rurais e deixando 69 pessoas torturadas. Até hoje, apenas dois policiais foram condenados depois de três embates judiciais: o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira que, no entanto, aguardam em liberdade recurso que moveram para que o superior tribunal de justiça os julgue novamente. Os assassinoe enrolam o caso na justiça até que ele prescreva. O massacre, se não tiver conenados, prescreve em seis anos.
* A impunidade também cercou a morte da missionária Dorothy Stang, de 73 anos, conhecida em vários países pela defesa que fazia aos direitos dos pequenos agricultores rurais no Brasil. Depois de constantemente ameaçada, pistoleiros a assassinaram em 2005 com seis tiros em plena luz do dia e na presença de parte da população. Pela pressão internacional, de ambientalistas e movimento sociais, contudo, felizmente Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, único dos envolvidos no crime sem julgamento, foi condenado este ano. Mas, os milhares de anônimos, trabalhadores do campo brasileiro, seguem na incerteza da vida e da justiça.
* Outro caso é do lavrador Belchior Martins da Costa, assassinado em 1982, com 140 tiros, a mando do fazendeiro Valter Valente, que até hoje não foi e nem será submetido a julgamento. O acusado pelo assassinato, José Herzog, foi absolvido após ser julgado apenas em 2010.
* A história do sindicalista João Canuto de Oliveira seu companheiro de luta Ronan Rafael Ventura acabou em 1990, com a morte decretada por uma mafia a serviço desses fazendeiros. Após 19 anos de tramitação, em fevereiro de 2009, o STF, declarou prescrição do crime. Um dos comandantes da máfia, Geraldo Oliveira Braga, hoje com 74 anos, é dono de um grande latifúndio em Minas Gerais. E outros fazendeiros mandantes do crime foram condenados em 2003 a 19 anos e 10 meses de prisão mas nunca foram capturados para cumprir pena. Um deles até já morreu.
* Já faz 14 anos que 155 policiais militares promoveram o Massacre de Eldorado de Carajás, assassinando 19 trabalhadores rurais e deixando 69 pessoas torturadas. Até hoje, apenas dois policiais foram condenados depois de três embates judiciais: o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira que, no entanto, aguardam em liberdade recurso que moveram para que o superior tribunal de justiça os julgue novamente. Os assassinoe enrolam o caso na justiça até que ele prescreva. O massacre, se não tiver conenados, prescreve em seis anos.
* A impunidade também cercou a morte da missionária Dorothy Stang, de 73 anos, conhecida em vários países pela defesa que fazia aos direitos dos pequenos agricultores rurais no Brasil. Depois de constantemente ameaçada, pistoleiros a assassinaram em 2005 com seis tiros em plena luz do dia e na presença de parte da população. Pela pressão internacional, de ambientalistas e movimento sociais, contudo, felizmente Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, único dos envolvidos no crime sem julgamento, foi condenado este ano. Mas, os milhares de anônimos, trabalhadores do campo brasileiro, seguem na incerteza da vida e da justiça.
*algumas informações são do jornal Brasil de Fato
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