Juventude Campo-Cidade caminha para a construção das Assembleias Populares
Não podemos deixar que a realidade criminalize as nossas diferenças. Mas também não temos receita de bolo. Somos livres para reinventar as lutas. Fazer, desfazer. Reconstruir, improvisar. No meio disso tudo, temos que organizar nossas forças. Organizar para lutar é o nosso objetivo. É por isso que a gurizada de sete momentos sociais articulou no Acampamento da Juventude do Campo e da Cidade, último final de semana, a construção de uma nova história: as primeiras Assembleias Populares do Rio Grande do Sul.
Viver onde a luta por direitos é feio e incomoda os outros quase não nos abre espaços para falar dos nossos problemas. Os mais de 400 jovens, do MST, MTD, MMC, MPA, Levante, PJR, que se reuniram em Santa Maria, pretendem então fortalecer debates em escolas, vilas, assentamentos e acampamentos para quem não costuma ser muito ouvido, e sim esquecido, pelos poderosos de plantão. Nossos sonhos não cabem nas urnas, nem em momentos que só acontecem a cada dois anos.
A juventude Campo-Cidade avaliou as vitórias já conquistadas por ela neste ano. A defesa do meio ambiente foi um dos avanços que uniu os jovens lutadores, por exemplo, aos moradores do morro Santa Teresa, para impedir a venda do lugar e a remoção do povo que vive ali há muito tempo. Logo que souberam do novo projeto, os jovens se juntaram a defensores do meio ambiente e a comunidades do morro. E todos aborreceram o suficiente para que o governo desistisse de vender o local.
Mas a juventude quer mais. Ela tem a combustão necessária para aquecer um projeto popular que confronte a miséria do mundo. É também por isso que os jovens participaram de uma variedade de oficinas culturais no encontro. Campo e Cidade trocaram experiências por meio de rimas, poesia, muralismo, grafite, dança, malabares, bateria, pirotecnia e por aí vai. O que foi aprendido nas oficinas poderá ser multiplicado por cada participante. Assim, a juventude pode disputar com a cultura burguesa até mesmo a construção de uma cultura popular.
NOSSOS SONHOS NAO CABEM NAS URNAS
VIVA A ASSEMBLEIA POPULAR, ORGANIZAR PRA LUTAR !
VIVA A ASSEMBLEIA POPULAR, ORGANIZAR PRA LUTAR !
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