skip to main | skip to sidebar
LEVANTE | Levante Popular da Juventude
Compartilhe |
Assine nosso Feed

Somos um grupo de jovens que não baixam a cabeça para as injustiças e desigualdades. Entendemos que só com o povo unido, metendo a mão junto, é possível construir o novo mundo com que sonhamos.

O Levante atua junto aos movimentos da Via Campesina e movimentos urbanos como o Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), com a intenção de construir a organização popular em comunidades, vilas, escolas, assentamentos e acampamentos do Rio Grande do Sul.


A POESIA QUE ALIMENTA NOSSA LUTA


Cristina Nascimento

Vivemos numa mentira contada e repassada por nós mesmos
Pelos nossos pais, avós, de geração em geração, até chegar aos nossos filhos.
O que seria a verdadeira história do nosso querido Brasil.
Quem descobriu o Brasil? O branco, o negro ou o índio.
Até quando vamos aceitar os fatos históricos que nos contam
O que seria a verdade para um Brasil tão rico e tão pobre ao mesmo tempo
Deixamos que eles se apropriem de nossas almas e nossa indignação
Do que valeu a morte de tantos negros e índios se já não lutamos mais...
Sendo assim questionaremos a história contada e iremos atrás da verdadeira
Não vamos mais deixar eles se apropriarem de nossas vidas. Estudaremos!
Pensaremos com calma e a nossa maior motivação será mudar este futuro
Onde crianças passam fome, onde não se tem uma visão de uma vida melhor.
Até quando iremos aguentar viver só para comprar comida e se acomodar desta maneira
Somos nós que sofremos na pele o racismo, a exclusão, a exploração.
Então a história tem que ser contada de forma correta, pois cansamos do sistema falar por nós
Por que estamos lutando e o nosso povo irá se libertar.
  • ►  2013 (18)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (3)
    • ►  abril (3)
    • ►  março (3)
    • ►  fevereiro (4)
    • ►  janeiro (3)
  • ►  2012 (264)
    • ►  dezembro (6)
    • ►  novembro (16)
    • ►  outubro (16)
    • ►  setembro (16)
    • ►  agosto (27)
    • ►  julho (21)
    • ►  junho (29)
    • ►  maio (30)
    • ►  abril (27)
    • ►  março (34)
    • ►  fevereiro (16)
    • ►  janeiro (26)
  • ►  2011 (315)
    • ►  dezembro (17)
    • ►  novembro (22)
    • ►  outubro (38)
    • ►  setembro (38)
    • ►  agosto (32)
    • ►  julho (24)
    • ►  junho (24)
    • ►  maio (25)
    • ►  abril (26)
    • ►  março (33)
    • ►  fevereiro (17)
    • ►  janeiro (19)
  • ►  2010 (245)
    • ►  dezembro (25)
    • ►  novembro (36)
    • ►  outubro (27)
    • ►  setembro (25)
    • ►  agosto (14)
    • ►  julho (19)
    • ►  junho (27)
    • ►  maio (16)
    • ►  abril (18)
    • ►  março (22)
    • ►  fevereiro (7)
    • ►  janeiro (9)
  • ▼  2009 (234)
    • ►  dezembro (7)
    • ►  novembro (14)
    • ►  outubro (11)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (23)
    • ►  julho (12)
    • ►  junho (8)
    • ►  maio (10)
    • ►  abril (27)
    • ▼  março (44)
      • Roseli Nunes: presente!
      • "Escola Estadual Yeda Crusius"
      • SE MORDERAM...
      • No RS, trabalhadores marcham contra a crise e gove...
      • PELAS RUAS
      • PELAS RUAS
      • CRISE: FECHAR ESCOLAS NÃO É A SOLUÇÃO
      • “A Ford não está para brincadeira.”
      • LUTA
      • SANTA MARIA
      • Aniversário???
      • QUESTÃO DE COR
      • ÀS MARGENS PLÁCIDAS DO IPIRANGA....
      • SANTA MARIA
      • POLÍCIA
      • INFORME
      • Greve
      • AUDIÊNCIA PÚBLICA
      • Faxina Social
      • Mais uma do Mendes... o Gilmar!
      • Stédile à Época
      • CRISE
      • GÊNERO
      • APRENDENDO COM O BRASIL
      • SANTA MARIA
      • GAIOLA DO FASCISMO DE ISRAEL
      • ARAPONGAGEM DE BOMBACHA!
      • A MÁ FÉ DE UM JORNAL QUE ADVOGA A CAUSA DE UM BANDIDO
      • ESCUCHA Y l.UCHA
      • FOTOS
      • SEMANA DE LUTA DAS MULHERES
      • SEMANA DE LUTA DAS MULHERES
      • SEMANA DE LUTA DAS MULHERES
      • SEMANA DE LUTA DAS MULHERES
      • SEMANA DE LUTA DAS MULHERES
      • SEMANA DE LUTA DAS MULHERES
      • GÊNERO
      • CANAL
      • GÊNERO
      • GÊNERO
      • A ATUAL OFENSIVA CONTRA OS SEM TERRA
      • ITINERANTES
      • EDUCAÇÃO
      • PELA UNIDADE
    • ►  fevereiro (23)
    • ►  janeiro (25)
  • ►  2008 (63)
    • ►  dezembro (7)
    • ►  novembro (13)
    • ►  outubro (7)
    • ►  setembro (13)
    • ►  agosto (7)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (4)
    • ►  maio (11)
Este Blog é melhor visualizado em 1080 pixels com Mozila Firefox!
Liberte-se! Use Software Livre!

Cartilha

Baixe aqui.

Panfleto

Baixe aqui.

Cartaz

Fotos de Capa para o Facebook

terça-feira, 31 de março de 2009

Roseli Nunes: presente!

Há vinte e dois anos o primeiro acampamento do MST perdia uma de suas grandes lutadoras. No dia 31 de março de 1987, Roseli Nunes e outros três trabalhadores Sem Terra foram mortos em uma manifestação na BR 386, em Sarandi, no Rio Grande do Sul.

Ela e outras cinco agricultores protestavam por melhores condições para os agricultores e uma política agrária voltada para os camponeses. Não existia, naquela época, política de crédito para a pequena agricultura.

Naquele dia um caminhão passou por cima da barreira humana que estava formada na estrada ferindo 14 agricultores e matando três: Iari Grosseli, de 23 anos; Vitalino Antonio Mori, de 32 anos, e Roseli Nunes, com 33 anos e mãe de três filhos.

A lutadora que hoje empresta o seu nome a acampamentos, assentamentos e brigadas do Movimento, marca a memória dos militantes com o compromisso de preferir "morrer na luta do que morrer de fome”. Roseli Celeste Nunes da Silva nasceu em 1954, e participou, com outras 8 mil pessoas da ocupação da fazenda Anonni, em 1985 - o mesmo local que neste ano sediou o 13º Encontro Nacional do MST, que marcou os 25 anos de luta do Movimento. Seguiu na luta, e participou de uma caminhada de 300 quilômetros até Porto Alegre, onde foi realizada uma ocupação da Assembléia Legislativa, por seis meses. Os acampados cobravam solução para a Reforma Agrária na fazenda.

Rose teve seu terceiro filho no acampamento. Deu a ele o nome de Marcos Tiarajú, em homenagem ao líder indígena do Rio Grande do Sul, que séculos antes já dizia que aquela terra tinha dono. Tiarajú, a primeira criança que nasceu no acampamento, hoje estuda medicina em Cuba.

Roseli Nunes foi a mãe da primeira criança a nascer no acampamento Sepé Tiaraju, na fazenda Anonni. Sua história inspirou dois filmes, “Terra para Rose” e “O Sonho de Rose”, de Tetê Moraes.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

2 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

segunda-feira, 30 de março de 2009

"Escola Estadual Yeda Crusius"

Um contêiner do tipo que está servindo de sala de aula para crianças no Estado foi um dos destaques da manifestação realizada hoje, em Porto Alegre, por representantes de sindicatos, movimentos sociais e entidades estudantis. A mobilização integrou o dia nacional de luta contra a crise. No RS, o protesto pediu também a saída da governadora Yeda Crusius e a investigação sobre as denúncias de corrupção que recaem sobre o governo estadual. Com uma faixa afirmando “Escola Estadual Yeda Crusius”, o contêiner foi levado para a frente do Palácio Piratini, um protesto contra a situação da educação no Estado. O governo Yeda decidiu fechar as escolas itinerantes do MST, mas julgou adequado o uso de contêineres para resolver problemas de falta de salas de aula. No verão gaúcho, com temperaturas que chegam a 35°, é um crime contra as crianças.
Fonte: RS Urgente

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

SE MORDERAM...

Depois de uma semana incomodando,
como era de se esperar,
a frase foi apagada!






Até que durou!

Fábrica de mentiras e de censura!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: PELAS RUAS

No RS, trabalhadores marcham contra a crise e governo Yeda

Cerca de cinco mil trabalhadores, estudantes e representantes de movimentos sociais marcharam na manhã desta segunda-feira (30) em Porto Alegre (RS) para denunciar os efeitos da crise financeira e criticar a ajuda dos governos a empresas sem a garantia do emprego.


Reportagem: Raquel Casiraghi
Agência Chasque
Cerca de cinco mil trabalhadores, estudantes e representantes de movimentos sociais marcharam na manhã desta segunda-feira (30) em Porto Alegre (RS) para denunciar os efeitos da crise financeira e criticar a ajuda dos governos a empresas sem a garantia do emprego. A mobilização foi organizada por centrais sindicais e demais entidades civis e integrou o dia nacional de luta contra a crise. No Rio Grande do Sul, o protesto também pediu a saída da governadora Yeda Crusius e a investigação sobre as denúncias de corrupção.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado, Celso Woyciechowski, diz que as principais reivindicações são as reduções da taxa de juros e da jornada de trabalho sem a diminuição do salário. Para ele, tais medidas são fundamentais no combate à crise financeira, que tem atingido diretamente os trabalhadores.

“Em especial, no diálogo de distribuição de renda e da manutenção dos empregos, aliado à manutenção dos salários, que garante a renda aos trabalhadores e trabalhadoras”, diz.

Na capital gaúcha, a marcha saiu em torno das 08:20h da frente da metalúrgica Gerdau, na avenida Farrapos, e seguiu até a rua Sete de Setembro, no Centro, onde estão instaladas as representações do Banco Central e dos principais bancos que atuam no país. Os manifestantes trancaram por cinco minutos a entrada dos bancos para protestar contra as demissões e os juros altos.

Trabalhadores do campo também participaram do protesto. O integrante da Via Campesina, Elias Dobrovolski, criticou o incentivo dos governos às grandes empresas agrícolas, que são em sua maioria transnacionais e detêm o monopólio do setor. Para ele, a saída da crise perpassa por mais financiamento à agricultura camponesa, intervenção do governo nos preços dos alimentos e pela reforma agrária.

“O estado poderia vir a regular os preços no mercado, na hora em que vão ser pagos ao agricultor. Isso poderia resolver parte dos problemas”, diz.

A marcha prosseguiu até o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, encerrando com um ato que pediu pela saída da governadora Yeda Crusius. A mobilização foi organizada pelas centrais sindicais CUT, Conlutas, Intersindical e CTB, entidades de funcionários públicos, estudantes e de feministas e movimentos sociais urbanos e rurais.

Clique para ampliar!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

domingo, 29 de março de 2009

PELAS RUAS

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: PELAS RUAS

sábado, 28 de março de 2009

PELAS RUAS

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: PELAS RUAS

CRISE: FECHAR ESCOLAS NÃO É A SOLUÇÃO

Bate-papo, oficina e
produção.

Aqui algumas fotos da função.
Clique para ampliar!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: OFICINAS, PELAS RUAS

“A Ford não está para brincadeira.”


A edição desta última sexta do jornal nacional (folhetim jornalístico que de nacional só tem o nome) nos brindou com um momento que retrata os tempos tragicômicos em que vivemos. O casal protagonista do noticiário novelesco das 8h, fátima e william, se preparava para o intervalo, anunciando as manchetes do próximo bloco de notícias. A última chamada era “A Ford prepara um plano de demissões voluntárias”.

Embora, a idéia de demissões voluntárias merecesse maior atenção (se fossem tão voluntárias então não precisariam de um plano para promovê-las), não é este o foco destas linhas. Esta é apenas a parte trágica, a cômica vem a seguir.

Terminado o anúncio, entra a musiquinha do jn que deveria demarcar a fronteira entre a propaganda revestida de notícia e a propaganda assumidamente comercial. Logo após a vinheta, adivinhem qual é o primeiro comercial? Dela mesma.

A ford invade nossas casas para vender suas promoções (é claro, custeadas pelos cofres públicos). O curioso é que sobre as imagens estampa-se a seguinte frase: “A Ford não está para brincadeira”. Como a frase emitida pelo galã do jn ainda está retumbando na cabeça dos espectadores, chega-se a seguinte conclusão: de fato a ford não está para brincadeira. Os seus funcionários que o digam.

Moral da história: em uma tv como a rede globo só o acaso pode nos proporcionar o mínimo de conteúdo crítico.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: TEXTOS

LUTA

Compas,
Nesta Segunda, dia 30, as centrais sindicais, os movimentos sociais e os estudantes irão realizar um dia nacional de luta em defesa do emprego, da redução da jornada de trabalho sem redução de salários e, no Rio Grande do Sul, pelo Fora Yeda.
Vamos todos colocar o nosso bloco na rua nesta manifestação, com muita animação, contribuindo para mudar a cultura de atos políticos solenes e rançosos.
A concentração será em frente ao Colégio Júlio de Castilhos, na João Pessoa, pontualmente às 8h da manhã.
Depois iremos nos reunir com a marcha das centrais sindicais. Para nos carcterizarmos, vamos nos vestir todos de preto, e levarmos os nossos lenços vermelhos.
Preparem suas garagantas...
JUVENTUDE QUE OUSA LUTAR: CONSTRÓI O POPDER POPULAR!!!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: INFORMES

sexta-feira, 27 de março de 2009

SANTA MARIA

O Levante Popular da Juventude
vem agitando o debate
em
Santa Maria
e atropela muro na UFSM.


Depois de atividades como o Cine Resistência, com a exibição do filme Batismo de Sangue, seguido de debate sobre os 45 anos do Golpe de Estado de 1964 e as suas permanências na atualidade, como a política de extermínio da população pobre e criminalização dos movimentos sociais, o Muralismo ganha espaço como forma de resgate da memória e denuncia da impunidade das atrocidades cometidas no periodo da didatura.
As atividades estão ocorrendo na Universidade Federal de Santa maria, instituição criada no período da ditadura Civil/Militar e hoje conhecida como o reduto científico do latifúndio.
Confira as fotos abaixo!

Nossa memória não esquece, isso ainda acontece!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

quinta-feira, 26 de março de 2009

Aniversário???

E
TEM
GENTE
QUE
NEM
SE
DÁ
O
TRABALHO
DE
ESCONDER
O
PRÓPRIO
FASCISMO!!

Clique em cima pra ampliar essa m...

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

QUESTÃO DE COR

José Saramago
Diálogo num anúncio de automóveis na televisão. Ao lado do pai, que conduz, a filha, de uns seis ou sete anos, pergunta: “Papá, sabias que a Irene, a minha colega da escola, é negra?” Responde o pai: “Sim, claro…” E a filha: “Pois eu não…” Se estas três palavras não são precisamente um soco na boca do estômago, uma outra coisa serão com certeza: um safanão na mente. Dir-se-á que o breve diálogo não é mais que o fruto do talento criador de um publicitário de génio, mas, mesmo aqui ao lado, a minha sobrinha Júlia, que não tem mais que cinco anos, perguntada sobre se em Tías, localidade onde vivemos, havia negras, respondeu que não sabia. E Júlia é chinesa…

Diz-se que a verdade sai espontaneamente da boca das crianças, porém, vistos os exemplos dados, não parece ser esse o caso, uma vez que Irene é realmente negra e negras não faltam também em Tías. A questão é que, ao contrário do que geralmente se crê, por muito que se tente convencer-nos do contrário, as verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global. As duas crianças não viam negras, viam pessoas, pessoas como elas próprias se vêem a si mesmas, logo, a verdade que lhes saiu da boca foi simplesmente outra.

Já o sr. Sarkozy não pensa assim. Agora teve a ideia de mandar proceder a um censo étnico destinado a “radiografar” (a expressão é sua) a sociedade francesa, isto é, saber quem são e onde estão os imigrantes, supostamente para os retirar da invisibilidade e comprovar se as políticas contra a discriminação são eficazes. Segundo uma opinião muito difundida, o caminho para o inferno está calcetado de boas intenções. Por aí creio que irá a França se a iniciativa prospera. Não é nada difícil imaginar (os exemplos do passado abundam) que o censo possa vir a converter-se num instrumento perverso, origem de novas e mais requintadas discriminações. Estou a pensar seriamente em pedir aos pais de Júlia que a levem a Paris para aconselhar o sr. Sarkozy…

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: TEXTOS

quarta-feira, 25 de março de 2009

ÀS MARGENS PLÁCIDAS DO IPIRANGA....

FALKATRUA NO AR: AGENTE VÊ POR AQUI!PRA QUE(M) HEIN? PRA QUE(M)??!!!!PIXA E LUTA!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

SANTA MARIA

Nossa memória não esquece, isso ainda acontece!

O Cine Resistência é uma proposta do Levante Popular da Juventude de Santa Maria para, através da exibição de filmes que retratam à realidade política e social brasileira, provocar o debate com a sociedade a respeito de temas relacionados à nossa história passada e presente, e com isso, promover o questionamento acerca das estruturas de dominação, estimulando o espírito crítico para a construção de ações de resistência.

A primeira sessão aconteceu no último domingo, dia 22 de março, na União Universitária da UFSM, com a exibição do filme Batismo de Sangue, que aborda a tortura durante a Ditadura Civil-Militar, seguido de um debate sobre os 45 anos do Golpe de Estado de 1964 e as suas permanências, como a política de repressão praticada atualmente pelo Estado brasileiro: criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.

Nosso objetivo é fazer do cinema um espaço de reflexão da história, provocando sua compreensão como parte das lutas atuais d@s trabalhadores(as) do campo e da cidade contra os efeitos devastadores da expansão do capital sobre as classes trabalhadoras e seus métodos de repressão permanentes.

Clique para ampliar!

Nunca mais a boca calada, nunca mais a vida emprestada!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

terça-feira, 24 de março de 2009

POLÍCIA

"Polícia não foi feita para vigiar ninguém, foi feita para proteger”, defende PM de Sergipe

Para tenente-coronel da PM de Sergipe, a evolução das polícias têm de passar pelo reconhecimento dos policiais enquanto trabalhadores e pela aproximação com a população, especialmente os movimentos sociais
"Deixa essas pessoas trabalharem, deixa lutarem por essa terra e conquistar. A gente tem que aplaudir que alguém quer se fixar no campo". A declaração sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que mais parece ter partido de algum sociólogo ou intelectual de esquerda, veio, na verdade, de um representante de um segmento teoricamente nada simpatizante dos movimentos sociais: um policial militar.
Patrícia Benvenuti
O representante é o tenente-coronel da Polícia Militar do Sergipe Luiz Fernando Almeida. Policial militar há 20 anos, ele esteve em São Paulo nessa semana, para participar do seminário "Violência e Segurança Pública no Brasil: outros olhares, outros rumos", na quarta-feira (18) promovido, entre outras entidades, pela Associação Brasileira de ONGs (Abong).

Em entrevista ao Brasil de Fato, Almeida falou sobre a necessidade da aproximação entre policiais militares e integrantes de movimentos sociais, discutiu as consequencias da política de repressão nas cidades, a possibilidade de desmilitarização da polícia e os desafios de construir uma polícia que proteja seu povo.


Brasil de Fato – Como é a situação da segurança pública em Sergipe?
Luiz Fernando Almeida - Talvez por ser o menor Estado da federação, com uma população pequena, é relativamente tranquilo, com índices de criminalidade não muito altos. Por semana, a média é de cinco a seis mortes violentas, decorridas de atropelamentos e mortes no trânsito. No campo, as relações estão bem pacíficas. É claro que tem a questão dos pistoleiros, de ameaças, de baderneiros, de sem terra. Mas também há uma política de proteção os sem-terra, que são mais vulneráveis diante do poder econômico.

BF – Você ajudou a organizar um encontro entre integrantes da Via Campesina e policiais militares em 2007. Poderia relatar como ele ocorreu?
Almeida - Esse encontro ocorreu em setembro de 2007 e foi resultado da minha vivência, meu contato principalmente com o Movimento Sem Terra (MST), desde 1995. A gente acreditava antes e acredita muito mais hoje que temos pontos em comum enquanto trabalhadores, como reconhecer esses trabalhadores rurais e esses trabalhadores policiais, para que que possamos promover a paz entre nós, que possamos buscar um reconhecimento de que somos todos trabalhadores, oriundos da mesma classe, pertencentes à mesma classe. E que temos que buscar cada vez mais um convívio respeitoso, fraterno, de reconhecimento da necessidade alheia. E dos movimentos sociais, em relação à polícia, é desfazer um pouco dos preconceitos. Não esquecer o passado, que serve para a gente não repetir as mesmas besteiras e erros, mas focar em um futuro que é muito importante que estejamos unidos.

BF – Como você vê o fato de um trabalhador, no caso o policial, muitas vezes de origem pobre, ter como tarefa reprimir os que são da sua própria classe?
Almeida - Todos os policiais são da classe trabalhadora, apesar de boa parte não ter essa consciência de classe, não se sentir pertencente a essa classe, e alguns, às vezes, se voltarem contra a própria classe em favor de uma classe dominante. É um trabalho que tem que ser feito, a gente tem buscado fazer.
Temos um curso de negociação de conflitos, onde, na parte que tange o conflito agrário a gente busca reunir os policiais, levá-los aos assentamentos e escolas do MST, fazer com que conheçam aquelas pessoas que estão ali, que percebam a diferença entre um assentamento e um acampamento, o quanto se evolui do acampamento para o assentamento, que se quebre aquele paradigma do sem terra baderneiro, vagabundo, que não tem o que fazer, que fica invadindo terra dos outros. Temos que fazer com que o policial possa enxergar a história da estrutura agrária desse país, como ela se deu. O que está pautando a cabeça das pessoas e da sociedade, de um modo geral, é a grande mídia que, obviamente abomina o Movimento Sem Terra, porque os que mandam e sustentam essa grande mídia são aqueles que tem outros interesses. Então, quem sabe que um eucalipto consome 20 litros de água por dia?

BF – E como foi a receptividade disso junto aos policiais?
Almeida - A grande vantagem é colocar as pessoas frente a frente para que elas conversem, para que se entendam. Eu levei três turmas para assentamentos, e os policiais voltaram maravilhados. Aí um lembra que trabalhou no campo, outro lembra que tem um pai que ainda está no campo, o da cidade diz: "eu pensei que fosse um bando de baderneiros". Então, a gente vê uma quebra no preconceito. Ninguém nunca vai falar o que passa uma mulher com seus filhos embaixo de um barraco de lona no sertão que faz 10 graus à noite e 50 de dia.
A conquista de um assentamento que se tornou produtivo e transformou a vida daquelas pessoas nunca vira notícia. Mas, quando você leva aquela pessoa que está impregnada da história dessa grande mídia para conhecer a realidade de um assentamento, para conhecer pessoas que, do pouco que tem, repartem com quem não tem, ele começa a enxergar outra coisa.
Deixa essas pessoas trabalharem, deixa conquistarem a terra, deixa lutarem por essa terra e conquistar. A gente tem que aplaudir que alguém quer se fixar no campo, quer criar polos de desenvolvimento regionais, quer vender sua produção, que quer que seu filho possa estudar, fazer um curso técnico e trabalhar na região, não tenha que ir para a cidade disputar emprego com ninguém. A luta é tão justa e tão injustiçada pelos poderosos e pela mídia, que os colegas tem que conhecer essa realidade.

BF – A relação entre o MST e a polícia, em Sergipe, é bastante diferente, por exemplo, da relação entre camponeses e da Brigada Militar no Rio Grande do Sul...
Almeida - É, são inimigos e o aparato policial no Rio Grande do Sul, e não só ele, mas os próprios setores da Justiça, do Ministério Público, estão querendo criminalizar e desconstituir o MST. Isso é político. Como aquele incidente no assentamento em Sarandi, o Nova Sarandi [em 2008], em que houve um mandado de busca e apreensão para procurar um par de chinelos, uns 200 reais e um relógio, coisa assim. Aí você vê as fotos e o desperdício de dinheiro público mobilizado.
Ali devia ter uns 500 homens ou mais para reprimir um Encontro. Eu conheço os Encontros do Movimento. Aí não está se tramando o fim do mundo ou a catástrofe, está se tramando positivamente o direito de luta, está se festejando a irmandade, a capacidade da gente poder se reunir. Ninguém está ali planejando assalto, formando quadrilha. O que se tem feito nos últimos anos, principalmente nesse atual governo do Rio Grande do Sul é um absurdo, muito triste. É o Estado reprimindo o movimento. E essa repressão não sai na grande mídia.
Agora, ninguém discute a questão das fronteiras, que é interesse das multinacionais diminuir a faixa de fronteira para plantar eucalipto. Ninguém discute soberania alimentar desse país. A gente não tem o poder que a grande mídia tem de massificar os pensamentos, mas eu acho que a gente tem que buscar. E é isso que a gente tem tentado fazer com aqueles que são, por lei, obrigados a cumprir a reintegração de posse, mas que tem que ser, por princípio, defensores dos direitos humanos, defensores dos trabalhadores e cumprir as reintegrações de posse com educação, com solidariedade e com a compreensão de que está fazendo porque não tem outro jeito, é mandado e tem que cumprir a lei.

BF – Existe uma pressão de escalões mais altos da Polícia para que essa proximidade entre PMs e integrantes de movimentos sociais não aconteça?
Almeida - Nos governos passados eu não tinha essa liberdade, mas atualmente eu propus, e o secretário de Segurança aceitou, o comandante também, e fizemos um encontro que reuniu 200 trabalhadores, sendo 100 policiais militares e 100 integrantes de movimentos sociais. Nós sentamos, ouvimos os palestrantes e depois fomos discutir entre nós, misturados, falando cara a cara, olho no olho, um esclarecendo a dúvida do outro. É o começo. É preciso que pelo menos a gente se reconheça para que se respeite, para que a gente não se tema, porque muitas vezes um lado tem medo do outro, por causa de um histórico de repressão e de uso da máquina pública e da estrutura de segurança do Estado que deveria proteger para reprimir. É isso que a gente está tentando mudar. Eu não tenho a menor ilusão de que se entrar um governo de direita esse contato vai voltar à estaca zero. Mas aqueles que conheceram, que olharam nos olhos uns dos outros, quando se encontrarem: "opa, conheço esse cara, não é o que estão dizendo". É nisso que eu aposto.

BF – E sobre a questão da segurança pública nas cidades, como você analisa essas políticas de repressão que são mais visíveis em estados como o Rio de Janeiro, de ocupação de morros e favelas?
Almeida - É a velha história: quando o Estado nada faz, aí manda a polícia, como se ela fizesse escola, virasse professor, fizesse saneamento básico, cuidasse da saúde das pessoas, que iluminasse as ruas, asfaltasse as ruas. Nossa Constituição é linda e avançadíssima, mas o cumprimento do que está ali está tão distante... Então, quando a polícia sobe o morro armada para enfrentar o tráfico, só quem ganha é a violência, e quem mais perde é a comunidade. Já há uma total ausência do Estado, há um domínio do tráfico ali dentro, que também é perverso. Aí fica diante de tiroteios, de balas perdidas, e obviamente do próprio medo do policial. Há aquele exemplo do menino João Roberto, que só foi notícia porque foi no asfalto, foi na Tijuca, que é um bairro de classe média do Rio de Janeiro. Se fosse no morro, era bala perdida.
A lei tem que ser muito rigorosa quando aplicada para alguém que tem obrigação de proteger a sociedade. Se acredita que tal ação não pode respeitar os marcos legais essa ação não é legal, então não faz. Melhor não fazer do que fazer e matar um inocente. Imagine uma ação policial onde há balas perdidas, que inocentes, trabalhadores que já tem uma vida extremamente sofrida perdem sua vida? E para uma mãe que perde um filho, para um pai que perde um filho, como é isso? Um filho que fica órfão de pai e mãe?

BF – E qual o peso da indústria da segurança sobre esse modelo repressivo?
Almeida - O Estado brasileiro sucateou o ensino público para privatizar. Hoje, se você quer ter um ensino de qualidade, com condições de cursar depois uma universidade pública, tem que passar por um ensino fundamental privado, caro, que seleciona e elitiza as universidades. Claro que tem iniciativas do governo federal, não estamos dizendo que nada está sendo feito. Mas a lógica de desconstrução da educação pública é a lógica de privatização da educação. Da mesma forma que a lógica da desconstrução da segurança pública é a privatização da segurança. Privatização dá dinheiro para alguém. É vigilância, armamento, venda de aparelhos, uniformes, material de proteção, de tudo, e o povo paga duas vezes. O povo não, aqueles que podem pagar também a privada.

BF – Sobre a formação do policial, costuma-se falar muito que o policial é mal-formado, mal-preparado. Como você avalia essas críticas, tanto do ponto de vista técnico quanto teórico?
Almeida - Não, não acredito nisso. Vivenciei uma melhora nos últimos 20 anos no ensino praticado nas organizações de ensino policial. Agora, a gente tem um problema muito sério na sociedade, de um modo geral, nos valores com os quais convivemos e somos criados. Às vezes, a pessoa tem no seu íntimo uma vontade de reprimir da mesma forma como foi reprimida durante muito tempo, uma violência já incutida pela violência sofrida, e vai reproduzir isso aí. É um processo difícil de quem sofreu violência abrir mão da violência para buscar a solução daquilo através da paz, porque a nossa sociedade de uma forma geral é muito violenta.

BF – E quanto à desmilitarização das polícias, você é a favor?
Almeida - Tanto faz. É preciso uma polícia que proteja o seu povo. Se ela vai usar farda, se não vai usar, acho que algum tipo de identificação ela vai ter que ter para um trabalho ostensivo. Agora para chamar de diretor, coronel, planejador, capitão, executor, tenente, sargento, para mim tanto faz. A hierarquia e a disciplina tem que existir em qualquer lugar e em qualquer instituição de forma mínima para que funcione. Que bom seria se cada um cumprisse com seu dever, não precisasse ser mandado, mas estamos muito longe disso. Essa visão mais "anárquica", sem Estado, sem polícia, sem nada, pessoas convivendo pacificamente, cada um fazendo o seu, é utópico. Pode ser que a humanidade, um dia, chegue a ela. Mas ela parece estar caminhando para o lado contrário.

BF – Já sobre uma possível desvinculação total da PM com o Exército, você concordaria?
Almeida - Sou totalmente a favor. Com todo o respeito ao Exército brasileiro, o qual servi e aprendi muitas coisas boas, que me serviram muito, é uma casa de pessoas de grande valor, independente dos desvios ideológicos patrocinados pelo golpe militar, pelos Estados Unidos, pela doutrina de segurança nacional. O Exército brasileiro, eu acho, já prestou bons serviços e pode ainda prestar ao povo brasileiro, tem pessoas valorosas, de caráter, mas não tem nada a ver com polícia, são coisas totalmente diferentes. Porque o Exército tem, por obrigação, a defesa do nosso território, da nossa soberania, que é uma missão muito nobre, que tem que estar acima da política, dos partidos políticos, governantes, antes de tudo. E a polícia tem que proteger seu povo, tem que proteger o cidadão, tem que garantir o ir e vir do cidadão, as suas liberdades. Polícia não foi feita para vigiar ninguém, foi feita para proteger, e é assim que ela tem que agir, como protetora do seu povo, porque ela faz parte desse povo.

BF – Você acredita então que o treinamento de policiais militares no Haiti para realizar ocupações em favelas do Rio de Janeiro caminha ao contrário disso...
Almeida - Exato. Intercâmbio com Exércitos de outros países, somente as chamadas Forças Especiais, é contramão, eu não tenho dúvida de que é contramão e de que existem interesses no nosso tipo de atuação, como o país está preparado para defender seu território. Ali para mim é um grande laboratório. Porque eles sabem que, em termos de defesa territorial de selva, nosso Exército é o melhor do mundo, está preparadíssimo. Teve uma época em que até perguntaram, "mas trazem os oficiais para cá para verem como é, para eles verem que não é fácil”. Se eles quiseram entrar na nossa Amazônia, não vai ser fácil, não vai ter moleza.

BF – Ainda sobre uma possível desvinculação das polícias militares com o Exército. Para a população, que benefícios diretos isso traria?
Almeida - Eu acho que essa desvinculação tem que ser ideológica. Não importa que tenhamos contato, que troquemos informações nem que nos juntemos ao Exército brasileiro para proteger nosso território dentro do nosso trabalho e dentro daquilo que temos que fazer. Mas a visão ideológica da ação militar é diferente da visão ideológica da visão policial. A visão militar tem inimigo, no campo de batalha o inimigo está na frente, larga para cima e mata o quanto possível. Qual o inimigo das polícias? Os cidadãos? Temos um eventual oponente que é aquele que está transgredindo a lei, que é nossa obrigação detê-lo e entregá-lo à autoridade judiciária. Nada além disso.

BF – E para os policiais?
Almeida - Obviamente existem as mais diversas opiniões, creio que a maioria contrária, porque, de certa forma, há um certo status, as pessoas enxergam um certo status. Não é o meu caso. Tanto faz você me chamar de coronel, agente, diretor, qualquer coisa, desde que eu seja tratado com respeito e trate com respeito qualquer nome está bom, desde que a gente cumpra a nossa obrigação.

BF – Como você avalia o fato de os policiais militares não poderem se organizar em sindicatos?
Almeida - Essa cultura também é herdada do Exército, que é uma força totalmente diferente. Então se há uma força de natureza civil, ela pode obviamente se sindicalizar. O que eu quero colocar é que não dá para manter as duas coisas. Querem o status de militar, a prerrogativa de militar e os direitos dos civis. Uma coisa ou outra.

BF – Você é a favor da unificação das polícias?
Almeida - No dia em que a gente tiver uma polícia legal, no sentido de legalista, estritamente cumpridora do que está escrito na lei - porque a lei já não é tão boa assim para o conjunto da população em geral, mas violada é pior ainda -, eu acho que aí a gente tem um caminho para a unificação. Mas diante do que acontece hoje, acho que é até melhor para o cidadão que ele tenha um duplo grau de ciclo policial, para que até um possa rever o que o outro fez.

BF – Existe alguma Polícia Militar, aqui no Brasil, que seja referência e que poderia ser seguida?
Almeida - No campo de direitos humanos e de negociação de conflitos, hoje, sem dúvida alguma a polícia que melhor se relaciona com a sociedade e é mais respeitada é a Polícia Militar de Alagoas. Há um trabalho de muito tempo, que conseguiu ser contínuo, coisa que em Sergipe nós não conseguimos. É um trabalho que atravessa vários governos, e é uma boa referência nesse campo. Obviamente que nesse campo de atuação preventiva pode haver uma melhor, outra pior, mas o importante é os policiais enxerguem de onde vierem e que dêem um tratamento digno às pessoas que vão abordar, até mesmo àquelas que vão enfrentar, eventualmente.

BF – Quais os desafios da Polícia Militar hoje, como um todo, quais deveriam ser suas prioridades?
Almeida - Eu acredito que o melhor caminho das polícias militares é a construção de elos com as comunidades, uma construção de uma polícia comunitária verdadeira, que seja reconhecida e seja efetiva nos locais onde atua, que o cidadão comum, que o morador do bairro conheça aquele policial, que o comerciante conheça aquele policial que está ali no centro comercial, que eles possam conversar, que eles possam saber quem é quem, que exista um espaço de mediação onde ambos possam atuar até juntos dentro de uma comunidade para evitar e prevenir problemas maiores. Eu só vejo a saída para as polícias, principalmente para a Polícia Militar, junto ao seu povo. O dia em que nós tivermos efetividade, que formos reconhecidos e reconhecermos os nossos irmãos e os nossos cidadãos que estão no convívio diário com a gente, vamos ter uma polícia que o povo vai ser o primeiro a defender. Não vai precisar se sindicalizar porque quem vai pedir salário para ele é o povo. Mas, para isso acontecer, é preciso que a gente queira, porque se deixar e ficar esperando que isso caia do céu ou da estrutura do Estado, não vai ter.
Quem é: Luiz Fernando Almeida é Tenente-coronel da PM-Sergige, pós-graduado em Negociação de Conflitos Agrários e em Gestão Estratégica em Segurança Pública. Natural do Rio de Janeiro, há 19 mora no Sergipe.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: ENTREVISTAS

INFORME

Olá pessoal, estamos convidando tod@s para a 1ª Reunião do Coletivo de Mulheres da UFRGS para a construção do II Encontro de Mulheres que ocorrerá neste primeiro semestre de 2009.

A formação do Coletivo de Mulheres é um encaminhamento do I Encontro de Mulheres UFRGS que ocorreu em setembro de 2008 na Faculdade de Direito.

Atuando dentro da Universidade, o Coletivo é o meio de reivindicarmos e tocarmos pautas ligadas às mulheres, atividades e formações e principalmente o meio de colocar em prática os encaminhamento do I Encontro visto que o Coletivo que organizará o II Encontro de Mulheres UFRGS.

O Coletivo é aberto a participação de homens e mulheres, porém os homens tem direito a voz, mas não a voto, conforme decisão do Encontro.

A primeira reunião deste ano do Coletivo de Mulheres UFRGS está marcada para sábado, dia 28/03, as 15h no DCE-Centro.

Participem tod@s!!!

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: INFORMES

Greve

Petroleiros paralisam atividades em todo o país
Trabalhadores deram início, segunda-feira (23), a uma greve de cinco dias, cobrando da Petrobras garantia de empregos, de direitos trabalhistas e de mais segurança nas unidades
Redação BrasildeFato
Petroleiros de todo o país deram início, segunda-feira (23), a uma paralisação nacional. A greve, inicialmente prevista para cinco dias, tem a adesão de 70% da categoria e estende-se a unidades de produção, refinarias e terminais de distribuição.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no Espírito Santo, os trabalhadores fecharam a produção e entregaram as plataformas para as equipes de contingência da Petrobras, que tentam retomar a produção de gás e de petróleo. Uma dessas plataformas é a P-34, considerada emblemática por ser a primeira a extrair o óleo da camada de pré-sal. Na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, os trabalhadores tentaram controlar a produção, mas foram coagidos a entregar as plataformas para os grupos de contingência.

Já nos terminais de Solimões, no Amazonas, de Suape, em Pernambuco, de Guarulhos, em São Paulo, e Cabiúnas, no Rio de Janeiro, os trabalhadores assumiram o controle operacional e estão controlando o bombeio. Nas plataformas do Rio Grande do Norte, eles também controlam 70% da produção de petróleo e gás. Já no Pólo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, apenas uma unidade está em atividade, e ainda assim com carga mínima.

Estão paralisados, ainda, petroleiros de unidades de Duque de Caxias (RJ), Manaus (AM), São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Em apoio aos funcionários do Sistema Petrobras, trabalhadores terceirizados também realizam, nesta segunda-feira, uma paralisação de 24 horas.

Reivindicações
Com a paralisação, os petroleiros chamam a atenção para o descontentamento da categoria diante da redução de empregos e flexibilização de direitos trabalhistas, motivados pela crise econômica.

O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, explica que o corte de postos de trabalho e diminuição dos salários atinge hoje principalmente os trabalhadores terceirizados, que correspondem a cerca de dois terços do atual contingente da empresa. "A Petrobras já tem revisto aguns contratos de prestação de serviços com as empresas e os valores que pagará", argumenta.

Os petroleiros também reivindicam condições mais seguras de trabalho. Desde 2000, segundo a FUP, já foram registradas 165 mortes na Petrobras, das quais 134 eram de terceirizados e 31 de funcionários diretos da Petrobras. Esse ano, já são dois óbitos.

Integram as reivindicações, ainda, o pagamento de horas-extras pelos feriados trabalhados e negociações sobre o pagamento de parcelas de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que, sob alegação da crise, ainda não foi repassado aos trabalhadores.

Pressão e ameaças
De acordo com a FUP, a Petrobras tem pressionado os trabalhadores para que a greve não aconteça. Nas plataformas do Espírito Santo e da Bacia de Campos, a empresa cortou telefones e o acesso à internet, bloqueando a comunicação entre os petroleiros. A Federação relata, ainda, práticas de intimidação por parte da estatal.

"A Petrobras descumpriu todas as exigências da lei de greve, desrespeito os grevistas, ameaçando os trabalhadores, inclusive com presentação de cartas de demissão, num momento em que o contrato de trabalho está suspenso", afirma a FUP em nota.

Os petroleiros também alertam para as equipes de contingência que estão assumindo a produção em vários locais. Além de atentar contra o direito de greve, essas equipes colocam em risco a segurança das unidades, aumentando as chances de acidentes. "Essas equipes são formadas por gerentes, coordenadores e supervisores, que não têm capacidade de operarem as unidades, sem falar que os efetivos de contingência são reduzidos", explica a FUP.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

segunda-feira, 23 de março de 2009

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Clique para ampliar
Nessa Segunda-Feira (23/03), a partir das 14h, vai ocorrer uma Audiência Pública na Assembléia Legislativa para tratar da situação das Escolas Itinerantes do MST aqui no estado.
Esse é um momento importante para demonstrarmos o respaldo da sociedade a essa iniciativa exemplar do MST em relação à educação.


A luta pelo reconhecimento da legalidade das Escolas Itinerantes tem sido um tema central para nós, do Levante Popular da Juventude, pois atenta, de uma só vez, contra a Educação popular e contra os Movimentos Sociais. Como todos os companheiros devem saber, há mais ou menos um mês, o Ministério Público e o governo estadual encerraram os convênios que o MST mantinham com o Estado para a manutenção das Escolas Itinerantes. Consequentemente, o mínimo apoio que as escolas contavam para a permanência de estudantes e apoio aos professores foi retirado. Por outro lado, a formação das crianças será considerada inválida pelo Estado do ponto-de-vista legal, pois os certificados emitidos pelo movimento não são mais reconhecidos pela Secretaria de Educação.

Essa é uma tentativa do governo gaúcho de impedir a construção de um Projeto Democrático e Popular no nosso estado e de criminalizar os movimentos e organizações do povo.

Todos que puderem apareçam na Audiência.

"O radical, comprometido com a libertação dos homens, não se deixa prender nos "círculos de segurança", nos quais aprisione também a realidade. Tão mais radical, quanto mais se inscreve nesta realidade para, conhecendo-a melhor, melhor poder transformá-la. Não teme enfrentar, não teme ouvir, não teme o desvelamento do mundo. Não teme o encontro com o povo. Não teme o diálogo com ele, de que resulta o crescente saber de ambos. Não se sente dono do tempo, nem dono dos homens, nem libertador dos oprimidos. Com eles se compromete, dentro do tempo, para com eles lutar." Paulo Freire

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: INFORMES, NOTÍCIAS

Faxina Social

Ah, então tá explicado!

Passados alguns dias após o deslocamento dos Camelôs da Praça XV para o chamado CPC (Campo Popular de Concentração), dentro da política de isolar a "chinelagem" do centro, vem à tona a nobre utilização que o Pilantra Municipal, josé fogaça atribuiu para aquele espaço. Ele tirou a área de trabalho dos vendedores informais para transformar a Praça XV em um estacionamento. Ah, então tá explicado! O problema não era a ocupação do espaço, mas quem ocupava ele. Não bastasse isso, o panfleto do PRBS (Partido da RBS) alardeou aos quatro ventos que o "centro tinha sido devolvido a cidade". Devolvido pra que(m)?

Agora os ambulantes estão confinados no prédio construído através de uma PPP (Pilhagem do Público pelo Privado), obrigados a pagar altas taxas de aluguel para a quadrilha que administra a estrutura. Enquanto isso a Falcatrua Municipal incentiva circulação de carros no Centro, e dos seus condutores mais endinheirados. O panfletão do PRBS comemorou recentemente o resultado da pesquisa encomendada pelos Sindlojas, que constatou o aumento da presença de pessoas com maior poder aquisitivo na região. Ah, então tá explicado!

Eles já foram mais sutis.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: NOTÍCIAS

Mais uma do Mendes... o Gilmar!

No ano em que se completa o triste aniversário de 45 anos do golpe militar de 64, episódios que ocorreram naquela época voltam à tona demonstrando que de 1964 a 2009 nada mudou. Abaixo, a carta aberta do jornalista Leandro Fortes onde ele relata a atitude autoritária do presidente do STF, Gilmar Mendes, em que retoma a censura no Brasil.



Carta Aberta aos Jornalistas


No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado “Comitê de Imprensa”, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha. Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do “Comitê de Imprensa”, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.

Nesta carta, contudo, falo somente por mim

Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalista, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico –de áudio nunca revelado – envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista CartaCapital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto.

Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.

Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação. Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.

Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes. Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”.. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj [Federação Nacional dos Jornalista], e ABI [Associação Brasileira de Imprensa] e os sindicatos?

Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão de jornalistas e, tão grave quanto, de acesso a informação pública, por parte dos cidadãos. As eventuais disputas editoriais, acirradas aqui e ali, entre os veículos de comunicação brasileiros não pode servir de obstáculo para a exposição pública de nossa indignação conjunta contra essa atitude execrável levada a cabo dentro do Congresso Nacional, com a aquiescência do presidente da Câmara dos Deputados e da diretoria da TV Câmara que, acredito, seja formada por jornalistas.

Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.

Leandro Fortes
Jornalista

Brasília, 19 de março de 2009

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: TEXTOS

sábado, 21 de março de 2009

Stédile à Época

“Nunca usamos dinheiro público para fazer ocupações”
João Pedro Stedile, líder nacional do MST, contesta acusações de que o movimento desvia dinheiro público e ataca o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, a quem chama de "Berlusconi verde-amarelo".

Leandro Loyola
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) é acusado, entre outras coisas, de usar dinheiro público para bancar suas invasões de terra. Na semana passada, a Justiça federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) bloquearam bens e pediram a devolução de dinheiro público dado a ONGs ligadas aos sem-terra. As entidades são acusadas de não prestar os serviços prometidos e entregar o dinheiro aos movimentos. A cruzada contra os sem-terra começou no final de fevereiro, por causa de uma declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Ele afirmou que o próprio governo estaria cometendo ilegalidades ao dar dinheiro às ONGs ligadas ao MST.

Em entrevista concedida a ÉPOCA, o líder nacional do MST, João Pedro Stedile, nega que o movimento receba dinheiro público. Ele afirma que usar dinheiro público seria “o fim” do MST. Stedile critica o presidente do Supremo, ao afirmar que ele é latifundiário, defende banqueiros corruptos e também possuiria sua própria ONG. Por exigência de Stedile, a entrevista foi feita por e-mail.

ÉPOCA - O presidente do STF, Gilmar Mendes, afirmou no mês passado que o governo federal não pode repassar dinheiro público ao MST. O dinheiro a que ele se refere é repassado a ONGs. Afinal, o MST recebe ou não dinheiro de entidades como Anca, Concrab, Iterra etc?
João Pedro Stedile - As entidades citadas estão devidamente habilitadas nos órgãos públicos e são fiscalizadas com rigor. Desenvolvem projetos de assistência técnica, alfabetização de adultos, capacitação, educação e saúde em assentamentos rurais. Isso é feito por centenas de entidades em todo o país, sendo que algumas delas recebem verbas polpudas. Isso acontece por culpa do governo neoliberal do Fernando Henrique, que implementou a substuição do Estado por ONGs. O MST sempre defendeu que direitos como educação, saúde e assistência técnica rural têm que ser implementados pelo Estado, para garantir a sua universalização. O engraçado é que os neoliberais, como o senhor Gilmar Mendes, desmontaram o Estado e agora reclamam das ONGs. Até ele (Mendes) montou sua própria ONG para dar aulas de direito. Não seria melhor multiplicar faculdades públicas?

ÉPOCA - Como o MST banca os custos de suas invasões e protestos?
Stedile - As lutas dos trabalhadores só acontecem porque há problemas sociais e direitos negados. Então, parcelas mais conscientes se organizam, mobilizam suas forças e lutam. Nossa luta é fruto dessa consciência e, evidentemente, recebemos solidariedade dos trabalhadores, dos estudantes e professores, das igrejas e da sociedade brasileira. Existimos há 25 anos graças ao apoio político da sociedade brasileira e internacional e somos gratos pelas muitas homenagens recebidas. Nunca usamos um centavo de dinheiro público para fazer ocupações. Seria o fim de qualquer movimento. Isso é um absurdo e fere a inteligência do povo. Imagine que amanhã vão dizer que os sindicatos são financiados pelo dinheiro público para fazer greves.

ÉPOCA - Caso os repasses do governo sejam encerrados, em que medida isso poderia afetar o MST?
Stedile - Em nada afetaria o MST. Apenas achamos engraçado como eles se preocupam com ONGs que atuam na reforma ágraria. Essa é a questão. Na verdade, o senhor (Gilmar) Mendes está defendendo seus interesses como latifundiário e os interesses da sua classe. Não quer reforma agrária, nem quer ver a terra dividida. Muito menos lá no Mato Grosso, onde proibiu até pescaria em sua fazenda. Ele faz pose de moralista e não explica por que sua ONG recebe dinheiro público. Por quê? Por que não investiga o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, entidade mantida por proprietários rurais), administrado pelos fazendeiros, que recebeu R$ 1 bilhão de verba pública? Há processos no Tribunal de Contas da União de dinheiro do Senar apropriado para enriquecimento pessoal de fazendeiros. Por que não pede investigação da ONG Alfabetização Solidária (ONG voltada para projetos de alfabetização, iniciada pela antropóloga Ruth Cardoso em 1997), que recebeu R$ 330 milhões para fazer alfabetização de adultos? Quantos parlamentares respondem por processos de improbidade? Mais uma pergunta: algum militante do MST ficou rico com dinheiro público? A Policia Federal sabe muito bem quem desvia dinheiro público no Brasil.

ÉPOCA - Na sua visão, em que medida as invasões de propriedades rurais podem ser consideradas legítimas?
Stedile - Há juristas, como o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Luiz Vicente
Gustavo Miranda Cernicchiaro, que expôs em acórdão do tribunal que ocupação massiva para pressionar pela reforma agrária não só não é crime, mas um direito do povo de lutar. Portanto, não é questão de lei, mas questão de classe. As ocupações de terra são uma forma de o povo organizado pressionar o governo a fazer reforma agrária. A solução é simples: basta aplicar a Constituição e acelerar a reforma agrária, que acabariam as ocupações. Agora, todas as milhares de famílias já assentadas pela reforma agrária no Brasil tiveram que ocupar terra para conquistá-las. A culpa não é nossa, mas da omissão do Estado brasileiro. Claro que o senhor Gilmar Mendes deve também ser contra as greves, quilombolas, povos indigenas, ou seja, pobres em geral. No entanto, é a favor dos militares que implantaram uma ditadura militar, de banqueiros corruptos. Cada um defende a classe a que pertence.

ÉPOCA - A Advocacia Geral da União procura meios para voltar a aplicar uma medida que inibe invasões de terra. A medida, usada no governo Fernando Henrique, diz que propriedades invadidas ficam fora da reforma agrária por dois anos. Se essa regra voltar a valer, o que o MST pretende fazer?
Stedile - As ocupações de terra são uma forma histórica de os pobres do campo brasileiro lutarem - não foi o MST que inventou. Elas existem desde 1850, quando a Lei de Terras institucionalizou o latifúndio e a concentração da propriedade. A luta pela reforma agrária vai existir enquanto tivermos na sociedade brasileira a contradição entre 30 mil fazendeiros e 4 milhões de famílias sem-terra e 11 milhões de familias que estão em programas assistenciais do governo. Menos de 1% dos proprietários controla 46% de todas as terras no Brasil. As nossas mobilizações e ocupações vão continuar. A sociedade brasileira precisa discutir como enfrentar a crise econômica que está aí. Precisamos discutir como produzir alimentos sem agrotóxicos, como ter uma agricultura sustentável, como preservar a terra, a água e a biodiversidade, que são bens da natureza, repartidas entre todos os brasileiros, e não apenas entre fazendeiros e empresários. Esse é o debate. O senhor Gilmar Mendes assumiu convictamente o papel de líder da direita no Brasil e, por isso, o chamamos de Berlusconi verde-amarelo (alusão ao primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi), embora ele seja mais parecido com o (Benito) Mussolini.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: ENTREVISTAS

quinta-feira, 19 de março de 2009

CRISE

Que os ricos paguem a conta da crise
Importantes setores da esquerda brasileira se reuniram, nos dias 14 e 15 em Guararema (SP), para debater a crise sob o enfoque da defesa dos interesses dos trabalhadores. Representantes de 35 organizações sociais, dentre as quais CUT, Assembléia Popular, Via Campesina, Intersindical, Conlutas, CTB, PCB, PCdoB, CMP, Psol e PT, avançaram nos consensos sobre o colapso econômico, sua natureza e, sobretudo, na construção de uma agenda de lutas e trabalho com o povo.

Isso qualifica o enfrentamento dos efeitos da crise, reforçando sua essência capitalista. Logo, fortalece a compreensão de que são os ricos que devem pagar por ela. De seu lado, a burguesia brasileira não tem um projeto próprio e, ao longo da crise, se limitará a executar o projeto da elite internacional e do imperialismo. E isso é um elemento decisivo.

As classes dominantes
Para a classe dominante, combater da crise significa privatizar o lucro e socializar o prejuízo. Assim, ela naturaliza seus fundamentos como se ela ocorresse por uma fatalidade, a qual deve ser enfrentada por todos. Ao mesmo tempo, começam a impor suas saídas tradicionais. São elas, a destruição de parte do capital acumulado (financeiro), destruição de capital humano e bens de produção através da promoção de guerras, aumento da exploração do trabalho, transferência maior de recursos da periferia para o centro do capital e utilização do Estado para concentrar a poupança popular e destiná-la aos capitalistas. Além destas saídas típicas, em seu desespero, o capital aumentará a ofensiva sobre os recursos naturais. Destaque para o petróleo, o minério, a produção agrícola, a biodiversidade, as águas e as florestas, vide a MP 458/2009, editada pelo governo em fevereiro e que regulariza, sem licitação, terras griladas de até 2.500 hectares na Amazônia Legal.

É bom lembrar que o modelo neoliberal sofreu um revés importante, mas não está derrotado. Fusões de grandes bancos e empresas continuam acontecendo e a mídia corporativa brada em uníssono: menos direitos trabalhistas e impostos. Querem passar a fatura para a classe trabalhadora e, para isso, intensificam a repressão policial e a criminalização dos movimentos no Judiciário. No plano político, saídas podem caminhar com a ascensão de governos fascistas. As conseqüências já são sentidas, sobretudo, pelos trabalhadores, as mulheres e as populações com menor proteção social.

As forças populares
Para os setores populares, há consenso de que a crise é estrutural, profunda, prolongada, sistêmica. Ela atinge a produção, as finanças, o comércio, o meio ambiente, o consumismo e encerra um período histórico de ofensiva do capital, abrindo a possibilidade de um reascenso da luta de massas.

No entanto, a esquerda brasileira enfrenta essa conjuntura adversa com problemas de caráter ideológico e organizativo. E que, por serem difíceis e complexos, exigem a construção de alternativas de médio e longo prazos, sendo que a tarefa central é a construção da unidade entre as diferentes formas do povo brasileiro se articular. O caminho para essa construção é nas agendas comuns de lutas, as quais fomentam a construção de confiança mútua. Para isso, é necessário reafirmar que são com esses setores, e a partir delas, que se podem desencadear mobilizações que resultem no crescimento da atuação das massas e, assim, alterar a correlação de forças.

A construção dessa unidade não se resume no trabalho de articulação, mas reclama firmeza para impedir o fracionamento das lutas e disputas.

A unidade
A crise inaugura um novo período histórico marcado pela insatisfação social e pela retomada da capacidade de luta de massas. Diante disso, as forças populares avançaram na construção de bandeiras unitárias, tais como: nenhum desemprego, nem direito a menos; elevação do salário mínimo; diminuição da jornada de trabalho, sem reduzir vencimentos; decréscimo das tarifas de energia e água e dos impostos para os pobres; queda no preço dos alimentos; menor taxa Selic e para o consumidor; investir superávit primário em educação e saúde; apoiar a CPI da dívida pública; impedir que reforma tributária tire recursos da seguridade social; reestatização de empresas estratégicas (Embraer, Vale, Petrobras etc.); reforma agrária massiva e mudança do modelo do agronegócio; estatização do sistema financeiro; garantia de um programa de educação pública e gratuita para todos; e construção de programas de integração popular entre os países da América Latina.

Nas lutas, o plano é jogar energias para construir uma jornada nacional de protestos contra a crise, unitária e massiva, nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril. Datas definidas durante a Assembléia Mundial dos movimentos sociais no FSM. Na primeira semana de junho, intensificar as mobilizações e, em outubro, nova jornada mundial contra a crise, entre os dias 12 e 16. O dia 12 será de defesa da natureza e o 16, de luta pela soberania alimentar.

E, paralelamente, apoiar as mobilizações e atos de resistência contra os efeitos da crise. Em especial a greve dos petroleiros, no dia 23, a mobilização dos estudantes secundaristas e universitários no dia 28 (em memória à morte do estudante Edson Luis, pela ditadura militar), as jornadas dos movimentos da Via Campesina, do movimento sindical, da juventude, de moradia e todos que forem a luta!
Consulta Popular

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: TEXTOS

quarta-feira, 18 de março de 2009

GÊNERO

Feministas vão monitorar imagem da mulher na mídia

No seminário Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia, feministas concluíram que é preciso reunir evidências e cobrar do Estado mudanças sobre a forma como a população feminina brasileira é retratada pelos meio de comunicação


Vinicius Konchinski
Agência Brasil

Cerca de 150 integrantes de movimentos feministas reunidas em São Paulo decidiram criar uma rede para monitoramento e controle da imagem da mulher na mídia. As militantes participaram do seminário Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia, encerrado domingo (15). Elas concluíram que é preciso reunir evidências e cobrar do Estado mudanças sobre a forma como a população feminina brasileira é retratada pelos meio de comunicação.

“A mídia dissemina valores ideológicos que acabam transformando as mulheres em consumistas fúteis, em pessoas submissas e dependentes de seus maridos”, criticou Terezinha Vicente Ferreira, uma das participantes do seminário e também integrante da Articulação Mulher e Mídia em São Paulo.

Em entrevista à Agência Brasil, Terezinha afirmou que a maior parte do material veiculado pelos meios de comunicação não transmite as informações necessárias e verdadeiras sobre o mundo feminino. Desta forma, acaba contribuindo com a desigualdade de gênero e de oportunidades existentes no país.
“A mulher que aparece na TV não é a mulher real. Ela segue um padrão de beleza, tem um discurso padrão. Os programas que passam à tarde ensinam a mulher a fazer crochê, artesanato e não a ser protagonista de sua vida social, econômica e política.”
Para a integrante da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), Lourdinha Rodrigues, o seminário sobre a imagem da mulher foi um marco para o movimento feminista e para o controle social da mídia. Segundo ela, estiveram representadas todas as classes e movimentos feministas - sindicalistas, lésbicas, camponesas, negras - com o objetivo de mudar a visão da mídia sobre o sexo feminino.

“A criação da rede de controle da imagem da mulher foi o ponto alto do encontro”, afirmou Lourdinha, explicando que todas as participantes se comprometeram a acompanhar o que é veiculado para cobrar das autoridades as mudanças necessárias.

De acordo com ela, os dados coletados pela rede devem ser apresentados pelas feministas na Conferência Nacional de Comunicação, prevista para o fim do ano, e até mesmo orientar ações quanto à política de concessões na radiodifusão, por exemplo. “As concessões são públicas. As rádios e TVs que não tratam a mulher de forma correta devem ser penalizadas.”

A Agência Brasil procurou o Ministério da Comunicações e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) para ouvir a posição das duas instituições sobre as críticas e propostas das feministas. Ambos não haviam se pronunciado até a publicação desta matéria.

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: FEMINISMO, GÊNERO, LUTADORAS, MULHERES, NOTÍCIAS

APRENDENDO COM O BRASIL

"O MST seria um bom exemplo a ser seguido pela esquerda americana, se os EUA tivessem qualquer coisa comparável a ele em termos de movimento social forte"
Immanuel Wallerstein
Parece-me que há duas situações que requerem dois planos para a esquerda mundial, em especial para a esquerda dos Estados Unidos. A primeira situação é o curto prazo. O mundo se encontra numa depressão profunda, que, pelo menos nos próximos um ou dois anos, só vai se agravar. O curto prazo imediato é o que preocupa a maioria das pessoas que agora se confrontam com o desemprego, a redução grave de sua renda e, em muitos casos, a perda da moradia. Se os movimentos de esquerda não tiverem um plano para fazer frente a esse curto prazo, eles não poderão se conectar com a maioria das pessoas de qualquer maneira que tenha significado.

A segunda situação é a crise estrutural do capitalismo como sistema mundial, que, em minha opinião, enfrenta sua extinção certa nos próximos 20 a 40 anos. Esse é o médio prazo. E, se a esquerda não tiver um plano para esse médio prazo, aquilo que vier a substituir o capitalismo como sistema mundial será algo pior, provavelmente muito pior, que o sistema terrível com o qual convivemos há cinco séculos.

As duas ocasiões requerem táticas diferentes, mas combinadas. Qual é nossa situação no curto prazo? Os Estados Unidos elegeram um presidente centrista cujas inclinações são um tanto quanto à esquerda do centro. A esquerda, ou a maior parte dela, votou nele por duas razões. A alternativa seria pior -de fato, muito pior. Logo, votamos pelo mal menor. A segunda razão foi que pensamos que a eleição de Obama abriria espaço para movimentos sociais de esquerda.

O problema com que a esquerda se defronta não é novo. Situações como essas são comuns. Roosevelt em 1933, Attlee em 1945, Mitterrand em 1981, Mandela em 1994, Lula em 2002, todos foram os Obamas de seu lugar e seu tempo. E a lista poderia ser prolongada ao infinito. O que faz a esquerda quando essas figuras "decepcionam", como todas não podem deixar de fazer, já que são todas centristas, mesmo que à esquerda do centro?

Em minha opinião, a única atitude sensata é aquela adotada pelo grande, forte e militante MST (Movimento dos Sem-Terra) no Brasil. O MST apoiou Lula em 2002, e, apesar de todas as promessas que ele deixou de cumprir, apoiou sua reeleição em 2006. O fez com plena consciência das limitações do governo de Lula, porque a alternativa seria evidentemente pior. Mas o que o MST também fez foi manter pressão constante sobre o governo de Lula - reunindo-se com ele, denunciando-o publicamente quando o governo o merecia e organizando-se em campo para combater suas falhas.

O MST seria um bom exemplo a ser seguido pela esquerda americana, se tivéssemos qualquer coisa comparável a ele em termos de movimento social forte. Não temos, mas isso não deveria nos impedir de tentarmos formar um da melhor maneira possível e fazer como faz o MST o tempo todo -pressionar Obama abertamente, publicamente e com força-, além de, é claro, aplaudi-lo quando ele faz a coisa certa. O que queremos de Obama não é transformação social. Ele não deseja nem é capaz de nos oferecer isso. Queremos dele medidas que minimizem a dor e o sofrimento da maioria das pessoas neste momento. Isso ele pode fazer, e é com relação a isso que a aplicação de pressões sobre ele pode fazer uma diferença.

O médio prazo é outra coisa inteiramente. E nesse tocante Obama é irrelevante, como o são os outros governos à esquerda do centro. O que está acontecendo é uma desintegração do capitalismo como sistema mundial, não porque ele não pode garantir o bem-estar da grande maioria da população (isso é algo que o sistema nunca pôde fazer), mas porque não consegue mais garantir que os capitalistas terão o acúmulo interminável de capital que é sua razão de ser. Chegamos a um momento em que nem os capitalistas prescientes, nem seus adversários (nós), estamos tentando preservar o sistema. Estamos ambos tentando estabelecer um sistema novo, mas é claro que temos ideias muito diferentes -na verdade, radicalmente opostas - quanto à natureza de tal sistema.

Pelo fato de o sistema ter se afastado muito do equilíbrio, ele se tornou caótico. Estamos vendo flutuações malucas em todos os indicadores econômicos usuais - os preços das commodities, os valores relativos das moedas, os níveis reais de tributação, a quantidade de itens produzidos e comerciados. Como ninguém sabe realmente quais serão as flutuações desses indicadores, que mudam praticamente diariamente, ninguém pode fazer um planejamento sensato de nada.

Em tal situação, ninguém, seja qual for sua posição política, sabe ao certo quais medidas serão melhores. Essa confusão intelectual prática se presta à demagogia frenética de todos os tipos. O sistema está se bifurcando, o que significa que dentro de 20 a 40 anos haverá algum sistema novo, que criará ordem a partir do caos. Mas não sabemos qual será esse sistema.

O que podemos fazer? Para começar, precisamos ter clareza sobre de que trata essa batalha. É a batalha entre o espírito de Davos (em favor de um sistema novo que não seja o capitalismo, mas que mesmo assim seja hierárquico, explorador e polarizador) e o espírito de Porto Alegre (um sistema novo que seja relativamente democrático e relativamente igualitário). Não existe mal menor aqui. É uma coisa ou a outra.

O que a esquerda deve fazer? Promover a clareza intelectual em relação à escolha fundamental. Então organizar-se em mil níveis e de mil maneiras para empurrar as coisas na direção certa. A primeira coisa a fazer é incentivar a descomoditização, no maior grau que conseguirmos. A segunda é fazer experimentos com toda espécie de novas estruturas que façam mais sentido, em termos de justiça global e sanidade ecológica. E a terceira coisa que precisamos fazer é incentivar o otimismo realista. A vitória está muito longe de ser certa. Mas é possível.

Resumindo, então: trabalhar no curto prazo para minimizar o sofrimento, e no médio prazo para assegurar que o novo sistema que vai emergir seja um sistema melhor, e não pior. Mas fazer este último sem triunfalismo e com a consciência de que a luta será tremendamente difícil.
Immanuel Wallerstein tem 78anos é sociólogo, pesquisador sênior na Universidade Yale, autor de "O Moderno Sistema Mundial", sobre a globalização do capitalismo, e "O Declínio do Poder Americano".

- ||| LEIA TUDO AQUI! ||| -
Share |

0 Comentários    

Filtro: TEXTOS

Postagens mais recentes Postagens mais antigas Home
Subscribe to: Postagens (Atom)
Website Traffic Statistics

Curtiu? Siga-nos!

  • Altamiro Borges
    Abin Paralela incrimina Carluxo e Ramagem
  • CineBancários
    Documentário EROS estreia no CineBancários junto de PRÉDIO VAZIO, terror psicológico vencedor de prêmio na Mostra de Tiradentes
  • FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL
    CHAMADA ABERTA – V SEMCA!
  • Elaine Tavares - Palavras Insurgentes
    O Figueirense empresa
  • IPANEMA COMUNITÁRIA
    MAIO TEM ESTREIA DE "BOM DIA COM POESIA"
  • Escreva Lola Escreva
    hipergamia
  • Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária
    Hello from Agius.Cloud to the World!
  • Prática Radical
    link-para-defesa-TCC-Gabriella-Oliveira
  • LEVANTA FAVELA... TEATRO POPULAR É O QUE LUTA!
    Levanta FavelA indicado pro Prêmio Açorianos de teatro!!!
  • O Incrível Exército Blogoleone
    A conspiração confessada por Janot e a hora da OrCrim Lava Jato no banco dos réus
  • Federação do Movimento Estudantil de História
    Convocatória para o CONEHI 2019
  • Jornalismo B
    Porto Alegre e o Dia Mundial da Saúde
  • 88.3 A Voz do Morro
    História em Pauta de novembro
  • Solidários
    Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
  • UTOPIA E LUTA
    Não ao Marco Temporal e contra a ADI 3239!
  • Ousar Lutar!!! Ousar Vencer!!!
    O OUTONO DO PATRIARCA CHEGA AO FIM: FIDEL CASTRO ESTÁ MORTO.
  • DOCVERDADE - Documentários
    PEC 241 - Vídeo dos Professores da Universidade federal de São Carlos
  • LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE
    I ACAMPAMENTO ESTADUAL DO LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE RN - NÃO ESQUECER!
  • Aldeia Gaulesa
    Um novo projeto: Blog do Sul do Mundo
  • Estágio Interdisciplinar de Vivência do RS
    MPA: UMA SEMENTE PLANTADA HÁ 20 ANOS
  • Charge à Classe
    Manifesto dos Juristas contra o Impeachment
  • Coletivo Quilombo
    Feira de Santana: construir resistência popular e enfrentar a barbárie ronaldista
  • Quilombo do Sopapo
    OFICINA TEATRO DE SOMBRAS: CONVERGÊNCIAS E TRANSFORMAÇÕES | DESCENTRALIZAÇÃO DA CULTURA 2015
  • TV PCB
    Helicoca - O helicóptero de 50 milhões de reais
  • Diário Gauche
    O fenômeno "Carro Velho"
  • DAEE UFRGS
    Ação pela reabertura do RU no campus saúde.
  • Comitê Popular da Copa
  • Maçãs Podres
    #OcupeEstelita
  • RUDÁ RICCI
    ESTE BLOG MUDOU DE ENDEREÇO
  • Guerrilla Comunicacional
    Pintamos con los estudiantes universitarios de Güiria
  • Dialógico
    diZimaçãO de abELhas ameaça vidA no pLaNEta
  • NA PRÁXIS
    Russia Today fala com os veteranos da Revolução Cubana - 55 anos depois
  • Blog Molotov
    PM reprime manifestantes indiscriminadamente em BH
  • O Partisan
    Resultados da Privataria das Telecomunicações
  • Juventude MST - RS
    Jornada de Lutas da Juventude Brasileira
  • Não ao Aumento da Passagem - PoA
    Estudantes protestam contra o aumento das passagens em POA. Veja fotos
  • Levante Popular da Juventude PE
    Semana de luta das mulheres- parte 1
  • - = BOTECO - SOCIALISTA! = -
    Novo Endereço do Boteco-Socialista.
  • "Brasil que eu quero"
    Olá amigo e parceiro. O blog sofreu alteração na URL ...
  • Ruas Que Andamos
    Defesa Pública da Alegria - Porto Alegre
  • Coletivo Catarse
    ATENÇÃO! ENDEREÇO DO SITE DO COLETIVO CATARSE
  • LUCAS GRAFFITI - LK
    CAMISETA PERSONALIZADA 2012
  • Somos andando » Código Florestal: um convite ao debate – Parte 2
    Eleições 2012 e os rumos do PT gaúcho
  • FEIRA DE TODAS AS LUTAS
    Nazi-Wagner
  • ..::Casa de Resistência Cultural::..
    INVOCAÇÃO DA UTOPIA para Marília Machado
  • Ocupação Sem Terra
    Ocupações em Eldorado do Sul e Charqueadas reivindicam cumprimento de acordos
  • aparecidospoliticos
    MUDANÇA
  • Filmes Políticos
    Sicko - S.O.S. Saúde (Sicko; Michael Moore; 2007)
  • União Rastafari de Resistência Ambiental
  • Massa Crítica - POA
    Massa Crítica de maio
  • agrotoxiconao
    Pequenos Agricultores e Agricultoras realizam 5ª Festa da Semente Crioula
  • Grito da Juventude
    "Vou não, posso não"
  • Coletivo de Mulheres UFRGS
    Escola Lilás de Direitos Humanos
  • QUILOMBO FAMÍLIA SILVA
    CONSCIENCIA NEGRA EM PORTO ALEGRE E NO QUILOMBO DA FAMILIA SILVA
  • CENTRAL SOCIAL RS
  • O MORRO É NOSSO :::...
  • Mega Eventos - COPA 2014
  • Movimento Construção Coletiva
  • Marco Weissheimer
Mostrar 5 Mostrar todos

III EIV - RS 2012

MULHERES NA LUTA 2012

ACAMPAMENTO NACIONAL DO LEVANTE

 

Coletivo Sapucai de Agitação e Propaganda

Levante Popular da Juventude

levantedajuventude@gmail.com


Porto Alegre RS

Este blog está licenciado sob Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada