Mulheres realizam o primeiro 8 de Março do Mercosul
Atividade pioneira em Santana do Livramento (RS), na Fronteira com o Uruguai, reúne sindicatos de trabalhadores e organizações feministas do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Violência e efeitos da crise financeira à mulher serão temas abordados.
Atividade pioneira em Santana do Livramento (RS), na Fronteira com o Uruguai, reúne sindicatos de trabalhadores e organizações feministas do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Violência e efeitos da crise financeira à mulher serão temas abordados.
Reportagem: Raquel Casiraghi
Pela primeira vez, sindicatos de trabalhadores e organizações feministas do Mercosul irão realizar atividades conjuntas para marcar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. A programação acontece no próximo final de semana na cidade de Santana do Livramento (RS), que faz fronteira com a cidade uruguaia Rivera.
A escolha da cidade foi proposital, como explica a secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Mara Feltes. Além do índice de violência contra a mulher ser alto no município, o agressor ainda se beneficia pelo fato das legislações serem diferentes no Brasil e no Uruguai.
"Santana do Livramento está sendo alvo de muita violência contra a mulher. É uma coisa alarmante. E como não tem nenhum tratado de extradição, o cara mata, atravessa para o outro lado [Uruguai] e não dá nada. Ainda casa, mata a mulher de novo e volta [para o Brasil], sem qualquer julgamento", reclama.
As atividades irão denunciar a impunidade em relação à violência cometida contra a mulher, que vigora em todo o Mercosul, e a desigualdade salarial. As mulheres também irão cobrar do governo gaúcho a adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência e, do governo federal, a assinatura das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que regulamentam as greves e proíbem dispensas imotivadas.
Outro tema importante a ser debatido, diz Mara, são os efeitos da crise financeira mundial na vida das mulheres. De acordo com a sindicalista, devido à desigualdade no mercado de trabalho as mulheres são as mais afetadas pelo desemprego e pela redução nos direitos trabalhistas.
"Na hora do desemprego as mulheres são, mais uma vez, as desempregadas ou seus maridos são desempregados e elas ficam com o ônus de sustentar as famílias. Somos nós que sofremos o ’penâlti da crise", afirma.
No sábado à tarde, dia 07, serão realizadas oficinas na Escola Estadual Rivadávia Corrêa, em Santana do Livramento. No domingo, dia 08, são esperadas cerca de 10 mil pessoas do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai para participarem do Ato Binacional no Parque Internacional, quando ocorre o Lançamento da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. Também foram convidadas representantes do Chile e da Bolívia.
A escolha da cidade foi proposital, como explica a secretária de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Mara Feltes. Além do índice de violência contra a mulher ser alto no município, o agressor ainda se beneficia pelo fato das legislações serem diferentes no Brasil e no Uruguai.
"Santana do Livramento está sendo alvo de muita violência contra a mulher. É uma coisa alarmante. E como não tem nenhum tratado de extradição, o cara mata, atravessa para o outro lado [Uruguai] e não dá nada. Ainda casa, mata a mulher de novo e volta [para o Brasil], sem qualquer julgamento", reclama.
As atividades irão denunciar a impunidade em relação à violência cometida contra a mulher, que vigora em todo o Mercosul, e a desigualdade salarial. As mulheres também irão cobrar do governo gaúcho a adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência e, do governo federal, a assinatura das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que regulamentam as greves e proíbem dispensas imotivadas.
Outro tema importante a ser debatido, diz Mara, são os efeitos da crise financeira mundial na vida das mulheres. De acordo com a sindicalista, devido à desigualdade no mercado de trabalho as mulheres são as mais afetadas pelo desemprego e pela redução nos direitos trabalhistas.
"Na hora do desemprego as mulheres são, mais uma vez, as desempregadas ou seus maridos são desempregados e elas ficam com o ônus de sustentar as famílias. Somos nós que sofremos o ’penâlti da crise", afirma.
No sábado à tarde, dia 07, serão realizadas oficinas na Escola Estadual Rivadávia Corrêa, em Santana do Livramento. No domingo, dia 08, são esperadas cerca de 10 mil pessoas do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai para participarem do Ato Binacional no Parque Internacional, quando ocorre o Lançamento da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. Também foram convidadas representantes do Chile e da Bolívia.
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