Petroleiros paralisam atividades em todo o país
Trabalhadores deram início, segunda-feira (23), a uma greve de cinco dias, cobrando da Petrobras garantia de empregos, de direitos trabalhistas e de mais segurança nas unidades
Redação BrasildeFato
Petroleiros de todo o país deram início, segunda-feira (23), a uma paralisação nacional. A greve, inicialmente prevista para cinco dias, tem a adesão de 70% da categoria e estende-se a unidades de produção, refinarias e terminais de distribuição.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no Espírito Santo, os trabalhadores fecharam a produção e entregaram as plataformas para as equipes de contingência da Petrobras, que tentam retomar a produção de gás e de petróleo. Uma dessas plataformas é a P-34, considerada emblemática por ser a primeira a extrair o óleo da camada de pré-sal. Na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, os trabalhadores tentaram controlar a produção, mas foram coagidos a entregar as plataformas para os grupos de contingência.
Já nos terminais de Solimões, no Amazonas, de Suape, em Pernambuco, de Guarulhos, em São Paulo, e Cabiúnas, no Rio de Janeiro, os trabalhadores assumiram o controle operacional e estão controlando o bombeio. Nas plataformas do Rio Grande do Norte, eles também controlam 70% da produção de petróleo e gás. Já no Pólo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, apenas uma unidade está em atividade, e ainda assim com carga mínima.
Estão paralisados, ainda, petroleiros de unidades de Duque de Caxias (RJ), Manaus (AM), São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em apoio aos funcionários do Sistema Petrobras, trabalhadores terceirizados também realizam, nesta segunda-feira, uma paralisação de 24 horas.
Reivindicações
Com a paralisação, os petroleiros chamam a atenção para o descontentamento da categoria diante da redução de empregos e flexibilização de direitos trabalhistas, motivados pela crise econômica.
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, explica que o corte de postos de trabalho e diminuição dos salários atinge hoje principalmente os trabalhadores terceirizados, que correspondem a cerca de dois terços do atual contingente da empresa. "A Petrobras já tem revisto aguns contratos de prestação de serviços com as empresas e os valores que pagará", argumenta.
Os petroleiros também reivindicam condições mais seguras de trabalho. Desde 2000, segundo a FUP, já foram registradas 165 mortes na Petrobras, das quais 134 eram de terceirizados e 31 de funcionários diretos da Petrobras. Esse ano, já são dois óbitos.
Integram as reivindicações, ainda, o pagamento de horas-extras pelos feriados trabalhados e negociações sobre o pagamento de parcelas de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que, sob alegação da crise, ainda não foi repassado aos trabalhadores.
Pressão e ameaças
De acordo com a FUP, a Petrobras tem pressionado os trabalhadores para que a greve não aconteça. Nas plataformas do Espírito Santo e da Bacia de Campos, a empresa cortou telefones e o acesso à internet, bloqueando a comunicação entre os petroleiros. A Federação relata, ainda, práticas de intimidação por parte da estatal.
"A Petrobras descumpriu todas as exigências da lei de greve, desrespeito os grevistas, ameaçando os trabalhadores, inclusive com presentação de cartas de demissão, num momento em que o contrato de trabalho está suspenso", afirma a FUP em nota.
Os petroleiros também alertam para as equipes de contingência que estão assumindo a produção em vários locais. Além de atentar contra o direito de greve, essas equipes colocam em risco a segurança das unidades, aumentando as chances de acidentes. "Essas equipes são formadas por gerentes, coordenadores e supervisores, que não têm capacidade de operarem as unidades, sem falar que os efetivos de contingência são reduzidos", explica a FUP.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), no Espírito Santo, os trabalhadores fecharam a produção e entregaram as plataformas para as equipes de contingência da Petrobras, que tentam retomar a produção de gás e de petróleo. Uma dessas plataformas é a P-34, considerada emblemática por ser a primeira a extrair o óleo da camada de pré-sal. Na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, os trabalhadores tentaram controlar a produção, mas foram coagidos a entregar as plataformas para os grupos de contingência.
Já nos terminais de Solimões, no Amazonas, de Suape, em Pernambuco, de Guarulhos, em São Paulo, e Cabiúnas, no Rio de Janeiro, os trabalhadores assumiram o controle operacional e estão controlando o bombeio. Nas plataformas do Rio Grande do Norte, eles também controlam 70% da produção de petróleo e gás. Já no Pólo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, apenas uma unidade está em atividade, e ainda assim com carga mínima.
Estão paralisados, ainda, petroleiros de unidades de Duque de Caxias (RJ), Manaus (AM), São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em apoio aos funcionários do Sistema Petrobras, trabalhadores terceirizados também realizam, nesta segunda-feira, uma paralisação de 24 horas.
Reivindicações
Com a paralisação, os petroleiros chamam a atenção para o descontentamento da categoria diante da redução de empregos e flexibilização de direitos trabalhistas, motivados pela crise econômica.
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, explica que o corte de postos de trabalho e diminuição dos salários atinge hoje principalmente os trabalhadores terceirizados, que correspondem a cerca de dois terços do atual contingente da empresa. "A Petrobras já tem revisto aguns contratos de prestação de serviços com as empresas e os valores que pagará", argumenta.
Os petroleiros também reivindicam condições mais seguras de trabalho. Desde 2000, segundo a FUP, já foram registradas 165 mortes na Petrobras, das quais 134 eram de terceirizados e 31 de funcionários diretos da Petrobras. Esse ano, já são dois óbitos.
Integram as reivindicações, ainda, o pagamento de horas-extras pelos feriados trabalhados e negociações sobre o pagamento de parcelas de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que, sob alegação da crise, ainda não foi repassado aos trabalhadores.
Pressão e ameaças
De acordo com a FUP, a Petrobras tem pressionado os trabalhadores para que a greve não aconteça. Nas plataformas do Espírito Santo e da Bacia de Campos, a empresa cortou telefones e o acesso à internet, bloqueando a comunicação entre os petroleiros. A Federação relata, ainda, práticas de intimidação por parte da estatal.
"A Petrobras descumpriu todas as exigências da lei de greve, desrespeito os grevistas, ameaçando os trabalhadores, inclusive com presentação de cartas de demissão, num momento em que o contrato de trabalho está suspenso", afirma a FUP em nota.
Os petroleiros também alertam para as equipes de contingência que estão assumindo a produção em vários locais. Além de atentar contra o direito de greve, essas equipes colocam em risco a segurança das unidades, aumentando as chances de acidentes. "Essas equipes são formadas por gerentes, coordenadores e supervisores, que não têm capacidade de operarem as unidades, sem falar que os efetivos de contingência são reduzidos", explica a FUP.
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